Democracia Direta (Parte 1)
Quando me cobram por defender uma verdadeira Democracia Direta , alguns me perguntam; "como confiar na capacidade de decisão de massas ignorantes , passivas e dependentes de "bolsas-família ?"
Eu diria que não é bem assim a concepção de uma Democracia Direta que o nosso movimento prega .
Não a ponto de elegerem "presidentes", pois isto seria a primeira coisa a ser extinta e apagada do mapa, inclusive este Congresso e partidos políticos, que só servem para eternizarem o fisiologismo, o clientelismo e o caos de corrupção a que somos submetidos a cada renovação por eleições.
Nossa concepção de uma verdadeira Democracia, implica em outras formas de legitimidade e administração da coisa pública, nada desta "representatividade" falida e comprovadamente falsa.
Começaria por uma nova perspectiva de repartição de poderes.
Uma revolução federativa, mais autonomia para cada região e estado.
Retirar o poder central do Executivo, acabar com a centralização da concessão de verbas federais aos estados e municípios.
Dar-lhes plena autonomia e independência, claro que, aos que possam subsistir sem o apoio federal e se não puderem, que se extinguam, como municípios ou estados e passem a ser apenas "territórios" sujeitos à administração federal.
Entenderam ou precisam que eu "desenhe" ou use a linguagem de surdo-mudos (Libra)?
Quando falamos sobre uma ideal Democracia Direta , não nos referimos a abrir tudo , escancarar as mais altas e sofisticadas decisões para todos, pois não somos loucos nem irresponsáveis, a ponto de esperarmos que um alienado ou ignorante possa entender de questões nucleares, financeiras ou de política externa.
Não é por aí que a coisa toda se manifestaria como válida e de efeitos concretos em cada região.
Precisamos , primeiro de tudo , estimular a capacidade de decisão de cada um, desde o mais ignorante , carente , mas estimular sim esta possibilidade de ação e responsabilidade pelos atos assumidos .
Pensem em termos mais restritos de cada região e local, que não possa extrapolar nem ultrapassar estes limites locais , a ponto de se ingerirem em assuntos técnicos demais para a compreensão desta grande massa sem educação ou cultura.
Mas não seria uma forma "mascarada" de Democracia, preservando o papel maior de decisões para os das elites.
Pelo contrário, teríamos representações diretas de verdadeiros representantes de cada segmento da sociedade após uma triagem e filtragem de ONGs, sindicatos e corporações, claro que , antes, eliminando os com vínculos políticos e "associações de fachada", verdadeiros "fakes", que se utilizam destas organizações para manipularem a opinião pública e mobilizarem seus seguidores.
Depois de uns testes e filtragens sobrariam não mais que algumas dezenas , de real utilidade pública , não estes milhares que temos atualmente .
Outro ponto máximo, seria o fechamento do Congresso, extinção dos partidos políticos e total "faxina", eliminando os corruptos e falsários lá alojados .
Querem mais?
Pois bem.
Total liberdade e autonomia para cada região ou estado fazer a sua Constituição própria , como nos E.U.A e outros países.
Isto mesmo!
Liberdade total, para que seus cidadãos não se submetam a uma ordem centralizada ou leis que nada têm a ver com as suas realidades locais.
Só assim teremos paz , respeito pelas diferenças regionais e independência de hábitos, costumes e conceitos de cada grupo social e regional.
Mas... como fazer isto?
Lamentavelmente , apenas através de uma revolução.
Sem isto nunca sairemos deste caos imoral, corrupto e anormal em que vivemos.
Estaria falando de um golpe revolucionário , com a participação de militares democratas e representações de segmentos sociais indignados perante este estado de podridão moral?
Sim...isto mesmo!
Se não acontecer , sucumbiremos nós, os raros lúcidos, que ainda restam , indignados e revoltados por tanta sujeira e teremos de emigrar deste país, para não nos suicidarmos!