sábado, dezembro 03, 2005

Será o que ???

"Guantanamera", sei lá qual, se 5 ou 6 ou 10, mas que é meu mais precioso refúgio de inspiração é , nestes tempos de blogs e neuras internáuticas, rs.
Acreditem ou não , sou feito do mesmo elemento destes loucos que deram a vida um dia pelo acreditavam também como única verdade de valia.
Sim...um ideal vale mais do que uma vida se um dia o tivermos em conta como nossa última esperança!
Nunca tenham receio ou medo de exporem suas idéias ou opiniões mesmo que o meio os oprima, castre ou tente amordaçá-los , pois a verdade em nós é mais alta e digna do que as indignidades e mesquinhez que nos cercam.
Uma pessoa só existe plenamente se erguer sua cabeça e vislumbrar o horizonte sem arquear perante o peso das oposições e dificuldades.
Quantos indígenas se recusaram a se deixar escravizar e morreram em suas redes , por puro suicídio mental, sacrifício pessoal ?
Quantos escravos negros , se recusaram também e tentaram sua liberdade ?
Quantos de nossos antepassados resistiram aos mais adversos obstáculos e venceram?
Quantos daqueles que lutaram, não só aqui no Brasil, mas em outros países, para fincarem suas raízes e semearem suas sementes em família , vingaram ter sucesso?
Isto é ter força de vontade , fé, garra, esperança e idealismo!
Por que não poderemos ter o mesmo que tantos tiveram antes de nós?
Porque temos celulares, computadores, automóveis, e coisa e tal para nos distrairmos e nos sentirmos dependentes destes confortos materiais que nossos antepassados não tinham?
Hhhummm, muito bem... vamos analisar esta “dependência” nossa.
Acaso precisamos de tantas coisas e recursos para podermos viver?
Se um poeta preso pode escrever tanto e de bom para tantos, por que precisaríamos mais do um simples lápis e papel?
Por acaso o que teclamos num PC seria de mais valia ou mérito do que um rabisco ou letra escritos à lápis ou pedaço de carvão?
Não foram as maiores obras da humanidade realizadas à luz de velas , à custa de pedaços de carvão ou grafite bruto, papéis de arroz ou na quietude de mundo sem mais ruídos ou eletricidade?
Será que os maiores feitos românticos e amores do passado necessitariam de tantos estímulos como nós hoje precisamos para amarmos alguém?
Pois é... fico pensando aqui no que e onde evoluímos, mas não consigo encontrar uma resposta convincente para mim mesmo.
Que liberdades e”liberalidades” temos diferentes do que tinham Roma antiga , Sodoma e Gomorra e outras lembranças de núcleos considerados “avançados” em termos de civilização?
Que destino tiveram?
Um certo dia , um amigo do Orkut, professor de Psicologia da USP , me respondeu “que o futuro seria o Islã!” Sim , o Islamismo, dos muçulmanos!
Fiquei pensando sobre esta resposta muito tempo, pois em mim havia também esta estranha sensação.
Ele foi claro e muito incisivo ao fundamentar sua hipótese para o nosso futuro da humanidade.
Apesar de nos julgarmos libertos e livres, independentes, não o somos como pensamos ser. É exatamente neste estágio “libertário” que todas as civilizações sucumbem sem quase deixar vestígios de seu ápice .
Não há e nunca houve exemplo que destoasse desta regra fatal!
Quando a humanidade se liberta dos freios , degenera e cai !Desmorona e se extingue como civilização.
Muito ruim, diria até que péssimo para os defensores da total liberdade e ‘amoralidade’ de ser, esta constatação, mas é real e histórica, infelizmente .
Portanto , a idéia de meu amigo professor da USP, até que não estaria longe de uma verdade próxima , mais próxima do que pensamos estar , pois a própria humanidade quando percebe ter chegado a um estágio sem saída de degeneração moral, acaba por retornar a valores fundamentais para assegurar sua sobrevivência como espécie humana .
Não duvidaria disto.
Sinto esta necessidade pela crescente busca por religiões e seitas que o povo demonstra , como para se livrar de um destino ainda não reconhecido porém percebido como trágico.
Serão estes todos retardados mentais, ignorantes, imbecis, ou apenas seres humanos em busca de uma salvação perante um ambiente espúrio e contaminado pelo que de pior temos ?
Será que todos estão errados?
Ou alguns de nós que insistem em tentar impingir novos valores a uma maioria refratária , usando de todos os recursos , que não dependam da aprovação da maioria popular??
Isto é Democracia?
Aprovar leis que defendam direitos de poucos perante os muitos que não os aprovam?
Ou teríamos de submeter estes casos mais importantes de alcance mais genérico e moral , a toda a sociedade, através de referendos populares?
Aborto, homossexualismo, pena de morte , todos estes assuntos dependem de uma aprovação majoritária, caso contrário, teremos um caos de controvérsias e conflitos intermináveis.
Não é “interpretando” como quiserem as leis e a Constituição, deturpando suas normas que chegarão a uma aceitação natural de suas reivindicações.
Não será “coagindo” aos que resistam a estas mudanças de comportamento e costumes que conseguirão uma aceitação da maioria.
Se quisermos entender a cabeça e a mente do povo, devemos passar a pensar não como intelectuais , porém como povo!
O que diz o “povão” quando consultado em pesquisas , seja em ruas ou em redes de tv sobre estes assuntos polêmicos?É curto e grosso! A favor da pena de morte, contra o homossexualismo, e contra o aborto!
E o que pensam os artistas, intelectuais e os jornalistas? São totalmente contra a vontade popular!
Ora meu Deus!
Temos uma Democracia ou não?
Quem vence afinal?
Tentaram vencer o povo através de campanhas usando artistas e pessoas de fama e nada conseguiram senão um sonoro e esmagador NÃO no último referendo sobre o desarmamento!
O que isto quer dizer?
Que temos uma sociedade esquizofrênica, dividida. Quem tem o poder de informação, a mídia, não representa o pensamento da população.
O que podemos prever a partir destes parâmetros que não se modificarão por bom tempo?
Uma imensa reação popular contra os poucos que dominam a mídia e o governo!
Simples não?Pão- pão queijo-queijo, sem maiores tergiversações sobre o ciclo menstrual das “camaroas’ do Pacífico.
Alguma dúvida que o caso terminará assim?
Aí voltamos à hipótese de meu amigo professor da USP sobre um tipo de “fundamentalismo” como o do Islã, que resolva esta pendência entre uma parcela minoritária libertária e outra majoritária e conservadora.
Claro que a “solução” natural encontrada, será a “extinção” da parcela minoritária para o bem comum da maioria!
Hummm...teremos problemas em breve segundo esta ótica.
Apesar do “panis et circences”...