O Verdadeiro "Fenômeno"

Acredito que este homem leve Portugal a uma vitória sobre a França.
Se existiu um “fenômeno” desde 2002, não foi o “gordo” Ronaldo e sim esta prova viva do que pode fazer um indivíduo íntegro, de fé, calor humano e determinação, que transmite estas qualidades aos seus jogadores. Felipe Scolari.
Pode parecer fora do tema de nosso blog, mas não é.
Vejam que ele conseguiu substituir uma seleção inteira, a nossa , brasileira , como última esperança de uma compensação para mais esta decepção que o povo teve, não bastasse a política nacional.
Hoje as camisas do time de Portugal explodem em vendas no Brasil, como se, de repente, morressemos de amores pelos lusitanos .
Este é o verdadeiro “fenômeno” de um ser humano de imensa empatia, que nos passa exatamente esta sensação .
Técnicos brasileiros comandando outras seleções, inclusive ídolos como o Zico e outros, não conseguiram tanto envolvimento e simpatia, por parte da torcida brasileira.
Mas o "Felipão" conseguiu, porque todos estavam atravessados com a dupla de parasitas Parreira-Zagallo, que sufocam e castram a beleza de um futebol bem jogado, porque são frios, interesseiros, covardes, paus-mandados, sem sangue nas veias nem patriotismo, mercenários burocratas do esporte.
“Não estou acostumado a largar o osso” disse o senil e notoriamente “gagá” senhor de 75 anos, Zagallo, que luta desesperadamente para não perder o seu lucrativo emprego, que lhe garante mais de R$120.000,00 , sem falar no do Parreira com seus mais de R$330.000,00, para simplesmente nada fazerem nem acontecerem, mesmo contando com um plantel de jogadores de grande potencial .
Afinal de contas, foi com os mesmos em maioria, que o “Felipão” trouxe a copa e o pentacampeonato, não?
Observem que o “fenômeno Felipão” conseguiu unir e merecer a total admiração dos portugueses, povo que tem certas reservas quanto aos brasileiros por razões de disputa de mercado de trabalho .
Os brasileiros não conseguem se reconhecer nas figuras apáticas, contidas e frias de Parreira e Zagallo.

Não fazem parte de nosso temperamento estas “personalidades mumificadas”, sem alma ou coração.
Preferimos o jeito engraçado, explosivo e ao mesmo tempo humano, de um “oriundi” , um “italianão de sangue quente” como o Scolari.
Aquela cena dele esculhambando todo mundo até o técnico da Holanda é inesquecível.
Muitos devem ter pelo menos imaginado “e se o "Felipão” fosse o presidente do Brasil?

Será que não daria um jeito e faria uma faxina geral na casa?”
Não duvidem que haja esta carência popular de alguém com coragem para “chutar o pau da barraca”, a exemplo do que faz com seus times e os leva ao sucesso.
Se podemos ter um "ex-metalúrgico retirante" , o "gremlin falastrão" na Presidência da República, por que não alguém com mais cultura e educação do que ele?

Qual o problema?

Sei que vão pensar que fiquei louco, "surtei" de vez, mas apenas procuro dar um exemplo, de como o temperamento e qualidades de um indivíduo podem contagiar a muitos , merecer respeito e admiração, mesmo num meio esportivo.
Vêem exemplos semelhantes em nossos políticos?
Claro que não.
Precisamos de muitos “Felipões”, milhares deles, com vontade e garra suficientes para mudarem a cara e mentalidade deste país.
Necessitamos de maior auto-estima, integridade, envolvimento emocional com a causa e objetivos.
“Felipão" já fez demais, levando sua aguerrida equipe sem astros nem talentos tão expressivos até aqui e poderá chegar na final .

Não duvidem.
Mesmo perdendo, numa hipótese quase certa de pegar a Alemanha, dona da casa, sua “epopéica” vitória pessoal estará garantida e Portugal o consagrará pelo inédito feito.
Terá conseguido dar aos portugueses o que nos falta ; garra, fé e determinação.
Perder nestas circunstâncias é uma honra e motivo de orgulho.
A seleção argentina foi recepcionada com festa por ter caído, porém com a cabeça erguida de quem lutou até o último minuto.
Render-se sem reação nem luta é vergonha indesculpável !
Nossa seleção refletiu o estado atual psíquico e emocional dos brasileiros ante a impunidade, corrupção e violência.
Covarde apatia geral !