quarta-feira, julho 20, 2005

"PALAVRAS QUE ECOAM"

“Se as palavras não vêm de dentro, o vento as leva sem eco.
Quando vêm da vivência própria encontra montanhas onde ecoarem...”
HMF

Confesso que no momento em que respondi ao meu “waixi” (irmão mais novo) Idjarrina Karajá, coordenador do núcleo norte do Movimento Brasil Nova Era , nunca me senti mais “indígena”e até parece que o Oriente e o Brasil têm uma mesma veia filosofal. Será?
Transferi esta resposta a meus outros dois amigos que comentaram o texto “Teses e Fezes”, por sinal, dois escritores de grande potencial, Italo Leonardo e Marilia Becher Bahr como forma de atender à uma necessidade de “brasilidade”, que penso unir nossos ideais e de todos que buscam uma verdadeira “identidade brasileira”, não as já conhecidas e pejorativas “macunaímicas”, mas outra , capaz de congregar as etnias e culturas sem massificá-las ou anulá-las .
Quando idealizamos uma “Nova Era” , pensamos somente no novo, que virá sem os erros e separatismos do passado, pois temos tudo para criarmos uma nova civilização que dará ao mundo outros parâmetros e valores para o futuro próximo.
Nossos conflitos e separações, são obra de interesses internacionais que promovem a divisão para continuarem reinando entre seus “servos” .
Temem o pior! O surgimento de uma nação poderosa, criativa, de sangue indomável e rebelde aos padrões impostos .
Queremos o que?
Um Brasil “nihiky” (grande) (estou aprendendo o idioma ainda ,rs), não pela força ou poder de conquista, apenas que saiba se defender, preservar a sua soberania e paz interna ante as ameaças externas de domínio ou imposições. Que seja aberto ao mundo em termos de relações humanas e culturais, porém não por subserviência ou submissão.
Até bem pouco tempo atrás, sentia-me sem esperanças e muito desanimado por uma série de fatores em relação ao nosso povo.
Através de um insistente pedido de um casal amigo, acabei entrando no Orkut e simplesmente aconteceu um “Boom” em minha cabeça!
Tive de reavaliar tudo, me questionar, admitir que estava cego ante certas possibilidades e potenciais antes desprezados, enfrentei meus resquícios de preconceitos, me emocionei, minha cabeça deu um giro de 180º e descobri muitas coisas novas que jamais havia levado em consideração, por maior que fosse minha vivência.
Penso que tenha “renascido”após “renascer” tantas vezes anteriormente.
Hoje, cada palavra de reconhecimento, cada amizade conquistada, me arrepiam até os ossos, como num sentimento de “missão” pessoal, a ser levada até as últimas conseqüências, sem considerar sacrifícios ou prejuízos.
Sinto que “as palavras encontraram montanhas adiante que as estão ecoando”, o vento não as inibirá jamais, pois cada planície encontrará uma serra e cada serra reverberará um grito que está entalado na garganta de todos os brasileiros que ainda acreditam num sonho possível.
Minha gente e irmãos, vai acontecer!


Homero Moutinho Filho

hmf_sp@yahoo.com.br