quarta-feira, junho 21, 2006

Energias e Poder (Parte 3)

Vejam quanta energia num estádio de futebol numa disputa de copa, ou mesmo num simples campeonato local.
O que acham que aconteceria se esta energia fosse canalizada para outros fins?
Por exemplo, contra o sistema?
Imaginaram o poder das massas se não desviado para outras atividades e “sangrias” que são o mundo do entretenimento?
Avaliaram o alcance de uma mudança de foco em termos coletivos?
Imaginemos que, por um fato qualquer, estas massas humanas ficassem impedidas de extravasar estas energias e até diria “agressividade”?
Quanto tempo resistiriam os governos ?
Sim, porque, em termos de “libido” e recalques reprimidos, comumente compensados pela “catarse” coletiva de grandes aglomerações e manifestações o potencial seria imenso e incontrolável.
Tentem “visualizar” um fim de semana sem entretenimento nenhum.
Sem TV, sem churrascos ou peladas de futebol, nem grandes jogos do campeonato.
Sem Bares nem cinemas, discotecas , “raves” , “funks” nem nada. Imaginaram?
O que fariam estas massas de seres, sem mais atrativos que preencham o seu vazio existencial sempre em busca de novidades e multidões?
Acresçam a isto um corte de fornecimento de bebidas alcoólicas e drogas.
Querem mais?
Também uma suspensão do oferecimento de sexo profissional.
Poderão prever os resultados?
Pois é ... nosso “sistema” se resguardou por todos os meios, para que todos sejam “atendidos” em suas “necessidades instintivas básicas e primárias”, mantendo-nos neste baixo nível de “realizações” e satisfações.
Quanto mais “primitivos” e focados em nossos umbigos, melhor para os controladores do poder . Uma “ruptura” deste modelo seria um caos para eles .
Não poderiam controlar as massas como sempre fizeram.
Pior ainda, se fosse uma conscientização individual espontânea, que abrisse os olhos da maioria . Não resistiriam e todo o “sistema” desmoronaria, mesmo considerando que, a esmagadora maioria da humanidade não tem capacidade para se autogerir e manter uma mínima convivência civilizada.
Vivemos um imenso e planetário “manicômio espiritual”, onde, sem freios, a humanidade sucumbiria em disputas generalizadas, até piores do que as frias e calculadas guerras que temos. Na verdade, somos intensamente submetidos a um “enjaulamento psíquico e sensorial” , que não nos permite tempo para pensar ou refletir.
Perdemos progressivamente a paciência e a concentração, sempre ansiando por novidades.
Abrimos mão do nosso poder de reflexão e raciocínio crítico ante uma avalanche de dados e informações, que não nos deixam tempo para pensar com paz e tranquilidade de espírito.
Pensamos que temos idéias próprias, mas, na maioria das vezes, repetimos respostas “mastigadas” e conceitos formulados pelos formadores de opinião nos quais acreditamos.
O “sistema” , o “Big Brother” nos controla e vicia.
Não se iludam com o elemento humano.
O "erro primordial" tende a se repetir e perpetuar, sem que haja uma interferência de uma força maior capaz de mudar os rumos da humanidade.
Por outro lado, não mesnosprezem a capacidade de reação e desprendimento humanos, quando em dificuldades coletivas.
Notem que é sempre uma minoria que se aproveita para praticar atos selvagens, crimes e vandalismos , como ocorreu em Nova Orleans durante o recente furacão “Katrina”.
Estupros, roubos, assassinatos, sim, porém não por parte da maioria da população, portanto, há esperanças de salvação para a espécie humana.
Isto significa que a fraternidade é possível e devemos estimulá-la, difundí-la, crer nela como um objetivo maior de redenção e resistência, do que temos de bom e melhor dentro de nós, pois somos e fomos criados à imagem de Deus e assim teremos de retribuir a confiança em doação ao próximo.
“Que o Uno e Verso se completem e todos enfim despertem , para o que temos de melhor.
Pois é força que vem de dentro, do sentir em pensamento, o real amor maior” (HMF)