Como previsto, Israel desencadeou uma ofensiva principalmente aérea, destroçando o que restava da infra-estrutura do Líbano, inclusive de Beirut, a capital, deixando-a sem pontes, energia elétrica nem estradas , impedindo o tráfego dos comboios de ajuda humanitária e alimentos.
Não satisfeitas pelas centenas de incursões e bombardeios, as forças militares israelenses ainda destruíram uma escola, um hospital de deficientes e chacinou mais de 33 agricultores sírios, que carregavam um caminhão com verduras e legumes a ser enviado às vitimas desabrigadas.
Ora, erros de alvos como estes são impossíveis, em vista dos recursos de monitoração por satélite que Israel dispõe, com tecnologia capaz de ler os ponteiros de um relógio de pulso, portanto foi por pura crueldade mesmo ou então por total incompetência injustificável, por parte de quem, em seis dias venceu uma guerra contra os árabes em 1967, neutralizou uma vitória egípcia em 1973, destruiu instalações nucleares no Iraque e resgatou reféns em Uganda.
Como poderão explicar tais erros de avaliação?
Será que as forças armadas de Israel estão tão mal assim ?
Se estiverem, poderão ser surpreendidas em breve por ataques mais afoitos de seus adversários, que agora vêem que, uma simples milícia determinada, bem treinada e corajosa, pode causar tantas baixas e paralisar todo um país, antes considerado inexpugnável, inatingível e invencível, obrigando os israelenses a largarem seus trabalhos e cotidiano para se enfiarem em porões e abrigos .
Imaginaram o prejuízo por dia que terá de ser reembolsado e indenizado pelo estado judeu?
140 milhões de dólares por dia, é quanto está custando para Israel cada dia de guerra.
Pela segunda vez destruíram o Líbano, mas, talvez , este tipo de “vitória” , em nada amplifique o poder de Israel na região, pelo contrário, serviu para demonstrar que algumas centenas de combatentes podem “dar um nó” em forças militares imensamente superiores e causar graves danos à integridade física dos cidadãos israelenses, que antes confiavam plenamente na segurança e proteção militar que pensavam ter.
Apenas um míssil com uma ogiva nuclear “suja”, seria capaz de provocar uma catástrofe atingindo Tel-Aviv ou Haifa.
Não é difícil produzir tal artefato, pois até na Internet há páginas ensinando passo a passo, a produção desta espécie de armas.S
e ainda não as utilizaram, foi porque não quiseram realmente, por razões políticas outras , mas não por não poderem .
A estratégia militar israelense é muito arriscada.
Não avaliam qualquer hipótese de entrada da Síria ou de outros países nesta guerra .
Assim como os E.U.A, estão numa situação de alto risco e vulnerabilidade .
Contam com o apoio naval do litoral que dispõe de armas nucleares e mísseis para garantirem suas unidades blindadas que avançam pelo sul do Líbano, porém, este tipo de garantia não funcionaria na hipótese de um corte da linha de abastecimento , separando em dois o exército israelense , sem que pudessem revidar pois atingiriam suas próprias forças que avançam ao longo da fronteira com a Síria.
O exército israelense é super moderno , porém pesado demais e lento para esta modalidade de luta onde o inimigo não tem bases é móvel, sorrateiro e rápido , burlando e enganando todas as informações via satélite.
A maior vantagem de Israel sempre foi sua capacidade de informação mediante agentes infiltrados , mas, neste caso, nada conseguem com os da resistência do Hezbollah, porque desde a infância são formados , cada família conhecida e a fé islâmica impede que traiam seus compatriotas .
Não há como negar que Israel está cavando sua ruína por insistir nesta política separatista e racista , defendida pelos interesses sionistas, que não admitem qualquer possibilidade de convivência pacífica e fraterna com seus irmãos de sangue , como no passado existia, antes que esta sandice fratricida se instalasse dividindo povos por séculos unidos e sem problemas .
Se os islâmicos erram por também radicalizarem posições e se ampararem em dogmas que os separam do resto do mundo, os judeus também erram, por não terem aprendido pelo sofrimento e lutas , que precisam reavaliar seus preconceitos e sentimentos separatistas .
Um dia, após o caos, o sangue de Abraham vingará e teremos a paz.