sexta-feira, outubro 06, 2006

Corruptômetro quer ser alerta contra desvios

Entidade calcula em 32% da arrecadação dinheiro sugado por corruptos; valor chega a R$7,4 mil por segundo

José Carlos Pegorim
jpegorim@destakjornal.com.br

Somou-se tudo. De PC Farias, o tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor de Mello - passando pelos anões do Orçamento, os empréstimos do Proe, precatórios, as contas CC5 do Banestado, gafanhotos - ao dinheiro na cueca, mensalão e mensalinho. Os escândalos que infestaram a crônica política do país entre janeiro de 1990 e setembro último ganharão no dia 25, às vésperas do 2° turno, um indicador: o corruptômetro, site anuniado ontem em São Paulo. Nele, o contribuinte lesado vai saber quanto custaram os sucessivos ataques aos cofres públicos.
Na trilha do impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo, o estudo feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), calculou em R$2,14 trilhões, em valores atualizados, o rombo deixado por mais de 22 mil casos de corrupção bem doumentados.
O IBPT estima que a corrupção engole cerca de 32% da arrecadação públia de tributos. É só uma estimativa, mas não deixa de ser um raiocínio instigante: o desvio seria de R$642 milhões por dia, R$26,8 milhões por hora e R$7,4 mil por segundo.
Ainda segundo o IBPT, 13% do total se refere a dinheiro que não é aplicado onde deveria, 11% equivale a superfaturamento e 8% foi pura e simplesmente para o bolso do corrupto. "O importante é medir o desvio do dinheiro público e mostrar o que poderia ser feito com ele", diz Gilberto Amaral, presidente do IBPT. O site ainda está em onstrução e será divulgado no fm do mês.

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Comentário meu:
R$2.140.000.000.000,00...
ou 2,14 trilhões...bem documentados!!!!!!
E como todos nós sabemos, nem 10% dos atos de corrupção que são cometidos são descobertos, investigados e seus atores punidos...uma parcela de dinheiro MUITO menos volta aos cofres públicos! Isso quer dizer que poderíamos aumentar esse número em 5, 10 vezes que ainda não cobriría o total de dinheiro desviado...
Agora vamos fazer uma conta?
Quanto custa um hospital?
E uma escola?
Quanto custa um programa de re-alfabetização?
E bancar uma queda nos juros para gerar mais empregos?
Pois é...
BRASIL!

(por Lourenço Zein, matéria do jornal Destak, distribuido nos metrôs de São Paulo e manuscrita por mim)

Olhem só...

Nada mudou?
Ruim para Lula porque esperava abrir larga margem a frente contando com pelo menos 87% dos votos de Cristóvam e Heloisa Helena , o que não ocorreu e é ótimo para Alckmin, pois nada perdeu e até ganhou depois da "síndrome Garotinho" mais os eleitores dos nanicos agora fora do páreo.
Dentro da margem de erro, Lula (50%) Alckmin (43%) sendo o erro de Lula 2% para baixo (48%) e o de Alckmin 2% para cima (45%) , portanto, de 3% a diferença, estaríam praticamente empatados, rssss...
Só rindo mesmo desta margem de erro deles, apenas uma parte dos votos nulos e brancos migrou para Lula , outra para Alckmin, como "voto útil" , nada mais conquistou o "gremlin" acima do patamar atingido em setembro .
A repercussão da queda do presidente do PT e expulsão dos demais envolvidos no "dossiê Tabajara", soou como "confissão de culpa geral" para tentarem salvar o "gremlin falastrão" da guilhotina , como fazem as formiguinhas de tudo para salvarem sua "Rainha".
A "síndrome Garotinho" que os do PT pensavam explorar e significar uma queda do "chuchu" nos índices , não se verificou, pelo contrário, ele subiu .
Tudo dependerá agora do debate do dia 08/10 na rede Bandeirantes.
Tudo bem ... continuem a negar a existência dos brancos, nulos e abstenções.
Veremos em breve no que dará esta fraude institucionalizada.
Continuem a errar seus pulhas vendidos !

Especulações...

Muitas especulações começam a "pipocar" neste fim de tarde na mídia, sobre os resultados das pesquisas desta semana, a serem divulgadas nesta noite, às vésperas do debate da rede Bandeirantes.
Parece que vamos novamente acertar o que adiantamos no texto abaixo.
Manteremos os 100% em antecipação e acertos?
As apostas estão abertas...

"Chuchu" X "Gremlin"

Hoje à noite no JN será divulgada mais uma pesquisa DATAFOLHA.
Arriscarei dizer que Alckmin poderá ter uma boa notícia às vesperas do debate da rede Bandeirantes, apesar da "síndrome Garotinho".
Um crescimento de seus índices o encheria de gás para enfrentar com mais firmeza um Lula já abalado,porém, cuja "ficha" está difícil de cair.
Vamos aguardar para conferir.

A Vingança

Um fato muito estranho ocorreu neste primeiro turno.
Quem se der ao cansativo e chatíssimo trabalho de esmiuçar todos os resultados para as cinco eleições simultâneas em todos os estados, verá que os votos nulos para senador superam em muito, às vezes o dobro do que para os demais cargos.
Qual seria a razão desta desproporção ?
Para os cargos de deputado estadual e federal há vários interesses pessoais envolvidos , sem falar nos “currais eleitorais”, “votos de cabresto”, “clientelismo” e outros motivos que obrigam um eleitor à uma escolha.
No caso de governo estadual, geralmente há as tradicionais divisões e antigos antagonismos políticos que inclinam os eleitores ao chamado “voto útil” decidido às vésperas da votação quando percebem que um candidato tem chances de evitar uma vitória no primeiro turno, de um adversário que detestam.
Para o senado não.
Os eleitores não têm vínculos, dependências ou maiores interesses e ficam mais livres para anularem se quiserem sem grandes prejuízos pessoais.
O deputado promete favores , defende interesses de grupos locais, quem governará o estado influirá diretamente na vida dos cidadãos, especialmente dos que são funcionários públicos.
Notem que os votos nulos e brancos só diminuíram na última semana. Que os indecisos sempre deixem para o final a escolha, é de se esperar. Entretanto, quem está decidido a anular ou votar em branco dificilmente muda de idéia, a não ser se pressentir a possibilidade de não haver um segundo turno.
Neste caso, acaba optando por adiar o fato quase consumado, como forma de “melar” a festa e ter mais uma oportunidade de protestar.
Isto ocorre quando o favorito , que está na frente nas pesquisas é absolutamente “intragável” para o eleitor.
Esta hipótese de “voto útil” foi o responsável por resultados inesperados , principalmente para a eleição presidencial, onde tivemos o menor índice de brancos e nulos , demonstrando claramente, uma reação contra a vitória de Lula já no primeiro turno.
A grande maioria dos eleitores que iriam anular nas urnas votou no PT nas últimas eleições e se decepcionou terrivelmente .
Observem que parte deste contingente dos “decepcionados” com o PT migrou inicialmente para as candidaturas Heloisa Helena e Buarque. Outra não, porque viu no PSOL um novo PT em formação e percebeu a incoerência ideológica da candidata quando esta no JN declarou que “programa de partido é uma coisa, no governo é outra pois existe a Lei”, isto exatamente quando havia dobrado nos índices , atingindo 12% e parcela da mídia celebrava uma arrancada que salvaria as esquerdas de um massacre completo.
O resultado destes “deslizes” de H.H. veio rapidamente nas pesquisas posteriores onde ela simplesmente despencou vertiginosamente até o final .
Para onde foram estes votos ?
Para Alckmin, além dos indecisos que tenderiam a votar em Lula, mas o escândalo do “dossiê”, a ausência no debate e a “desconstrução” da imagem de lula e seu governo, que a Globo promoveu foram fatais nos últimos dois dias .
Por que não foram para os nulos e brancos ?
Muito simples.
Preferiram aplicar uma “punição” em Lula, adiando a decisão para o segundo turno.
Foi um voto de vingança daqueles que ele decepcionou.
Perceberam que são todos “farinha do mesmo saco” quando H.H. começou a cada vez mais mudar de discurso, visando ganhar a confiança dos eleitores de centro e até dos evangélicos .
Foram os indecisos que influíram nesta mudança de atitude dos que decepcionados também com a repentina e inesperada incoerência da candidata do PSOL, que poderiam migrar para o voto nulo em razão de serem eleitores que votam por ideologia, que acabaram nas urnas adiando a consagração de Lula.
A “oncinha sedenta não bebeu água”.
O “voto útil” de vingança, mesmo que para um candidato do mesmo modo “indigerível” para os que abandonaram H.H. funcionou como último recurso disponível no momento, de modo a impedir a vitória do “gremlin falastrão” .
Isto só ocorreu ao verem a tendência crescente de Alckmin nas pesquisas , não antes, enquanto ele “patinava” desprestigiado até por seus correligionários tucanos.
Agora a conversa é outra e novamente o perigo tão temido pelo TSE e partidos, qual seja, de uma avalanche de nulos, brancos e abstenções , começa a tirar o sono de muita gente .
Não daremos trégua nem esmoreceremos. Vamos às ruas e continuaremos na luta, porque a guerra não terminou ainda.
Virão mais crises por aí e aproveitaremos todas as chances de capitalizarmos a indignação e revolta do povo em favor do voto de protesto.