terça-feira, maio 09, 2006

Fim de linha ?

No próximo dia 13, a corrente governista do PMDB deverá fulminar as pretensões de Garotinho, decidindo não lançar candidatura própria. José Sarney e cia. terão motivos para comemorar. Lula também.

Triste, mas é verdade...

"A imprensa só é livre se for rica. E só será rica se deixar de ser livre. É fácil verificar como seguem a fórmula." (Jornalista Hélio Fernandes - Tribuna da Imprensa de hoje 09/05)

O NOVO PODER !




























Somente agora a mídia desperta totalmente para o potencial político deste fenômeno mundial, a Internet, com seus mais de 700 milhões de usuários.
O grande capital esperava controlar este imenso mercado globalizado através de uma fómula simples; serviços X lucros exponenciais.
Não foi bem assim que funcionou, para quem acreditava num conformismo consumista .
Os internautas se revelaram refratários ao sistema, rebeldes e até mesmo ativistas contra qualquer tentativa de controle da liberdade de expressão.
Os sites e blogs são exemplos evidentes de “nichos” onde a independência de opinião, agindo conjuntamente em sinergia, já influi em eleições e referendos populares, contrariando expectativas e pesquisas, que são os instrumentos usados pelos poderosos grupos de interesses para, através da mídia, destinarem seu patrocínio aos candidatos com maiores chances, logicamente em troca de lucros .
Há uma espécie de "contradição orgânica", principalmente no Brasil, dentro da própria mídia.
A maior parte dos jornalistas e artistas tem uma tendência de centro-esquerda.
Entretanto, seus salários são pagos pelas verbas de publicidade e seus patrões são representantes do baronato capitalista.
Este “conflito”, na realidade não chega a existir, pela coexistência pacífica entre certa liberdade ideológica e manutenção de segmentos estratégicos da sociedade, formadores de opinião, intelectuais, etc, que formam a maior parte dos leitores da classe média, enquanto controlam as massas culturalmente inferiores de telespectadores .
Por um lado, preservam uma imagem aparentemente “democrática” , por outro, mantêm o controle do "povão", dando-lhe o que deseja; “entretenimento de fácil assimilação”, sem conteúdo mais sério.
Tudo não passa de um grande “pacto implícito” de convivência e sobrevivência.
O jornalismo conserva seu poder de influência e prestígio, os patrões o poder verdadeiro.
A mídia não é mais o quarto poder, é o primeiro, se considerada esta “aliança de conveniências”, neste caso controlada pelo capital.
Mas eis que surge a Internet com um “boom” de crescimento espantoso, rompendo todas as barreiras de comunicação controladas pelos poderosos, como uma terrível ameaça a estes grupos de interesses que manipulam a política.
A imprensa tradicional tenta reagir ante a queda brusca do número de leitores de jornais e revistas, temendo a falência, praticamente inevitável, pelos novos hábitos criados pela rede mundial .
Investem em portais e jornalismo eletrônico para não perderem seus espaços e influência, mas parece que estão perdendo a disputa para os milhões de internautas independentes de qualquer controle superior, com seus blogs e sites amadores.
Seria uma espécie de “desprofissionalização” do jornalismo em andamento.
O idealismo, a livre expressão, sem patrocinadores nem interesses superiores ao direito de opinião!
Uma prova desta nova onda que ameça retirar o poder de influência da mídia, foi o resultado de nosso recente referendo sobre o desarmamento, onde apesar de intensa campanha milionária pelo SIM, com artistas famosos e personalidades da intelectualidade deu NÃO !
Isto foi por obra de uma reação espontânea dos internautas que promoveram uma enxurrada de e-mails, artigos e charges, transformando em apenas um mês de ativismo, uma derrota numa vitória esmagadora, apoiados pela maioria silenciosa, indignada com os governos e classe política, exprimiram o seu sonoro "BASTA" como um alerta para o que ainda virá, por ocasião das próximas eleições.
A grande mídia perde progressivamente o domínio dos veículos de comunicação.
Confortavelmente sentado, teclando em sua casa ou apartamento, um simples e anônimo internauta, esteja onde estiver no mundo, é capaz de atingir milhões, bastando que se proponha e dedique algumas horas por dia a esta finalidade.
Sites de relacionamentos como o ORKUT exprimem bem esta explosão de independência e revolta contra quaisquer tentativas de manipulação da informação.
Terão de aceitar e se adaptarem a esta democratização da comunicação.
É a “revolução cibernética silenciosa” em andamento !