segunda-feira, outubro 23, 2006

Será a bomba?

Um "passarinho" me contou que a coordenação da campanha de Alckmin teve acesso ontem à informações sigilosas , portanto, ainda não divulgadas pelas investigações sobre o "Dossiê Tabajara".
Não sabemos se o "chuchu" as usará no debate, arriscando-se a ser acusado de tráfico de influências e quebra de sigilo de Justiça.
Mas que eles já possuem mais provas do que muitos imaginam, têm sim.
Se Lula se "emplumar" e "subir no salto" apelando para as ironias do último debate, poderá receber um troco pesado abaixo da cintura.
Vamos aguardar para ver.
É "chumbo grosso" mesmo o que vazou.
São três as informações, que já estão chegando aos meios "adequados" da mídia .
Não dará tempo para outra reportagem do tipo da revista VEJA, mas poderão ser divulgadas "no varejo", durante esta semana.
Não podemos assumir a responsabilidade de postarmos aqui as informações, sem um respaldo legal, nem afirmarmos a procedência do que o "passarinho" contou, sob pena de processo por divulgação não autorizada de documentos sigilosos.
Que eles, os "cachorros grandes" lá se virem,pois têm muita grana, influência política e assistência jurídica para se defenderem .
Apenas podemos nos defender e respondermos por nós como qualquer cidadão.
Aguardaremos.

Tudo ou Nada !

É de se esperar, nada mais tendo a perder, que Alckmin “entorne o caldo", hoje no debate promovido pela Rede Record, embora a audiência deva ser mínima, como das outras duas redes.
Se não o fizer, perderá sua última chance de reverter o quadro faltando menos de uma semana para a votação.
Se eu fosse o “chuchu”, trataria de encurralar o “gremlin falastrão” , para deixá-lo de “saia-justa” sem como responder, mesmo que este tente, como sempre, sair pela tangente.
É simples.
Basta perguntar o seguinte;
“candidato Lula. A Lei Eleitoral determina que o candidato é responsável pelos atos de sua campanha. O mesmo se dá em nossa Constituição, onde o presidente da República responde pelos atos do seu governo e subordinados.
As recentes investigações da PF, apontam o envolvimento por participação ou conhecimento, de , simplesmente , todos os seus assessores diretos e “companheiros” do PT.
Não sobrou nenhum sem ter sido citado .
Caso seja comprovada a participação e culpabilidade dos mesmos, o senhor assumiria perante a Justiça Eleitoral a responsabilidade pelos atos cometidos por seus comandados, sabendo que isto importaria queira ou não na cassação de seu registro e candidatura, além a do PT?
E como presidente da República ? Renunciaria ao mandato antes que um “impeachment” seja proposto, assumindo "republicanamente" sua responsabilidade pelos atos ilícitos de todos os seus assessores diretos, ministros e correligionários?"
Para variar, Lula, alegaria;
"que está "cortando na própria carne" e determinou a apuração minuciosa de todos os casos".
Em resposta, para não deixá-lo mais se esquivar e constrangê-lo, sem saída, perante o público, perguntaria;
“mas candidato, não se trata mais de “cortar na própria carne” pois o corpo todo já foi esquartejado, decepado, exceto a “cabeça” e respectivo “cérebro”. Não seria um tanto “bizarro” , tentar artificialmente conservar o que restou de um corpo já destruído e sacrificado pela podridão terminal?”
E que se dane se alguém não gostar.
É tudo ou nada agora.
Queremos ver o "circo pegar fogo !
Verdades nuas e cruas, na cara, com coragem e sem hesitações “politicamente corretas”.
De “bom-mocismo” hipócrita de um lado e delinqüentes contumazes irrecuperáveis do outro, estamos saturados!


Olhem a crise aí !

Instalou-se a confusão entre os das "organizações PTabajara".
Ninguém quer assumir a culpa para livrar a cara do presidente nesta reta final.
É lógico que para tudo há um limite.
Hamilton Lacerda insiste em negar que tenha transportado a mala de dinheiro, pois, confessar isto, seria culpar diretamente seu chefe; Mercadante e "paulistanizar" o comando da fracassada operação.
Mercadante tem seu mandato no senado e não deseja de modo algum sepultar precocemente sua carreira política.
O mesmo para Berzoini, tendo garantida sua cadeira como deputado, sua "tábua de salvação", pela imunidade parlamentar, contra eventuais avanços nas investigações que o comprometam mais ainda.
Freud não pode assumir nada, sem levar consigo ladeira abaixo a candidatura Lula.
Se Lorenzetti assumir, envolverá Gilberto Carvalho e outros com quem conversou pelo telefone e, por tabela, o palácio inteiro.
Todos já se "sacrificaram" demais para "blindarem" o "grande chefão". Não sobrou mais ninguém do "PTabajara", só Lula.
Ele que tenha a coragem de assumir sua responsabilidade sobre seus comandados, o que o Brasil inteiro já sabe, mas alguns se negam a admitir, por teimosia ideológica burra e covardia.
Indícios concretos e relevantes provam a culpabilidade, sem a necessidade de uma confissão ou flagrante de delito.
Assim é da Lei e todos são iguais perante ela.

"XEQUE-MATE"

Mais uma vez insistiremos em nossa hipótese de uma reviravolta, que implique num final emocionante dia 29.
Reafirmamos também, que poderemos ter um caso semelhante ao da eleição norte-americana e da mexicana, com muitas discussões e disputas em função da estreita diferença no resultado das urnas.
Citamos os dias 22,23 e 24 como cruciais, com aumento da crise.
As novas provas de envolvimento de todos os homens do palácio (assessores especiais e secretários diretos)
que cercam o presidente, acirraram os ânimos e ainda teremos mais nas próximas 48 horas.
O livro lançado pelo ex-assessor de imprensa de Lula, Ricardo Kotscho, é um petardo anunciado como capaz de derrubar o governo, pela acusação da participação direta do presidente no esquema do “mensalão”, testemunhando as negociações entre Lula e o PL na compra de apoio quando da eleição de 2002.
Comissões do Congresso anunciaram hoje que desejam convocar o filho de Lula, para responder sobre acusações de participação em poderosos “lobbies” junto ao governo, através do favorecimento da Telemar.
O cerco se fecha, independentemente das resistências deflagradas pela organização "PTabajara", usando de seus simpatizantes na mídia.
Sem rainha, bispos, cavalos e apenas com uma torre ao seu lado (popularidade), exceto alguns peões avançados (cúpula petista ainda em ação), o "rei" está ameaçado de um inevitável “xeque-mate” , gostem ou não aqueles que preferem empurrar com a barriga decisões drásticas, preferindo o eterno conchavo pacificador de interesses.
Alertamos há meses, desde 2005 quanto a uma enorme crise, onde a hipótese de uma intervenção militar não deveria ser descartada, pois o ambiente político entrou em colapso, muito pior do que em 1963/64.
Num país onde mais de 70% da população se declara de direita e centro, com posições claramente consideradas “conservadoras”, a repetição de 1964 seria saudada novamente nas ruas sem o menor constrangimento, como um "alívio".
A mídia, com exceção da “Plim-Plim” , não exerce mais a influência de antes, no passado, quando a classe média era bem mais expressiva e formadora de opinião.
Redes de TVs são concessões precárias e suas transmissões podem ser impedidas numa simples ocupação.
O “povão” é completamente desarticulado.
Só restam o crime organizado, centrais sindicais e alguns movimentos sociais, como potencial de resistência em favor deste governo de delinqüentes .
Os do “bolsa-família” continuarão suas vidinhas, sem saírem às ruas em apoio ao seu “paizão” protetor.
A História está repleta de exemplos desta letargia popular quando se trata de garantir governos.
O legislativo e o Judiciário estão totalmente desmoralizados perante a opinião pública.
Estamos fartos de saber que os dilatados prazos para o julgamento final de todos os envolvidos em CPIs e denúncias ultrapassarão 2008, podendo acabar em “pizza” .
Nossa Justiça é lenta, anacrônica, formal em demasia e ineficaz.
Parte significativa da classe média está em “pé de guerra”, irritadíssima pelo descalabro moral que infesta a nação.
Tudo caminha para um desfecho de graves proporções em clima de "guerra civil", dependendo dos resultados da eleição presidencial.
Três cenários são possíveis:
1-Vitória insofismável de Lula, (embora não acreditemos nesta hipótese).
2-Vitória apertada de Lula.
3-Vitória apertada de Alckmin.
Na primeira situação, estaria "institucionalizado" o ilícito e sepultado qualquer resquício de ética no país.
Seria dificílimo a Justiça se impor a um “Estado de Fato” e não de“Direito”, com um irresistível fortalecimento da “camarilha aloprada” que se alojou no poder.
Batalhas jurídicas seriam travadas, porém, poderosos interesses do mercado financeiro e grupos empresariais tentariam “afastar” a hipótese de uma séria desestabilização do sistema .
Na segunda hipótese, teríamos um campo mais propício a um sangrento processo de impugnação e conseqüente tentativa de “impeachment” do presidente Lula, em vista da estreita margem de votos.
Um conflito entre poderes (Judiciário e Executivo) seria inevitável, requerendo a intervenção de outras forças para contornarem a situação evitando um caos total, pois Lula não hesitaria em lançar mão de todos os recursos para conservar o seu mandato, apoiado por um imenso esquema de “aparelhamento” do Estado, formado pela "nova burguesia sindicalista" em postos estratégicos do governo federal.
Desordens e manifestações pela mobilização destas forças que apóiam o presidente, acarretariam atos de repressão, pelos órgãos de segurança e Forças Armadas, face ao dever constitucional de preservarem a ordem e segurança públicas.
Como estas estão subordinadas ao comando máximo do presidente da República, poderiam ocorrer episódios de quebra de hierarquia, por um eventual “isolamento” do alto comando, fato de difícil ocorrência, por se constituir num dos dois pilares da instituição (hierarquia e disciplina) , porém, não impossível, devido ao descontentamento crescente nos meios militares quanto ao estado de imoralidade pública.
As freqüentes manifestações oficiais do Clube Militar, convenientemente “abafadas” pela imprensa, são um claro exemplo deste estado de “ebulição” existente.
A ocorrência simultânea de quebra de hierarquia e disciplina, provocou os acontecimentos de 1964.
Na terceira e última hipótese, com uma vitória igualmente apertada de Alckmin, uma avalanche de acusações e protestos contra o que classificariam de “golpe” e “conspiração das elites”, seria o estopim de um confronto direto, pois, uma vez conquistado o poder, “aparelhado” o Estado e controlados por subvenções os movimentos sociais e sindicatos, estas centenas de milhares, direta ou indiretamente dependentes da preservação deste poder que lhes é altamente vantajoso, jamais “largarão o osso”. Sairão em defesa de seus privilégios e sobrevivência com “facas entre os dentes”, o que, prontamente seria, dentro da Lei e Constituição, devidamente reprimido pela segurança pública e Forças Armadas, em defesa das instituições e Democracia .
Mesmo na hipótese de um processo de “impeachment” do presidente, para que uma mudança efetiva deste quadro geral se realizasse, a “vacância de poder” teria de ser declarada, por ato acima das atribuições do Legislativo, afastando por completo qualquer hipótese do vice-presidente, presidente da Câmara dos Deputados ou
presidente do Senado assumirem, devendo recair sobre o STF (Supremo Tribunal Federal), o exercício interino do governo, neste caso, por seu presidente, ou seja, sua “ministra presidente” atual.
De qualquer forma, nem isto resolveria, por razões mais do que conhecidas sobre a absoluta “inapetência” dos políticos por drásticas mudanças que afetem seus privilégios, imunidades e regalias.
Repetindo o lema principal, que deu título e originou o nosso movimento através do Manifesto “Baratas & Baygon”, reafirmamos que "jamais podemos esperar ou imaginar que as mesmas (baratas) patrocinem o seu veneno (inseticida)".
Não importando qual das três hipóteses ocorra nestas eleições, nenhuma transformação realmente benéfica nem quaisquer reformas poderemos promover, sem a suspensão dos direitos políticos e imediato afastamento desta corja de crápulas legalmente amparada por nossa Lei, investidos de poderes por esta falácia que é o vicioso sistema de Democracia Representativa.
Nova Constituinte ou Constituinte exclusiva não resolveríam nada, pois dependeriam dos mesmos partidos e políticos que estão aí , agora pior ainda, pela volta de quase todos os envolvidos em processos, os que escaparam da cassação e outros de bizarra expressão.
Infelizmente, devemos admitir que, para uma necessária mudança de mentalidade, com novos valores, hábitos e costumes, capazes de transformar um povo moralmente deformado em algo mais íntegro e digno do pleno exercício de seus direitos democráticos e cidadania, somente um caminho seria a “luz no fim do túnel” para a nossa caótica situação atual.
Uma REVOLUÇÃO, desde que, o resultado final seja o de pessoas honestas, justas, incorruptíveis, democratas, capazes, patriotas e dignas no poder.
Sem isto, nada mudará, somente piorará e muito, até a derrocada final do sistema.