"O que passa?" "Lhe gusta ?"
Que hubo?
Lembro-me bem desta única experiência negativa em Buenos Aires, quando lá estive, além do que, fiquei congelando a 4 mil metros de altitude no monte Tronador, em Bariloche, porque as máquinas dos carrinhos pararam em plena nevada de 24 abaixo de zero e quase tive gangrena , rsss.
Confesso que pensei em me atirar uns 5o metros abaixo na encosta nevada, mas comecei a rir da situação e logo consertaram o teleférico.
Meu humor me salvou de quebrar as pernas e congelar na neve.
Depois em Bariloche também , foi diferente, além de uma argentina linda e cenário mais belo ainda , boas lembranças ,kkk.
Outra argentina em Buenos Aires me recebeu muito bem e se encantou , com boas lembranças, rsss, calma, não era este "garanhão" que pensam , gente, apenas um turista brasileiro com muitos dólares a mais, pois naquela época estávamos por cima deles e eu voltava dos E.U.A. onde vivia antes,com muitos dólares para gastar, portanto... entendam a situação privilegiada e era muito jovem, de ótima aparência, coisa e tal...
Rs.
Podem ir onde quiser , os melhores hotéis, as melhores roupas encontrarão nos alfaiates argentinos que são os melhores do mundo , penso que acima dos italianos, podem entender não?
Um terno de veludo argentino é incomparável !
Dar de gorjeta algo que seria 50% da conta total, é algo meio de "gringos " americanos doidos não?
Isto foi durante o nosso regime militar, quando nós éramos os "ricos" e eles os "pobrecitos".
Pedia um prato num restaurante.
Quanto custava ?
20 pesos?
Dava 60 , o resto para o garçom, sem mentira, era assim que nos sentíamos tão superiores naquela época em termos de dinheiro, ainda mais eu voltando dos E.U.A. com sobras para gastar.
Sensação única de poder e importância, não?
Mas não me deixei levar por isto e busquei algo mais de lá.
Consegui, ao trafegar pela noite, nas ruas, com o povo e conviver com a realidade fora do circuito turístico de lá.
Aprendi de tudo, desde as "milongas" , tango e outras danças mais populares.
Me embrenhei com o "povão" deles para conhecer melhor o país e deu certo.
Nos porões de "milongas" e tangos , aprendi a dançar com o "povão" .
Um dia , na frente de meu hotel, estava num bar onde uma mulher muito bonita se aproximou e sentou ao meu lado pedindo uma bebida.
Uma loura de arrebentar.
Eu , já "macaco velho" brasileiro e carioca , saquei logo a parada.
Ela pedia como "Scotch" mas era refrigerante e eu teria de pagar pelo tempo dela .
Fiz o maior "AUÊ" lá dentro e peitei até os seguranças.
Chamaram a polícia e disseram que eu não era turista brasileiro, pois falava sem sotaque correntemente o espanhol e o "portenho" com as gírias.KKK.
Maior elogio que este não esperava pois falava já sim , tenho esta facilidade de assimilar idiomas de imediato e até sonhar em línguas estrangeiras após uns tempos.
Tive de mostrar minha carteira de advogado e passaporte para provar, além do meu registro no hotel e os policiais me pediram desculpas, deixando o dono do bar desconsolado.
Mas que foi gozado foi, pois minha "performance" foi aprovada em termos de idioma.
O dono do bar dizia em estertores para o policial; "ele não pode ser turista, pois fala correntemente nossa língua e até com sotaque portenho".
KKKK.
Realmente eu dominava o idioma e dominei em pouco tempo, semanas apenas.
Parecia que eu havia nascido lá, do mesmo modo quando em Los Angeles comecei a sonhar em inglês.
Tenho esta capacidade de nascença (xenoglossia), sobre me deixar absorver pela cultura local e passar a ser um deles.
"Síndrome do camaleão"?
Talvez , mas funciona bem e ajuda demais.
hehehehe.
Lembrei disto tudo por causa da estada da Íris na Argentina, um país lindo com gente muito boa também do qual só tenho recordações boas e moraria lá, se é que ainda não irei em breve, decepcionado com o nosso país e povo.
Confesso que sim.