quarta-feira, fevereiro 08, 2006

GUERRA ???

Se os gravíssimos fatores econômicos, narrados no artigo abaixo, que poderão até ensejar uma ação militar dos E.U.A ou Israel, contra o Irã, caso este inaugure sua Bolsa de Petróleo independente, em "Petro-Euros", se concretizarem, os impactos sobre a Economia brasileira e mundial serão devastadores e caóticos.
Achei estranha a decisão de Palloci ao adiantar ao FMI o pagamento da dívida. Talvez (ou com certeza) tenha sabido do “Tsunami” que vem por aí e tenha feito a única coisa certa em sua vida, desovando "dólar podre", apesar de eu ser frontalmente contra qualquer pagamento e defender, se necessária, a declaração unilateral de extinção da dívida externa após uma revisão e detalhada auditoria .
Lula já não deve estar dormindo bem, com pesadelos e “suores noturnos”, só de imaginar o que isto representará em termos de baque profundo e irreversível, na Economia brasileira, inviabilizando sua reeleição, totalmente pautada pelos índices positivos das exportação e reservas em dólares.
Nosso país não tem lastro em ouro para suportar uma súbita desvalorização do dólar, de até 50% a curto prazo e está “pendurado” por um trilhão de dívida interna.
Suas receitas estão comprometidas com medidas "eleitoreiras" e farta distribuição de verbas aos interesses da base aliada do governo através dos ministérios e governos estaduais .
Um reajuste cambial e forte desvalorização do Real serão necessários para não perdermos a competitividade nas exportações, o que representaria brusca volta da hiper-inflação, mesmo que aumentem estratosfericamente a taxa de juros, que, por si, afetaria sua (governo) capacidade de garantir compromissos de títulos internos e externos, referenciados parcialmente pela cotação do dólar, eliminando a especulação do Grande Capital em nossas plagas em virtude do risco de quebradeira geral.
Nesta hipótese todo o capital internacional refluiria para depósitos seguros internacionais, lastreados em ouro e Euros como “hedging” preventivo.
A bolsa de valores, nem preciso dizer, iria para o espaço em “crash” total e as cotações de “commodities” idem, levando ao desespero o agro-negócio que sustenta nossos bons índices de exportação.
Igualmente o Japão com mais de 80 bancos direta ou indiretamente controlados, entupidos de “moeda podre” (dólar) que teriam de “desovar” rapidamente seus títulos do tesouro norte-americano e converterem o que pudessem em Euros, já que não possuem maior flexibilidade por causa do atrelamento comercial à Economia dos E.U.A.
Ocorre que o Euro também estará tão valorizado quanto o ouro que acaba de bater recordes em curtíssimo espaço de tempo, sugerindo uma preparação dos grandes investidores e fundos institucionais,para um longo período de recessão internacional.
A Europa terá de intervir jogando no mercado seus estoques em moeda para não prejudicar suas exportações, só que não terá para quem vender numa Economia abalada pela quebra de divisas .
A Rússia é grande produtora de ouro, andou lançando grandes quantidades no mercado após a queda do muro de Berlim e abertura , mas sem maiores baques , pois grupos hegemônicos como o da África do Sul (Cecil Rhodes)e Inglaterra andaram absorvendo esta “desova” para equilibrarem as cotações, fazendo outras conversões e transações em diamantes e “commodities” , remetendo o excedente para os bancos que compõe o FED.
Eventualmente já teria se cercado de garantias comprando Euros e mais ouro, ou feito acordos secretos com os iranianos em troca da assistência no programa nuclear.
A China é grande produtora de petróleo, poderia fazer convênio com o Irã, parceiro em outros acordos estratégicos e se beneficiar em “Petro-Euros” para contrabalançar as reservas em dólares que tem de manter, em razão de sua dependência exportadora do mercado norte-americano e investimentos internacionais.
Só que a exportação será praticamente extinta, caso a Economia dos E.U.A entre em recessão, com uma moeda hiper-inflacionada e queda brutal nas importações.
Portanto, ou todos enlouqueceram ou teremos uma catástrofe premeditada, um “xeque-mate” ,aparentemente planejado pelo Irã, sob a tutela e apoio da Rússia, Coréia do Norte e China, para anular os poderes norte-americanos, inviabilizando sua escalada imperialista militar.
Isto seria muito pior do que centenas de ogivas nucleares explodindo em território “Ianque”, pois o que imprime vigor às atividades beligerantes deste “Império” é justamente seu respaldo financeiro, garantido pelos depósitos dos produtores de petróleo, compulsoriamente “reféns” dos bancos norte-americanos, como os da Arábia Saudita e “magos” judeus das finanças que controlam a Economia e política dos E.U.A.
Justo num momento em que a China bate recordes de crescimento, teria algum interesse em desmantelar seu maior mercado?
Não sei...
Estranhei e comentei com um professor de História e Geopolítica , membro também do nosso movimento (MBNE) em sua comunidade do ORKUT , sobre “estranhas ocorrências” em relação ao que a China andava importando e estocando , muito além de seu consumo interno ou demanda potencial a médio prazo.
Ele prontamente concordou e advertiu que seria sim uma preparação para uma guerra , uma “Economia de guerra expansionista”, conforme eu havia imaginado e denunciado, isto ano passado, em 2005 quando "tudo eram flores" e todos sorriam pelo crescimento contínuo do mercado "globalizado".
O que temos então de concreto onde possamos “ancorar” neste mar de dúvidas e incertezas?
Eu diria que muito pouco, pois não temos acesso a acordos secretos e articulações muito além de nossa imaginação, amparados por escassos dados e subsídios.
Porém uma coisa é certa e pressinto em meus “ossos”.
Estamos prestes a testemunhar acontecimentos trágicos que provocarão enormes mudanças no panorama internacional e equilíbrio de forças.
Uma violenta “bi-polarização” está a caminho e será inevitável, em função da ânsia e ambição desmedida, desesperada e atabalhoada dos E.U.A e seus aliados.
Teremos guerra sim! Não esta, desta magnitude ainda relativa, localizada, porém, algo bem mais grave e destrutivo.