quarta-feira, novembro 23, 2005

Ricardo Bergamini

Enviado pelo ilustre consultor e prof. de Economia Ricardo Bergamini .

De janeiro de 2005 até outubro de 2005 foram gastos com viagens de pessoal da União o montante de R$ 2.032.787.254,00 (Dois bilhões, trinta e dois milhões, setecentos e oitenta e sete mil, duzentos e cinqüenta e quatro reais).


Reflexão Sobre as Despesas da União com Viagens de Pessoal – Fonte MF

Base:
De Janeiro de 2005 até Outubro de 2005

Base: R$ 1,00


Tipos de Gastos
No Mês
Até o Mês de outubro de 2005


Diárias
No mês-
53.069.723,00
Até o mês-400.138.732,00


Passagens e Locomoções

No mês-54.146.454,00
Até o mês-425.955.940,00


Auxílio-Alimentação

No mês-126.173.802,00
Até o mês-1.206.692.582,00

Total

No mês-233.389.979,00
Até o mês-2.032.787.254,00


Arquivos oficiais do governo brasileiro estão disponíveis aos leitores. Basta solicitar.

(Comentário meu) "Êta gastança" hein?

e ainda ;

GOVERNO LULA


Governo Lula – Setembro de 2005

“No Brasil as pessoas não são avaliadas pelo seu saber e conhecimento, mas sim pelos seus cargos, títulos e patentes”. (Ricardo Bergamini).

Ricardo Bergamini

No período de janeiro de 2003 até setembro de 2005, o governo Lula obteve uma receita total de 28,54% do PIB (correntes e de capitais), tendo aplicado 30,25% do PIB como segue: 12,57% (Fazenda); 9,30% (Previdência Social - União e INSS); 1,90% (Saúde); 1,59% (Defesa); 1,25% (Educação); e 3,64% com as demais atividades da União, gerando déficit fiscal nominal de 1,71% do PIB.

De janeiro de 2003 até setembro de 2005, apenas com Fazenda (R$ 593,7 bilhões, sendo R$ 250,5 bilhões relativos às Transferências Constitucionais e Voluntárias para Estados e Municípios); Previdência INSS (R$ 327,7 bilhões - com 23,4 milhões de beneficiários) e Custo Total com Pessoal da União - Civis e Militares - Ativos, Inativos e Pensionistas (R$ 234,2 bilhões - com 2.042.303 beneficiários), totalizando R$ 1.155,6 bilhões, comprometeu-se 85,70% das Receitas Totais (Correntes e de Capitais) no período, no valor de R$ 1.348,5 bilhões.

De janeiro de 2003 até setembro de 2005 houve redução das despesas totais (correntes e de capitais) de 2,37% do PIB em relação ao ano de 2002. Redução real em relação ao PIB de 7,27%. Sendo as principais reduções reais em relação ao PIB: Fazenda (-13,79%); Saúde (–6,40%); Defesa (-18,89%); Educação (–13,79%).

De janeiro de 2003 até setembro de 2005 houve redução das receitas totais (correntes e de capitais) de 3,87% do PIB em relação ao ano de 2002. Redução real em relação ao PIB de 11,94%.

De Janeiro de 2003 até setembro de 2005 a União gerou déficit fiscal nominal de R$ 80,7 bilhões (1,71% do PIB).

A dotação orçamentária das despesas da União do exercício de 2005 é de R$ 680,2 bilhões, tendo sido empenhados até setembro de 2005 o montante de R$ 575,4 bilhões, e liquidados R$ 392,1 bilhões, não considerando renegociação de dívidas de R$ 385,2 bilhões até setembro de 2005.

Em dezembro de 1994 o estoque total da dívida externa líquida, pública e privada, era de US$ 107,4 bilhões (19,78% do PIB) migrando para US$ 195,7 bilhões (42,60% do PIB) em dezembro de 2002. Crescimento real de 115,37% em relação ao PIB comparado com o ano de 1994. Em setembro de 2005 cai para US$ 144,4 bilhões (19,34% do PIB). Redução real em relação ao PIB de 50,09% comparado com dezembro de 2002, e redução real em relação ao PIB de 2,22% comparado com o ano de 1994.

No conceito de liquidez internacional (inclui empréstimos ponte com FMI) as reservas ajustadas em dezembro de 1996 eram de US$ 60,1 bilhões (não havia dívida com FMI). Em setembro de 2005 estavam em US$ 57,0 bilhões (com US$ 14,1 bilhões de dívida com o FMI), sendo as reservas ajustadas de apenas US$ 42,9 bilhões.

A dívida total líquida da União (interna e externa) migrou de R$ 87,8 bilhões (25,13% do PIB) em dezembro de 94 para R$ 1.103,9 bilhões (82,01% do PIB) em dezembro de 2002. Crescimento real em relação ao PIB de 226,34% comprado com dezembro de 1994. Em setembro de 2005 migra para R$ 1.401,4 bilhões (75,07% do PIB). Redução real em relação ao PIB de 8,46% comparando com dezembro de 2002, e crescimento real em relação ao PIB de 198,73% comparado com dezembro de 1994.

Em setembro de 2005, considerando também a dívida externa do setor privado de US$ 77,2 bilhões, ou R$ 193,0 bilhões (10,34% do PIB), a dívida total: interna, externa, pública e privada é da ordem de R$ 1.594,9 bilhões (85,41% do PIB).

Com base em setembro de 2005, do total da dívida da União existia um montante de R$ 308,7 bilhões sendo carregada pelo Banco Central do Brasil por falta de tomadores em mercado. A dívida era maior do que o mercado.

Com base em setembro de 2005, cabe destacar ter o Tesouro Nacional haveres de R$ 443,8 bilhões junto aos Estados e Municípios, sendo que os 5 estados ditos mais ricos da federação devem 72,5% da referida dívida, como segue: SP (37,80%) - RJ (12,47%) - MG (10,80%) - RS (7,28%) - PR (4,18%), além de R$ 158,4 bilhões em haveres junto às Autarquias, Fundos e Fundações.

O custo médio de carregamento da dívida total da União, considerando inclusive títulos indexados ao câmbio, até setembro de 2005, ficou em 1,2699% ao mês, ou 16,35% ao ano, com ganho real para os investidores de 1,2455% ao mês, ou 16,01% ao ano, depois de excluída a inflação média/mês do IGPM de 0,0244% até o mês setembro de 2005. Excluindo os títulos indexados ao câmbio, o custo médio ficou em 17,22% ao ano, ou 1,3328% ao mês.

Sendo o multiplicador de base médio até setembro de 2005 de 1,4600, ou seja: 68,49% dos recursos disponíveis foram esterilizados pelo Banco Central, através dos depósitos compulsórios e empréstimos vinculados, o juro mínimo de mercado médio, até setembro de 2005, seria de 16,35% ao ano x 3,1736 = 51,88% ao ano, ou 3,5440% ao mês, não considerando outros custos, tais como: impostos, taxas e lucro dos bancos.

Em setembro de 2005 a dívida total, inclusive indexada ao câmbio, teve um PMP (Prazo Médio de Pagamento) de 27,46 meses. Considerando apenas a dívida em mercado teve um PMP de 21,43 meses.

Série história de nossa balança comercial com base na média/ano foi como segue: 85/89 (superávit de US$ 13,5 bilhões = 4,57% do PIB); 90/94 (superávit de US$ 12,1 bilhões = 2,70% do PIB); 95/02 (déficit de US$ 1,1 bilhões = -0,16% do PIB). De janeiro de 2003 até setembro de 2005 (superávit de US$ 33,2 bilhões = 5,50% do PIB).

Série histórica de nossa necessidade de financiamento de balanço de pagamentos com base na média/ano foi como segue: 85/89 (US$ 13,4 bilhões = 4,56% do PIB); 90/94 (US$ 17,4 bilhões = 3,89% do PIB); 95/02 (US$ 50,9 bilhões = 7,86% do PIB). De janeiro de 2003 até setembro de 2005 (US$ 21,4 bilhões = 3,55% do PIB).

Série histórica dos investimentos externos líquidos (diretos e indiretos) com base na média/ano foi como segue: 85/89 (negativo de US$ 6,3 bilhões = -2,14% do PIB); 90/94 (positivo de US$ 7,0 bilhões = 1,57% do PIB); 95/02 (positivo de US$ 23,9 bilhões = 3,69% do PIB). De janeiro de 2003 até setembro de 2005 (negativo de US$ 2,0 bilhões = -0,34% do PIB).

O custo total de pessoal migrou de R$ 35,8 bilhões em 1994 para R$ 75,0 bilhões em 2002. Incremento nominal de 109,50% em relação ao ano de 1994. Com base nos números conhecidos até setembro de 2005 podemos projetar um custo total de R$ 98,7 bilhões, ou seja: acréscimo nominal de 31,60% em relação ao ano de 2002.

Com base nos números conhecidos até setembro de 2005 podemos projetar um rendimento médio/mês per capita com pessoal ativo - 1.018.703 servidores (754.557 civis e 264.146 militares) de R$ 4.112,95, enquanto a média/mês per capita nacional para os trabalhadores formais nas atividades privadas é de R$ 974,90 (76,30% menor).

Com base nos números conhecidos até setembro de 2005 podemos projetar um rendimento médio/mês per capita com pessoal inativo e pensionista – 1.023.600 servidores (709.457 civis e 314.143 militares) de R$ 3.946,94, enquanto a média/mês per capita dos inativos e pensionistas das atividades privadas (INSS - 23,4 milhões de beneficiários) é de R$ 464,00 (88,24% menor).

Com base nos números conhecidos até o mês de setembro de 2005, houve aumento de 83.214 servidores civis e redução de 4.788 servidores militares (recrutas), totalizando acréscimo de 78.426 servidores da União, em comparação ao efetivo existente no mês de dezembro de 2002. Conseqüentemente, os gastos com pessoal migraram de R$ 75,0 bilhões em 2002 para previsão de R$ 98,7 bilhões em 2005, acréscimo nominal de 31,60%.

Com base nos números conhecidos até setembro de 2005, o déficit previsto do setor privado (INSS) será de R$ 18,3 bilhões (0,98% do PIB) e o déficit previsto do setor público federal será R$ 41,3 bilhões (2,21% do PIB), totalizando no ano 2005 déficit previsto de R$ 59,6 bilhões (3,19% do PIB).

Com base nos números conhecidos até setembro de 2005, podemos projetar arrecadação do sistema de previdência geral (INSS) no montante de R$ 120,6 bilhões (sendo R$ 7,6 bilhões via CPMF), em contribuições de patrões, empregados e autônomos ativos da iniciativa privada, contingente em torno de 36,8 milhões, pagando benefícios da ordem de R$ 138,9 bilhões para um contingente em torno de 23,4 milhões de aposentados e pensionistas, com salário médio mensal de R$ 464,00, gerando déficit previsto de R$ 18,3 bilhões (0,98% do PIB) para o ano de 2005.

Com base nos números conhecidos até setembro de 2005, podemos projetar arrecadação do governo federal junto aos servidores no montante de R$ 5,3 bilhões (Militares - R$ 1,3 bilhões; Parte Patronal da União dos funcionários civis Ativos - R$ 1,3 bilhões e Parte dos Funcionários Civis Ativos e Inativos - R$ 2,7 bilhões) de um contingente de pessoal ativo da ordem de 1.018.703 servidores (754.557 civis e 264.146 militares), pagando benefícios de R$ 46,6 bilhões para um contingente de 1.023.600 servidores aposentados e pensionistas (709.457 civis e 314.143 militares), com salário médio mensal de R$ 3.946,94, gerando um déficit previsto de R$ 41,3 bilhões (2,21% do PIB) para o ano de 2005.

O PIB per capita apurado no ano de 1994 foi de US$ 3.464,00. Em 2002 fechou em US$ 2.630,00, ou seja: 24,08% menor do que o apurado em 1994. Com base nos números conhecidos até setembro de 2005 podemos projetar um PIB per capita de US$ 4.041,00, ou seja: 53,65% maior do que o apurado no ano de 2002, e 16,66% maior do que o apurado em 1994.

O PIB apurado no ano de 1994 foi de US$ 543,1. Em 2002 fechou em US$ 459,4 bilhões, ou seja: 15,41% menor do que o apurado no ano de 1994. Com base nos números conhecidos até setembro de 2005 podemos projetar um PIB de US$ 746,4 bilhões, ou seja: 62,47% maior do que o apurado em 2002, e 37,43% maior do que o apurado em 1994.

Em 2002 foi apurada uma taxa média de desemprego aberto, medida pelo IBGE, de 11,7%. No ano de 2004 foi apurada uma taxa média de 11,5%, ou seja: 1,71% menor do que a média apurada em 2002. Até setembro de 2005 a taxa média apurada foi de 10,1%, ou seja: 12,17% menor do que a apurada em 2004, e 13,67% menor do que a apurada em 2002.


Nota: Estudo completo está disponível no sítio abaixo mencionado

O autor, Ricardo Bergamini, é Professor de Economia.


rberga@globo.com

www.rberga.kit.net



Dorothy Coutinho

Enviado por "e-mail" pela colaboradora Dorothy Coutinho.

LIBERTEM OS RICOS


Já abolimos a escravidão no séc. XIX. Hoje, precisamos libertar os ricos.
“Só que para fazer esta nova abolição, precisamos completar a primeira”, diz Cristóvam Buarque.

Assim foi. Os escravos saíram das senzalas e foram jogados nas ruas e favelas.Nossa abolição não garantiu terra aos ex-escravos. Não se pensou em escolas para os filhos dos ex-escravos.
Resultado dessa abolição pela metade: os ricos foram aprisionados nos luxuosos condomínios cercados, seus automóveis são blindados, sempre aterrorizados com os sinais de trânsito ameaçadores, com seus seqüestros relâmpagos e toda a violência urbana gerada pela ineficiência social de um país sem educação, principalmente.
Sem escola, sem emprego e sem terra, temos hoje (séc.XXI) o país campeão da concentração da renda; são 10% de muita riqueza, 40% na classe média em extinção e 50% de extrema miséria.

Antes de mais nada temos que libertar o pensamento brasileiro de três premissas que inviabilizam qualquer projeto de alcance social:
1 – o crescimento econômico não é suficiente para erradicar a pobreza;
2 – a riqueza de uma pessoa e de sua família não deve depender apenas de sua própria renda; e,
3 – pagar não é perder!!

Porquê?
1 – os resultados da economia brasileira estão com saldo pra lá de positivo, aumentando riquezas, mas um verdadeiro fracasso na redução das desigualdades;
2 – os ricos com suas corporações acreditam que sua qualidade de vida depende tão somente da situação de suas contas bancárias; e,
3 – a parcela rica que controla as aplicações de recursos públicos pensa que financiando programas para os pobres acarretarão perda para os ricos. Acha que pagar é sinônimo de perder.

É complicado.... é um nó!

Os ricos criaram e cultivam ainda hoje um sistema político viciado, eles próprios não confiam. Consideram que a parte dos recursos investidos levará a perdas, corrupção e ineficiência. Entre o pagamento e o resultado há um longo período de investimento.
Desconfiam – com razão – das instituições do Executivo, Legislativo e Judiciário, e para não terem que esperar pela sua libertação, preferem pagar o alto custo da sua própria prisão.

É hora de substituir o egoísmo burro por um egoísmo inteligente!!!!
Campanha pela Abolição dos Ricos......
Libertemos um rico por dia!!!
Já libertou o seu rico hoje?

Dorothy por e-mail