O "BOÇAL ABSTRATO"
Há diversos tipos de boçais, não pensem que apenas um, o ignorante primata.
Sem dúvidas, temos uma fauna exuberante de boçais das mais variadas tendências e níveis culturais, ou não estaríamos na situação em que estamos, concordam?
Afinal, a Finlândia e a Noruega devem ter menos boçais do que nós, ou não seriam o que são.
Os E.U.A são governados por um mestre em boçalidade, embora haja um pequeno segmento intelectual (verdadeiramente) que ainda segure a barra evitando, ainda que inutilmente, uma latino-americanização sem a devida contrapartida de avanços científicos capazes de assegurarem pelo menos a capacidade de impor pelo medo e armas um domínio mundial.
Atrás de um grande boçal sempre haverá uma intelectualidade frágil e esperta, manejando o fantoche braçal.
Assim sempre foi e é, como vemos em nosso país atualmente. Querem mais do que Lula e Severino como provas disto?
Alguns dirão que Lula tem uma “trajetória”, é inteligente, líder, etc.
Eu diria que, se acreditam nisso, então não há dúvidas de que ele é o chefão da máfia descoberta!
Ou é safo e inteligente, líder ou é um boçal ignorante, incapaz!
Escolham!
O Brasil é um exemplo de boçalidade, pois não temos ainda uma cultura desenvolvida que tenha atingido um ápice de obras consideradas complexas e elevadas, como ocorreu com a Europa. Os E.U.A idem, pois bastardos sempre relutam e resistem em aceitar a paternidade dominante.
Assim, tentam “criar” suas “civilizações”, partindo de um certo estágio, geralmente da independência, mas nada conseguem pois o próprio mundo involuiu em nível de produção artística, cultural, etc, se considerarmos proporcionalmente os recursos atuais disponíveis e as produções individuais comparadas aos escassos instrumentos e meios à época das grandes obras da humanidade.
Quando o Lula abre a boca ou o Severino o que vocês sentem?
Eu sinto pena, não deles, de mim, por nada ter podido fazer para evitar ser governado por esta cambada de boçais!
Alguém tem de tirar estes boçais de lá!
Logo aparecerão os que dizem, “ e os intelectuais que tivemos no governo”?
Que intelectuais? Se fizeram a cagada que fizeram são intelectuais fajutos, “intelectuais boçais”!
Para que estudamos tanto? Para que prestamos concursos? Para que fazemos testes tentando a aprovação num exame de motorista? Para que um gari tem de apresentar diploma de conclusão de curso?
Ora meu Deus! Basta ter uns milhares de seguidores mais boçais do que nós e pronto!
O resto se contagiará pela mediocridade e logo estaremos no poder, mantendo nossos “currais eleitorais”, distribuindo cargos e empregos.
Não é assim que tudo funciona?
E todos fecham os olhos para esta constatação, repetindo bobagens como “governabilidade”, ameaças ao equilíbrio econômico e outras baboseiras que levariam qualquer intelectualzinho besta ao psicanalista, se analisadas a contento e friamente.
Por que temos de nos sujeitar a isto?
Porque temos um regime, um sistema, instituições, palavras bonitas, porém inócuas e abstratas! Não significam na verdade NADA! Somente enganação coletiva, para nos sentirmos “civilizados” e dentro de um esquema de ordem institucional, porque somos covardes, nojentos, fracos, temos medo de nos defender, precisamos de outros para nos safarmos da baderna, da anarquia que seria uma ausência destes “poderes” institucionais de merda! Depois reclamamos quando os milicos vêm para impor a ordem! Qual a diferença entre eles e nossos seguranças, vigilantes, polícia, etc? Aaahhh ... a competência administrativa é? Mais do que a dos civis que nos governaram desde a abertura até agora?
Por que?
O que houve com os civis? São todos ladrões?
Incapazes e corruptos?
Não se dizem “democratas”?
O que são?
Lutamos para conservar o “abstrato” espúrio e injusto, por receio do concreto inimaginável, que de nós exigiria sacrifícios e muita garra para sobrevivermos!
Todos morrem de medo, se borram de pânico ante qualquer possibilidade de não terem “paizinhos” e protetores armados, cuidando de suas vidas, protegendo seus fétidos umbigos estufados de opulência .
Esta é a nossa sórdida realidade social, nossa sina e lamaçal, de onde não conseguimos sair por absoluta covardia e egocentrismo.
O mundo mudou, está incontrolável e indomável como a natureza demonstra. Perdemos a confiança em governos, inexiste segurança eficaz, as forças naturais estão em revolta aberta contra os excessos, desrespeitos e agressões ambientais humanas.
Já vivemos o caos de desmandos e desgovernos, de violência e medo.
Em breve, quando os cataclismos naturais, a fome, a miséria, as revoltas populares, a desordem, violência e pânico se fizerem mais presentes, as elites voarão em seus jatinhos e helicópteros, para as serras e montanhas , levando seus asseclas e seguranças armados, políticos e religiosos também, formando uma nova casta privilegiada, até que as massas subam os montes e sejam por eles novamente submetidas à escravidão como foram nos impérios pré-colombianos antes dos oceanos baixarem.
O mundo é redondo...tempo e espaço não existem... o fim é o princípio...Homero Moutinho Filhohmf_sp@yahoo.com.br
"SÍNDROME CARIOCA"
Penso que minha experiência ao viajar mais de 2.000 kms (ida e volta) para visitar minhas origens, o Rio de Janeiro e realizar a primeira Assembléia do Movimento Brasil Nova Era possa traduzir bem o estado psicológico desalentador que assola o país.
1- Escolhi começar pelo Rio, devido ao fato de lá termos uma consultoria (jurídica. econômica e de planejamento) da família, que daria voluntariamente o respaldo necessário aos procedimentos burocráticos de registro da Associação Civil (ONG) após o meu retorno, além dos dois coordenadores, moderadores do grupo no Yahoo , inclusive o responsável técnico de engenharia, do projeto Geosfera, também lá terem seu domicílio e empresa.
2- Uma vez concluído o processo de registro, cópias dos documentos (livros, atas, estatuto, etc.) seriam remetidos aos diversos estados para serem utilizados, por medida de economia e agilização, como modelo a ser adotado.
3- Até minha chegada, dia 11 de agosto,nada havia de resolvido ou tratado concretamente pelos membros, em especial, o local da assembléia, apenas um oferecimento de um teatro, cuja data de disponibilidade ainda estava pendente, depois verificada ser após o período útil.
4- Em menos de 24 hs, consegui, como ex-aluno e ex-presidente de diretório na PUC R/J um local para realizarmos a assembléia.
5- Estatuto, metas e pauta, prontos, apenas bastaria a presença dos participantes de nossa rede nacional (no caso, os do Rio) para darmos por fundada a primeira regional do BNE.
6- Isto não ocorreu devido a desencontros de horários (apesar de todos terem recebido a confirmação pelo e-mail e telefone) ausências não justificadas, celulares desligados para recebimento de chamadas e total desmotivação daqueles que antes, durante meses, comigo planejaram, conversaram, opinaram, na comunidade, por e-mail e MSN.
Somente consegui falar pelo telefone com 3 pessoas.
7- Tal comportamento é inexplicável, injustificável e incompreensível, tratando-se de membros ativos do movimento, com os quais tive intimidade e intensos contatos virtuais, até por telefonemas.
8- Após o adiamento e transferência da assembléia do dia 15, por falta de quorum mínimo, ainda permaneci até o dia 23 deste mês, sem receber nenhum telefonema ou satisfação, daqueles que se mantiveram fora de alcance ou alheios ao que se passava, apesar dos constantes avisos sobre o evento enviados por e-mail .
9- Isto me leva a repensar tudo e reavaliar o quadro geral de elemento humano que dispomos ou disporíamos em potencial, exceto, claro, os que já demonstraram efetiva colaboração, principalmente os de regiões mais distantes dos grandes centros, como faculdades e até comunidades indígenas, bem mais conscientes, com capacidade de iniciativa e liderança capaz de manterem vivos os nossos ideais.
10- Confesso minha total descrença na reação produtiva de uma classe média, a burguesia “esclarecida”, já “fossilizada” em suas “prioridades egocêntricas”, conformada com o papel de “refém acomodada” das circunstâncias das desigualdades sociais e violência urbana.
11- Nada mais há que se contemporizar a partir de agora, em que pese uma necessidade de maior confabulação e troca de opiniões com os segmentos mais abastados de nossa nação. O momento é de total ruptura revolucionária, requer sacrifícios e desapego, perseverança e esforços contínuos em prol de uma grande revolução cultural e política, um mutirão de voluntários determinados , uma união de corações e mentes, capaz de alterar este estado caótico de degeneração social, desgoverno, corrupção, violência e degradação da qualidade de vida em que vivemos.
Uma tarefa “messiânica”? Eu diria que sim. Somente através de uma imensa ação organizada por setores ainda não contaminados pelo conformismo infantil burguês, poderemos realizar o que seria um verdadeiro milagre de transformação de mentalidade, a única saída para não sucumbirmos como povo num lamaçal podre e selvagem.
12- A democracia Direta, a verdadeira e total, que seria propícia às classes mais abastadas, (em virtude do tempo ocioso disponível, pobres mal tem tempo para descansar) como fator de participação nos atos da administração pública e controle, não parece suplantar as “delícias” consumistas e emoções virtuais, nas quais despendem precioso conteúdo energético.
13- A aceitação e absorção de hábitos e costumes das classes mais baixas pela alta burguesia chega a ser tragicômica, como resultado visível de sua impotência e fragilidade de resistência cultural.
A “favelização” comportamental dos cariocas, causa estupefação, como fenômeno sociológico, que bem exprime complexos de culpa introjetados , sublimados como fator de sobrevivência, ante uma ameaça irresistível e inevitável ao seu espaço físico.
14- Alunos de universidades na zona sul, matam aulas bebendo em botequins fétidos, confraternizando com traficantes e elementos espúrios do mais baixo estrato social, não por questões “democráticas” de convivência, mas por dependência mesmo, falsa liberalidade e degradação flagrantes. Nada fazem de produtivo para as comunidades pobres, apenas se corrompem e degeneram. Serão os corruptos, os dependentes, os de “rabo-preso” de amanhã, que “governarão” o país, incapazes de transmitir a cultura e educação que herdaram, pois se nivelaram por baixo e rastejarão no futuro.
15- Triste fim da burguesia de “sinhazinhas” e sinhozinhos” engolfados por suas “senzalas” cercados e ilhados em suas residências, por grades de ferro, alarmes, empregados, seguranças e cães ferozes!PS: Esclareço que apenas tive contato pessoal no Rio com o amigo Marcelo Fellows (moderador do grupo no Yahoo), único que compareceu e ficou esperando os demais comigo até as 21:45.Houve um desencontro com o pessoal do Bruno Rodrigues, que chegou bem antes da hora marcada encontrando a sala vazia.Outros que não compareceram mas tentaram colaborar, foram a Glória Figueiredo (que justificou o impedimento) e a Alessandra Maestrini que conseguiu o contato com o teatro Planetário e oferecimento do local para outra data futura.
Homero Moutinho Filhohmf_sp@yahoo.com.br