quarta-feira, novembro 01, 2006

Barraco bom


Discurso raivoso
Da senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), sobre a reeleição de Lula:

- Respeito humildemente o resultado das urnas, mas não sou demagoga.
Não vou dizer que respeito qualquer resultado eleitoral, porque não respeito. Respeito o resultado das urnas.
Eu perdi, fui derrotada (...)
Não sou demagoga a ponto de dizer que qualquer decisão do povo é sábia e soberana.
Conversa!
Do mesmo modo como várias vezes fiz considerações em relação às outras candidaturas, cheguei à conclusão dolorosa – que não vai me tirar a esperança – e triste – que não vai tirar minha capacidade de luta – de que, seu eu tivesse passado oito anos roubando aqui no Congresso Nacional, sendo cúmplice da roubalheira do Presidente Lula, sendo base de bajulação do Governo passado ou chafurdando na pocilga com os porcos da política, teria tido mais chance de ser eleita (...)
Realmente fico impressionada!
Cheguei à conclusão de que se eu tivesse passado oito anos roubando no Congresso Nacional, como muitos roubam, como o Presidente da República rouba, com certeza a vida seria muito melhor.

Fonte:blog do Noblat.

Chorar,depois do leite por si mesma derramado não pegou bem para a senadora.
Afinal, recuou de sua declaração que aconselharia os seus correligionários do PSOL a anularem os votos, como disse que faria , caso não passasse para o segundo turno.
Sumiu , ficou caladinha durante todo o segundo turno assistindo seus eleitores migrarem em massa para Lula, do mesmo modo que Cristóvan Buarque ficou em cima do muro.
Entretanto, este discurso foi por demais contundente e extrapolou os limites, embora ela ainda goze de imunidade parlamentar em final de mandato.
Resta saber que provas ela teria para se arriscar tanto assim ?
Tem algo de podre a ser desovado no cenário político...ahhh... tem sim e ela sabe e eu penso que sei também...
Vamos lá Helô!
Não acha que chegou a hora de soltar toda a verdade sobre o PT e o “gremlin” ?
Ou está conformada em sair derrotada sem entornar o caldo de vez?
A sra. Sabe de muitas coisas sim.
O que tem mais a perder ?
Seu PSOL está rachado, recebeu críticas dos mais importantes membros da executiva e não controlou seus deputados que abertamente apoiaram a candidatura Lula.
Acreditei que a sra. saísse com mais força destas eleições porque posso enxergar mais a frente antes do final do ano uma grande participação sua na crise final que teremos.
Se não foi por um crescimento expressivo do PSOL será por maior projeção de sua pessoa no pior momento que enfrentaremos em breve.
Então o que espera para abrir o bico e despejar o que sabe na cara do “gremlin falastrão” ?
Diga em alto e bom tom; o sr. é ladrão e eu provo !
Ora senadora, já estão lhe rotulando de “gralha do planalto”.
Que maldade não? Ou será que é verdade e seus discursos vão ficar apenas em choros e berros ?
Discursar para um plenário vazio não adianta.
Tem de convocar a imprensa e dizer tudo que sabe .
Ou seus eleitores ficarão com uma triste lembrança de uma “Lula de saias” que não deu certo e nem chegou a decolar.

"E o mar voltou a ser sertão"

O extremo interesse de Lula em promover um clima de "pacificação" e acordos com os governadores esconde sua verdadeira preocupação maior.
A de ficar sem apoio nos principais centros aglutinadores de opinião pública, agora nas mãos do PSDB e PMDB, que representam a quase totalidade do PIB e mais importantes pólos políticos do Brasil .
Mas qual seria este receio de Lula ?
Muito simples.
Caso as investigações e processos pendentes abalem a "blindagem" do presidente, seus movimentos sociais e apoios sindicais não terão caminho livre para mobilizações em estados dominados pela oposição, pois as forças de segurança são de controle dos governadores.
O recado foi dado nas urnas.
Sudeste, centro-oeste e sul disseram "XÔ PT !".
Voto não garante governabilidade.
Nosso passado político assim demonstra sem quaisquer dúvidas.
Getúlio Vargas, eleito depois de seu período como ditador, acabou se suicidando.
Jânio Quadros renunciou, João Goulart foi deposto, Collor também .
Todos foram campeões de popularidade e votos.
A maior perda do PT foi financeira, porque estes mais desenvolvidos e importantes estados da nação representam uma fonte milionária de recursos "caixa dois" normalmente embolsados pelos partidos que detêm o poder.
Fora isto, centenas de milhares de empregos diretos ou indiretos, cujos filiados ao PT descontam contribuição compulsória, "sumirão", devidamente eliminados pelas novas administrações da oposição.
O PT voltou às origens de seu criador, ou seja o "sertão que virou mar" agora volta a ser apenas "sertão", numeroso, carente e economicamente esquálido.
Acabaram as mutretas petistas dos "caixas dois" das prefeituras de São Paulo e Rio Grande do Sul.
Agora é com a Bahia arcar com a "revoada" dos subitamente desempregados dos outros estados do "sul maravilha".
É o retorno dos "retirantes novos burgueses".
Talvez poucos dêem a devida importância ao Rio Grande do Sul como gerador de fatos políticos, porém não o PT, pois eles sabem o alto potencial de cidadania e integridade moral existente neste estado.
Bem que tentaram culturalmente infriltrá-lo, enfraquecê-lo, degenerá-lo moralmente e destruí-lo, mas o sangue de lá falou mais forte e reagiu a tempo.
Mesmo ainda dividido, iniciou sua reintegração e recuperação.
Negar que o regionalismo preconceituoso não tenha sido provocado e alimentado pelo nosso "gremlin falastrão"com sua verborragia recalcada, seria fechar os olhos ao óbvio.
Ele fomentou isto e terá em breve o devido troco.
Por duas décadas "o sertão virou mar", invadindo as prefeituras e governos do "sul maravilha" às expensas da "onda vermelha petista".
Todo mar tem suas marés, fluxos e refluxos.
A "maré" de agora é "vazante".
A bem da verdade, o PT virou um partido de segunda linha em importância social.
Sua "capital" mais importante que sobrou é Salvador, que nunca na História representou qualquer papel decisivo nas mudanças e alterações pelas quais passamos.
Quem reage, se mobiliza, dá golpes e faz revoluções são as regiões sudeste e sul.
Nem adianta tentar negar este fato.
Excetuando um breve período, em que a Paraíba, com João Pessôa, significou algo mais, em termos de importância política, de resto, sempre "vegetaram", num conformismo submisso crônico, sem qualquer instinto de reação contra um eterno "coronelismo" que sempre os expoliou e escravizou.
Enganam-se os "jornalistas amestrados da mídia", que comemoram o fim das oligarquias dos coronéis políticos do norte e nordeste.
Apenas foram substituídos pela oligarquia sindicalista, cujo "pai dos pobres" substituiu, num só lance, todos os coronéis existentes, através do seu "bolsa-família", mudando o foco de dependência destas populações carentes e miseráveis.
Quando a situação apertar e a ficha do "gremlin" cair, verá que o "sertão virado mar e refluxado sertão", não será base social suficiente, para a sua sustentação política, mesmo que adule a classe média esclarecida do sudeste e sul através de medidas econômicas e frouxidão ética de setores mais ideologizados que fecham seus olhos aos meios, desde que sejam justificados pelos fins.
Sua aparente esmagadora vantagem em votos, se deve aos que nunca jamais garantiram os mandatos daqueles que foram depostos.
Aos párias politicamente desarticulados, que decidem pelo estômago.
Por outro lado, os "anti-Lula" conscientes, que praticaram o voto útil votando em Alckmin, para eles o menos indigesto, apesar da tralha toda dos emplumados tucanos e pefelistas anacrônicos, são articulados, detêm a riqueza intelectual e econômica e agora governam os principais estados do país.
Ou seja, este "mar" de riquezas produtivas,que sempre "irrigou" e alimentou o "sertão" carente, fazendo o que os crápulas representantes do norte e nordeste nunca fizeram e sempre exploraram aquele povo sofrido, mas são maioria no Congresso, conservando todas as lideranças, agora desaguará para o lado de baixo, respondendo ao desafio rancoroso e recalcado do nosso "gremlin falastrão".
Até que a morte os separe.
Antônio Conselheiro que o diga em sua tumba.
O "mar" do PT voltou a ser "sertão".

Cautela

Evitem viajar neste feriado.
O clima está estranho e negativo.
Pesado demais.