Hora de União!
Vivemos um grave momento de crise institucional, que poderá nos levar a um clima de guerra civil.
As instituições desmoronaram, perderam a credibilidade, até o Judiciário se deixou envolver em decisões políticas, que favoreceram autoridades e parlamentares corruptos do escândalo “mensalão”.A OAB não se define, preferindo evasivas, como; “avaliar sob o aspecto jurídico mas também considerar o político e a opinião pública em vista do apoio ao presidente de expressiva parcela da população “.
Só pode ser piada e de mau gosto, esta postura ambígua e indecisa de um órgão que deve pautar suas atitudes pelo lícito e juridicamente fundamentado. OAB não é IBOPE, convenhamos!
Se não podem pedir o “impeachment” de Lula, por medo, então nem precisam se reunir para decidir o impossível.
Com Collor foi facílimo não?
Por que?
Havia um interesse político e claro envolvimento das entidades civis visando destituir aquele presidente, num plano urdido e executado pela oposição.
Hoje não. Estão todos de “rabo preso”, pois apoiaram a eleição de Lula e se recusam a admitir este erro fatal.
Agora tremem só em pensar na possibilidade do metalúrgico “botar o bloco nas ruas” como este explicitamente ameaçou fazer .
O PT se reuniu com centrais sindicais, UNE, MST e outros partidos como o PC do B e PSB, para programarem manifestações em defesa do mandato do presidente.
Criaram o “monstro”, então que o embalem ou expulsem de vez sem pensarem duas vezes.
A elite empresarial entra em pânico ante a hipótese de greves, abalos no mercado e desordem.
Tudo isto é resultado da insensibilidade dos políticos em não admitirem uma ampla reforma política que lhes cassaria os privilégios e imunidades.
Como sempre disse, “baratas não patrocinam o Baygon”.
Esperar que promovam mudanças é algo totalmente ilusório.
Só conseguiremos reformas na marra, fazendo intensa pressão, unindo setores da sociedade que hoje estão fragmentados, num desarmamento ideológico capaz de forçar de maneira irresistível a instauração de um sistema mais justo e pleno exercício de direitos por parte dos cidadãos.
A solução seria uma Democracia Direta, a verdadeira , não a paliativa denominada “participativa”, com concursos públicos para todos os cargos hoje nas mãos de políticos que nomeiam como e quantos querem . Candidaturas independentes, conselhos de cidadãos e descentralização de poderes ao invés de Presidencialismo populista e desta Democracia Representativa, que atende aos poderosos interesses de poucos.
A extinção dos partidos políticos é outro ponto a ser considerado, pois são fisiológicos e anacrônicos.
Vivemos uma nova era, de ongs e associações civis, demonstrando a necessidade de abrirmos o leque de consultas e do poder decisório, estimulando a cidadania.
O voto obrigatório é autoritário e ineficaz, forçando uma expressiva massa de eleitores desinteressados ou incapazes de um julgamento mais apurado a vender seus votos em troca de empregos e favores, quando não, de uma dentadura ou par de sapatos.
Mudanças contrariam inúmeros interesses e alteram o jogo de forças, onde quem está lucrando se agarrará ao osso com unhas e dentes.
Portanto, a luta será muito dura e somente formando uma “massa crítica” suficiente poderemos influir nos destinos do país, sem antagonismos ou rivalidades partidárias.
A juventude anseia por algo em que acreditar. Os mais maduros, viram suas esperanças de décadas frustradas, mas ainda se dão o direito de sonhar com um futuro de mais dignidade, ética e justiça social.
A força de nossa resposta pelo voto nulo provocará uma crise institucional maior do que esta entre facções partidárias, propiciando uma oportunidade da sociedade indignada ser ouvida.
Vamos à luta !