"Esqueletos No Armário" (parte V)

Chegou a hora dos esqueletos sairem dos armários, onde, por décadas de mentiras e ilusões, sempre estiveram escondidos.

Agora a sociedade perplexa começa a juntar os pauzinhos e perceber o estreito vínculo entre o crime organizado, partidos políticos e governantes.

Consegue entender ser refém destes poderes espúrios e não sabe a quem mais recorrer.
Será que era tão difícil assim as pessoas mais esclarecidas compreenderem, ao invés de se deixarem levar por fantasias ?
Como puderam tantos se enganar por tanto tempo por algo que qualquer criança poderia facilmente entender?
O raciocínio é mais do que simples.

Onde estão concentrados os chamados votos de cabresto, os currais eleitorais?

Antigamente eram os de grotões de pobreza no interior, hoje qualquer favela de metrópole os suplanta em muito, com milhões de habitantes densamente concentrados em regiões controladas pelos chefes do narcotráfico e crime organizado.
Portanto, quem manda em quem afinal?

Quem tem estes milhões de votos nas mãos para negociá-los com os partidos políticos.
Mas é tão simples assim a dedução ?
Claro que é .

A não ser para quem não queira enxergar, por receio de abalar suas crenças nesta Democracia Representativa falida, a que muitos se apegam por não saberem o que colocar no lugar.
Somos como ingênuas criaturas trabalhando sob os olhos de predadores que se alimentam de nossos esforços.
Acreditamos em leis, autoridades, Estado, todas estas besteiras e abstrações, que só valem, se realmente existem eficazmente na prática.

Se só valem para alguns e não para todos, então o “Contrato Social” está extinto, pois não corresponde aos anseios dos cidadãos.

"Toda decepção com o sistema representativo está na ilusão de que um governo e uma legislação surgidos de uma eleição popular deve e pode representar a verdadeira vontade do povo". (Mikhail Bakunin (revolucionário russo - 1814/1876)

Esta é a razão da cínica ambiguidade de nossos governantes, pois todos tiveram de fazer pactos com estas forças que dominam imensos contingentes eleitorais, sob a carapaça de uma aparente Democracia Representativa, que, em nenhum momento, foi capaz de refletir a verdadeira vontade popular, pois não existe liberdade ou consciência de voto, num país de absissais desigualdades, onde, para cada eleitor mais esclarecido, há milhões de dependentes carentes subjugados por chefões locais, alienados ou condicionados pela grande mídia.
Vivemos uma grande mentira, que só favorece aos que possuem algum poder de influência em regimes politicamente fracos, como os profissionais da mídia e grupos de interesses corporativos.
Presenciamos a extrema preocupação de alguns setôres como a Associação dos Magistrados do Brasil e o TSE, que iniciaram uma campanha entre jovens de 16 anos, de “doutrinação sobre o voto consciente”, como se realmente acreditassem nisto e não apenas estivessem muito preocupados com possíveis reversões perigosas ao “status quo” de suas prerrogativas e privilégios obtidos em causa própria, como sempre , do mesmo modo que os de nossos parlamentares legisladores .
Estão com os dentes rangendo, temem que este caos em que estamos dê margem a uma vitória do Voto Nulo ilegitimando as eleições ou acabe provocando uma intervenção militar apoiada por esmagadora maioria da população, cansada de tanta incerteza e impunidade.

Será que preferem um golpe populista de Lula e sua República de sindicalistas ?
Tudo é possível neste Brasil que temos e não o que queremos.
Uma coisa é certa.

Os “esqueletos estão saindo dos armários” e desabando sobre quem ali os mantinha.
Ossos fazem muito barulho e machucam.