terça-feira, outubro 24, 2006

Deus brasileiro

Nem perco mais tempo comentando debates, porque me causam ânsias de vômito de tanta “mesmice”.
Sugerimos em texto anterior uma pergunta a ser feita ao “gremlin” que o deixaria sem a tradicional saída pela tangente, mas parece que nenhum leitor nosso pertence ao comando da campanha do “chuchu”.
É tão fácil pegar Lula pelo pé e encurralá-lo, mas parece que a anta do Alckmin se esmera em perder as oportunidades de retrucá-lo com mais eficácia.
Já não se fazem políticos como antigamente.
Aaahh... se fosse um Jânio Quadros, um Brizola, Carlos Lacerda, ou até Juscelino , ali no lugar do “bom-moço” com cara de ex-seminarista.
Não temos mais lideranças, sejam elas de qual tendência ideológica ou partido, capazes de desmascararem o “apedeuta” demagogo .
Suas eternas respostas absurdas, aceitas por seus seguidores amestrados, cegos e surdos perante o descalabro deste governo, chegam a irritar até um monge.
Aliás ele segue os conselhos de Hitler, que dizia; “responda da maneira mais absurda e crua , quando se dirigir às massas ignorantes”.
Às vezes chegamos a pensar que Goebbels (mestre da propaganda nazista) reencarnou como Duda Mendonça e o “Füher” no retirante, de uma “sub-sub raça tropical” (como ele nos classificaria) para pagar seus pecados e preconceitos.
O problema é que a fórmula continua dando certo e cada vez temos mais alienados, ignorantes e intelectualidade burra neste “macunaímico” país
Quando o “gremlin” falar em Educação e de sua origem, é só perguntar-lhe o que fez nas últimas três décadas, vivendo às custas do partido, de empresários e aposentadoria que não teve tempo para estudar um pouquinho como fez sua cria sindical o Vicentinho que se formou, hoje é advogado e deputado federal?
Como ele pode se preocupar com uma coisa que nunca o preocupou na vida e preferiu ficar como estava , por conveniência, para não perder sua condição de ex-operário ignorante ?
Por que a anta do Alckmin não aponta esta contradição?
Porque não temos mais líderes de prontas respostas e expressões criativas, de efeito,
como aquelas do Brizola sobre o “sabo-barbudo” ou os “cala a boca” do histriônico e inteligentíssimo Jânio Quadros, quem sabe até a desconstrução moral demolidora de um Lacerda, ou jogo de cintura de um Juscelino?
Mas não... não temos mais nada ... já morreram ... e com eles a verve necessária capaz de se opor a este “ilusionista” que consegue transformar o óbvio em dúvida.
Triste sina a nossa de termos de suportar esta mediocridade política reinante, esta total falta de escrúpulos e valores, este esquema de tomada de poder por parte do mais boçal segmento de nossa sociedade civil, desta corja de abutres !
Se querem uma verdadeira Democracia, comecem por demolir esta falácia "representativa" que temos .
Se acreditam que o povo possa chegar a um grau de lucidez e preparo para exercer plenamente seus direitos e corretamente decidir sobre os mais variados assuntos, então comecem por promover uma drástica mudança cultural, de hábitos e costumes, pois estas “contribuições culturais históricas” da formação de nosso perfil nacional, demonstrou ser a razão de todos os nossos pesadelos e problemas .
Não deu certo!
Precisamos mudar tudo.
É tarefa difícil, implica em gerações perdidas que teriam de ser reeducadas, para que seus vícios de comportamento não fossem transmitidos aos seus descendentes.
Pode parecer uma proposta meio “autoritária” , mas não é.
Precisamos urgentemente repensar o Brasil e reformar o que pode ser reformado, eliminar o que não nos serve e apagar do mapa qualquer ranço colonialista ainda existente .
Sem isto jamais teremos auto-estima capaz de unir o nosso povo numa cruzada pela criação de uma identidade nacional.
Somos merdas?
Tudo bem... mas não esqueçamos que mesmo as merdas viram adubo e fertilizam sementes, fazem crescer novos frutos e colheitas.
Porém, primeiro teremos de promover uma imensa “queimada” , uma “faxina geral” na casa, não importando o quanto de castigos, dores , sacrifícios ou lutas , para depois ressurgirmos das cinzas do que restar .
Como já dissemos anteriormente , não há parto natural sem dor e todo nascimento é uma passagem de uma “dimensão de vida” para outra que é a nossa realidade material concreta, quando do mundo protegido e confortável da letargia temos de enfrentar a dura prova do “sofrimento de nascer”, com a primeira inspiração, que nos habilitará à uma vida individual, independente do útero materno.
Chegamos a um ponto irreversível de conflito inevitável entre o que resta de lucidez nesta nação e o bizarro monstro do populismo recalcado.
Não há saída nem “conchavo” capaz de evitar isto.
Os limites foram rompidos e os ânimos exaltados.
Teremos sim , pela frente, um clima de “guerra civil” e longa crise.
Se “Deus é brasileiro” como dizem, que nos proteja e ilumine nossas futuras lideranças !