segunda-feira, janeiro 02, 2006

Nação Órfã"

Enviado por e-mail à nossa rede do MBNE pelo ilustre consultor e professor de Economia Ricardo Bergamini.


"O Brasil é uma nação órfã, refém do seu estado" (Ricardo Bergamini).

Perfil dos Gastos Públicos da União – Fonte MF

Base: De Janeiro de 2003 até Novembro de 2005

No período de janeiro de 2003 até novembro de 2005, o governo Lula obteve uma receita total de 28,62% do PIB (correntes e de capitais), tendo aplicado 30,21% do PIB como segue: 12,50% (Fazenda); 9,33% (Previdência Social - União e INSS); 1,87% (Saúde); 1,62% (Defesa); 1,25% (Educação); e 3,64% com as demais atividades da União, gerando déficit fiscal nominal de 1,59% do PIB.

De janeiro de 2003 até novembro de 2005, apenas com Fazenda (R$ 633,0 bilhões, sendo R$ 267,0 bilhões relativos às Transferências Constitucionais e Voluntárias para Estados e Municípios); Previdência INSS (R$ 350,9 bilhões - com 23,5 milhões de beneficiários) e Custo Total com Pessoal da União - Civis e Militares - Ativos, Inativos e Pensionistas (R$ 251,8 bilhões - com 2.135.546 beneficiários), totalizando R$1.235,7 bilhões, comprometeu-se 85,24% das Receitas Totais (Correntes e de Capitais) no período, no valor de R$ 1.449,7 bilhões.

Arquivos oficiais do governo brasileiro estão disponíveis aos leitores. Basta me solicitar.

Ricardo Bergamini

rberga@globo.com

Missão para Gabeira?

Reproduzimos aqui um tema do tópico “Missão para Gabeira” de nosso amigo e membro do Movimento Brasil Nova Era, responsável por outra comunidade político-empresarial no Orkut a “Brasil 2022” ,o ilustre palestrante e consultor de empresas e governos Jorge Hori sobre uma proposição sua a respeito da oportunidade de convocação do deputado federal Fernando Gabeira, para disputar a eleição presidencial, como forma de pressionar os demais adversários a uma tomada de posição frente a metas de interesse geral para o futuro, considerando-se sua provável e esperada derrota.

Apesar de discordar desta escolha, louvo a iniciativa de tentar outras opções , em vista deste quadro desanimador em que nos encontramos, embora eu seja assumido defensor do Voto Nulo e Democracia Direta, sem partidos ou políticos profissionais, como única solução para promovermos verdadeiras mudanças em nosso país.

De qualquer modo o assunto poderá interessar aos nossos membros e eventuais leitores.Claro que as opiniões são livres.
Transcreveremos posteriores observações de Jorge Hori.



Depois enviaremos a “conta de marketing” para o deputado Gabeira.



Jorge Hori -

Missão para Gabeira .
Propus, neste ano de 2006, ser menos reflexivo e ser mais propositivo, com todos os riscos.Assumo, logo no início do ano, esse risco, propondo um repto que está no blog Inteligência Estratégica : convocar Fernando Gabeira para se candidatar à Presidência da República.
"Neste início de ano, com esperanças renovadas, com novos planos e desideratos, quero convocar (com toda a pretensão possível) o Sr. Fernando Gabeira a se candidatar a Presidente da República em 2006.
Ele já cumpriu várias missões, mas agora tem a mais importante da sua vida, dentro do quadro de mediocridade e de lassidão que tomou conta da vida política brasileira: a trazer para a agenda da campanha eleitoral o futuro do Brasil.
O futuro dos jovens que estão desencantados, dos jovens que querem votar nulo, por absoluta descrença nos políticos e no seu futuro.
É o político que tem demonstrado a melhor compreensão do dilema do Brasil em relação ao seu futuro, escapando da armadilha dos juros, superávits primários, corrupção, e outras questões de curto prazo e não estruturais.
O mundo caminha para um crescimento sustentado (até quando?) com base na globalização e competitividade e o país que não se inserir nelas está marginalizado e com pouca possibilidade de oferecer uma vida melhor (de consumo) para os seus.
Mas, de outro lado, caminha para o suicídio da humanidade, pelos impactos ambientais desse mesmo crescimento desenfreado.
O Brasil tem que definir em 2006 e no próximo governo os seus rumos futuros, diante dessa contradição.
Que papel terá? Qual é o futuro que irá oferecer?
Para isso é preciso que haja um candidato capaz de trazer essa discussão para a agenda da campanha.Por isso, essa convocação!
Não é para ganhar: é para fazer os demais candidatos a se posicionarem.
É para fazer com que os jovens percebam que tem que discutir o seu futuro."

(Minha resposta)
Homero Moutinho Filho -

” Ele já cumpriu várias missões, mas agora tem a mais importante da sua vida, dentro do quadro de mediocridade e de lassidão que tomou conta da vida política brasileira:”

“Olhe meu caro Hori, não sei bem que “missões” foram estas, mas este” ex-guerrilheiro urbano e ex-comunista que confessa ter sido treinado em Cuba”que à época(1969) do seqüestro do embaixador norte-americano; Charles Elbrick” , julgava como “José Dirceu” ainda julga, dentro da ótica marxista; “que os fins justificam os meios”, não importa se; seqüestrando, assassinando ou cometendo atentados, pelo menos reconhece e confessa publicamente seu enorme engano e decepção.
Veja o que ele disse em entrevista ao “no Mínimo” ;
Não se vê como um herói lutando contra os bandidos representados pelos militares que comandavam o país na ditadura.
Ele admite que a guerrilha pode até ter contribuído para o fim do regime. Isso não quer dizer, porém, que eles lutassem pela democracia. “Estávamos lutando para substituir um sistema totalitário por outro sistema totalitário”, admite ele, que fez curso de formação de guerrilha urbana e rural em Cuba quando viveu no exílio.

Ao fazer esta declaração em seu livro “O que é isso companheiro” ainda em 1979, já desmistificava o “revanchismo maniqueísta” da mídia ideologicamente comprometida, que insiste até hoje em apresentar os militares como “bandidos” e a turma do José Dirceu, Delúbio, Genoíno,Gabeira, Dilma e todos os demais, petistas ou não, como “heróis”.
Pena que, ao mesmo tempo usava de sua influência e contatos junto à mídia para se promover, aparecendo em fotos usando um “fio dental” na “”praia de Ipanema enquanto fazia apologia do homossexualismo e maconha.

Pode não ter me chocado, nem a você, ou outros “mais liberais” mas, por certo, a maioria absoluta dos brasileiros que se lembra daquilo deve conservar uma imagem desagradável e negativa dele.

Bem explorados pelos adversários, estes fatos arruinariam sua campanha eleitoral em dias.

O “povão” não aceita nem aprova estes “comportamentos”.

Gabeira, jornalista e ex-redator do “Jornal do Brasil” tem um ”instinto de oportunidade promocional” que usa com eficácia, ajudado por seus “colegas” de profissão.
O episódio da “longa espera por uma audiência“ seguida de seu afastamento do governo e a “reação indignada” contra a boçalidade intragável de Severino Cavalcanti foram exemplos disto, que “alavancaram” a divulgação de seu nome, entre camadas sociais onde ainda era desconhecido, proporcionando-lhe mais espaço na mídia.
Seus atos são cuidadosamente pensados, embora aparentem ser espontâneos e emocionais.

“Eu não acredito em projeto alternativo ao capitalismo”, confessa o ex-marxista.

Para ele, o objetivo tem que ser a conquista de avanços dentro do modelo.
Ao assumir com pragmatismo, a realidade política, delimitando seus ideais e limites, bem menos amplos do que quando jovem, Gabeira busca situar-se num “nicho eleitoral não tão definido ideologicamente”, numa espécie de PT “light”, ambientalistas, homossexuais, minorias, além dos defensores dos direitos das prostitutas e descriminalização da “maconha”, no segmento de Martha (“Favre”) e Eduardo Suplicy, pois seu verdadeiro objetivo, não é continuar deputado federal, mas sim, o de tentar se eleger como senador, caso consiga nos próximos meses mais exposição na mídia.
Ao contrário do que você propõe Hori, Gabeira “não joga para perder”, é um profissional treinado que ainda conserva os conhecimentos das táticas e estratégias aprendidos na juventude.
Tem 3 mandatos e um quarto já assegurado por seus eleitores cativos, conta com o apoio de seus colegas na mídia e alguns meses pela frente para explorar um novo episódio que lhe favoreça mais “visibilidade” e exposição pública.

Nesta mesma entrevista ele define sua posição ;
” Mas sua atual popularidade e o incentivo para que dispute um cargo no Executivo não convenceram Gabeira a se candidatar a maridão medíocre, muito menos a namorado enrolador. Ele prefere continuar como deputado a tentar um cargo de governador na eleição do próximo ano. “Seria um esforço de recompensa narcisista”, desdenha ele, que, além disso, prefere bicicletas a carros pretos oficiais como meio de transporte. Atualmente, para se eleger, um candidato muitas vezes tem de esconder suas qualidades ou pontos de vista. “Um candidato tem que parecer o mais babaca possível para parecer com o homem comum”, lastima ele, que não está disposto a fazer concessões à mudança de imagem ou ao seu discurso engajado, que envolve a defesa de minorias, de prostitutas e da legalização da maconha.

Lamento Hori, mas se Fernando Gabeira aceitasse concorrer após estas afirmações, estaria demonstrando, incoerência, oportunismo e tolice.

Fonte:
http://www.nominimo.ig.com.br/publicationCode=
1&pageCode=54&textCode=20097&
date=currentDate&contentType=html

"Não é para ganhar: é para fazer os demais candidatos a se posicionarem. É para fazer com que os jovens percebam que tem que discutir o seu futuro."

Procure entender amigo Jorge Hori, que os jovens não são “pragmáticos”, a maioria é idealista e busca radicais mudanças, anseia por transformações concretas em que valha a pena acreditar e lutar.
Eles não querem “roupas usadas reformadas”, desejam escolher as suas, novas opções.
2022 é uma “eternidade” insuportável.
Eles precisam de melhores condições de vida AGORA!
São capazes de aceitar metas a longo prazo, desde que, como complemento à uma ação decisiva AGORA!
Se eles gostam de alguém, simplesmente “ficam”, não esperam uma década para tentarem uma aproximação nem aguardam deitados em seus quartos planejando a melhor abordagem.
O que fazemos por instinto natural, intuição ou amor , não admite restrições desestimuladoras.
Não importa a idade, sim o espírito idealista.

Somente quem não tem nada a perder, porque não possui vínculos de interesses, nem se deixou “cristalizar” por conhecimentos adquiridos, pode se sentir livre para tentar o grande sonho!

Passadas as mensagens espirituais e Zen, voltaremos, ainda hoje, aos temas da política brasileira e outros.