"O LOUCO" e o MBNE .
O "louco" saiu do fundo do poço.
Aproveitou um balde que descia e agarrou a corda.
Saciado em sua sede de águas puras, voltou revigorado.
Como na carta do Tarot, "o louco” representa o início de uma vida ou caminho a ser experimentado e através de diversas, provas, erros e aprendizados chegar-se ao final da aventura, no significado do “mundo” pela imersão do Espírito nas forças cósmicas universais.
Esta “descida” em busca da fonte pura, está implícita no último “khoan” (lição enigmática de saber, para que as pessoas exercitem a meditação e reflexão) do texto abaixo; “Mais Zen” , que venho em série postando, conforme me concede a criação pela inspiração do momento.
Não costumo interpretar os “khoans” que crio, pois seria uma incoerência.
Cada um deve interpretá-los como puder.
É assim que a sabedoria aflora aos poucos iluminando os Espíritos.
Mas neste caso outro fato influenciou minha decisão de comentar este último.
Um texto publicado no dia seguinte ao meu, de nossa amiga Suzie Sun “Diálogo entre Jesus e Lúcifer” ,em seu belo fotolog
http://susiesun.flogbrasil.terra.com.br/
que ela enviou em link para mim , sem saber de nada sobre meus pensamentos, demonstrando perfeita sintonia com o estado d’álma em que me encontro há certo tempo .
Ninguém é tão forte que não precise de ajuda.
Até Jesus, a teve, para conseguir levar sua cruz, por um homem comum forçado ou não a carregá-la.
Pessoas aparecem do nada na vida da gente, muitas vezes para nos prejudicarem, porém também vindas, mesmo inconscientemente, em nossa ajuda, para nos transmitirem o estímulo ou apoio necessários e consigamos carregar nossa cruz até o final do sacrifício.
Esta é a Lei maior do amor universal e fraternidade!
Todos nós temos nossos “céu e inferno interiores” , eternamente em conflito gerador de dúvidas, não importa quem sejamos, ou que grau de evolução espiritual tenhamos atingido na vida.
O verdadeiro mestre ou líder, procura despertar esta capacidade latente no ser humano, visando torná-lo independente e livre de qualquer subserviência cega.
Como "o louco” do Tarot , que arrisca (vendado em algumas versões, outras apresentam-no como um caminhante sem rumo, aventureiro,com sua mochila) se atirar num abismo, ou partir sem destino, me deixei levar pela intuição, sem querer, a partir do manifesto “Baratas e Baygon”que postei em 26/10/2004 no Orkut, depois transcrito no início deste blog do MBNE.
Não estava em meus planos retornar a estes assuntos políticos e sociais, muito menos ao mesmo ativismo do passado, mas...
Nosso movimento teve fases de grande crescimento em adesões e oferecimentos voluntários, depois vieram alguns problemas e obstáculos, novos membros entraram renovando idéias, sugerindo, colaborando.
Quando problemas da vida, tristezas, desanimo, incompreensão, decepções, ameaçavam encerrar minha luta por este ideal, que não é mais pessoal e sim de muitos que já o tinham interiormente sem que tivessem tido a oportunidade de expressá-lo, um fato me surpreendeu, impedindo que “o sonho finalmente acabasse”.
Justamente os mais recentes membros do MBNE, não os do início, foram os que mais intervieram prontamente , cobrando de mim que não abandonasse o que lhes havia proposto como uma nova esperança de mudanças verdadeiramente renovadoras.
Compreendi então, que a semente havia sido plantada e já começava a germinar, porque, como sempre disse; “não precisamos de lideranças carismáticas, todos deverão despertar sua liderança e iniciativa próprias, ou nunca transformaremos a realidade em algo melhor para todos”.
Desta vez eram os nossos amigos e colaboradores exigindo que eu perseverasse, continuasse acreditando sem desanimar, cada um procurando me estimular, mesmo reconhecendo que, por vezes, não participaram mais ativamente, mas conservavam a fé na viabilidade de nossas metas e projetos para um Brasil de uma Nova Era, ideal este, diferente de tudo o que, até então, há de propostas ou doutrinas ideológicas.
Portanto, entre nós não existem pastores e ovelhas.
Todos nós somos pastores e ovelhas ao mesmo tempo, para que consigamos despertar o próximo com nossas idéias e ao mesmo tempo exercer nossa humildade, aceitando a opinião dos que conosco buscam os mesmos fins, mesmo que tenhamos de mudar decisões já tomadas.
Somos poucos ainda, muito poucos, mas de muito valor e potencial humanos.
Grandes ideais nascem de pequenos grupos.