BBB7 e os "Arquétipos"
Por mais que o mundo contemporâneo tenha tentado soterrar antigos valores e mitos, eis que eles subsistem, apesar de imensas campanhas de segmentos auto-intitulados “progressistas”, que detêm o poder na grande mídia, embora não representem o pensamento da chamada “maioria silenciosa” , sem organização ou movimentos sociais que divulguem sua posição em termos de valores humanos.
Quando algum fato se “encaixa” num “arquétipo coletivo” ou primordial, ocorre uma “catarse emocional” de difícil definição, envolvendo a grande massa num só movimento emocional aglutinante.
“Arquétipos” são símbolos milenares, gravados no que denominamos “inconsciente coletivo” da humanidade.
Ou seja, como explicou um amigo meu , professor de Psicologia da USP, “arquétipos” são como aquelas forminhas da porta do refrigerador, para colocarmos ovos, etc, cada qual com uma forma característica.
Se alguém tentar colocar um abacate no lugar de ovos, ele não caberá no espaço destinado. Portanto, para cada coisa o seu local apropriado e , ai sim, as coisas se encaixarão perfeitamente, conforme uma “matriz”.
Quando pessoas, de repente, passam a atuar conforme um “arquétipo”, imediatamente a maior parte das demais, reconhece-o e passa a se comportar aparentemente de maneira “irracional”, ilógica, instintiva, emocional, sob um julgamento mais frio de um observador imparcial.
Existem diversos tipos de “arquétipos”. De pais, mães, reis, rainhas, guerreiros, deuses, etc.
Estes símbolos jamais poderão ser destruídos, porque pertencem à memória atávica da humanidade, através de milênios, passados inconscientemente de geração à geração.
Um arquétipo de “guerreiro” pode ser “transmutado” artificialmente num competidor de fórmula 1 ou atleta, até mesmo num executivo, onde a armadura é substituída por capacetes e uniformes, ternos e gravatas.
O de um “rei” pode ser travestido de “presidente” ou líder popular, porém sempre necessitaremos de um arquétipo presente em nossas vidas ou não aceitaremos viver em sociedade, caso tentem suprimi-los de nossas vidas e organização social.
Não importando qual o regime ou sistema em que vivamos, sempre haverá um arquétipo que represente o poder, outro que signifique o “maternal”, pela preocupação “assistencial” e por ai vai nossa inconsciente forma de nos fazermos representar, “projetando” nossos mais íntimos desejos irrealizados em figuras externas, que possam “vivenciar por nós” experiências e consagrações populares que jamais ousaríamos imaginar pudéssemos um dia pessoalmente representar, como indivíduos comuns.
Quando imaginamos um arquétipo , esperamos o melhor dele, ou seja, de um rei que seja justo, honesto, magnânimo, idealista e sobretudo humano.
O mesmo esperamos de nossos governos e representantes.
Se eles não conseguirem se “encaixar” nas “forminhas” para ovos, nossa estabilidade emocional e crenças entrarão em colapso, por ausência de uma verdadeira e natural “representação” exterior.
Assim ocorre em nossas vidas, quando não conseguimos realizar sonhos e ideais , tendo de nos adaptar a situações que muitas vezes nos violentam e agridem.
Quando uma adolescente, que sonha em encontrar seu “príncipe encantado” tem de aceitar uma imposição de seu meio social e amizades, onde o “ficar” sem responsabilidades, é mais importante do que a busca de um parceiro ideal, mais de acordo com seu modo de ser, procura “sufocar” seus desejos mais íntimos, para não ser hostilizada e discriminada, rotulada de “moralista”, “conservadora” , “santinha”, na realidade está se violentando e castrando para sempre.
Não há nada de errado em se preservar, guardar-se para um momento certo ou ocasião mais adequada para poder verdadeiramente externar sentimentos e emoções .
A vida sem um “sonho”, um “ideal”, é um deserto árido, estéril, sem maiores expectativas de realizações pessoais.
Alguns dirão e afirmarão, como se “donos da verdade” fossem; “a vida é assim mesmo, conforme-se com a realidade à sua volta!”.
Poderemos responder; “vocês só enxergam um deserto, eu posso enxergar florestas e bosques , lagos e montanhas, pois existem sim e os buscarei”.
Analisando o fenômeno de popularidade chamado “Big Brother”, especialmente o do Brasil, temos exatamente diversos símbolos de temperamentos, caráteres e personalidades, bem distintos.
Quando alguém se “projeta” em algum dos concorrentes, passa a agir de maneira completamente fora de controle, vivenciando cada momento de seu objeto de realização pessoal,.
Até ai nada de anormal ou mais expressivo em termos de comportamento coletivo, pois temos os torcedores de futebol, militantes de partidos políticos, religiões, etc.
Somente quando aparece um arquétipo significativo a coisa se complica e dá vazão a uma série de manifestações em sinergia, como num efeito “bola de neve”, em crescente estímulo.
Foi o que ocorreu quando um casal “incorporou” um arquétipo milenar, qual seja, o do casal, “rei e rainha”, sobretudo depois daquela “festa medieval”, pois em aparência e comportamento “resgataram” um romantismo (Romeu e Julieta), já considerado perdido frente aos novos costumes mais materialistas e liberais.
O que estava “gravado” em nossa memória atávica ou, se quiserem, genética, imediatamente foi exteriorizado coletivamente, num apoio total, irrestrito e indiferenciado, seja por razões de raça, credo ou religião.
Por um tempo inexistiram quaisquer diferenças entre nós e quase todos “torciam” por um “final feliz” de um “conto de fadas”, esquecendo que nossos “objetos de realização” eram simples seres humanos como nós, cheios de problemas, erros e fraquezas, imperfeitos e incapazes de “realizarem" plenamente todos os nossos sonhos e expectativas, que também não conseguimos ainda realizar, como pessoas comuns.
Portanto, devemos ter sempre em mente, a preocupação em jamais julgarmos ou tentarmos interferir ativamente na privacidade de outros, pois a culpa de quaisquer contratempos ou erros não é deles, mas sim nossa, porque abdicamos de nosso direito à felicidade e sonho, a partir do momento em que “delegamos” este direito a sujeitos e objetos exteriores a nós.
Quando algum fato se “encaixa” num “arquétipo coletivo” ou primordial, ocorre uma “catarse emocional” de difícil definição, envolvendo a grande massa num só movimento emocional aglutinante.
“Arquétipos” são símbolos milenares, gravados no que denominamos “inconsciente coletivo” da humanidade.
Ou seja, como explicou um amigo meu , professor de Psicologia da USP, “arquétipos” são como aquelas forminhas da porta do refrigerador, para colocarmos ovos, etc, cada qual com uma forma característica.
Se alguém tentar colocar um abacate no lugar de ovos, ele não caberá no espaço destinado. Portanto, para cada coisa o seu local apropriado e , ai sim, as coisas se encaixarão perfeitamente, conforme uma “matriz”.
Quando pessoas, de repente, passam a atuar conforme um “arquétipo”, imediatamente a maior parte das demais, reconhece-o e passa a se comportar aparentemente de maneira “irracional”, ilógica, instintiva, emocional, sob um julgamento mais frio de um observador imparcial.
Existem diversos tipos de “arquétipos”. De pais, mães, reis, rainhas, guerreiros, deuses, etc.
Estes símbolos jamais poderão ser destruídos, porque pertencem à memória atávica da humanidade, através de milênios, passados inconscientemente de geração à geração.
Um arquétipo de “guerreiro” pode ser “transmutado” artificialmente num competidor de fórmula 1 ou atleta, até mesmo num executivo, onde a armadura é substituída por capacetes e uniformes, ternos e gravatas.
O de um “rei” pode ser travestido de “presidente” ou líder popular, porém sempre necessitaremos de um arquétipo presente em nossas vidas ou não aceitaremos viver em sociedade, caso tentem suprimi-los de nossas vidas e organização social.
Não importando qual o regime ou sistema em que vivamos, sempre haverá um arquétipo que represente o poder, outro que signifique o “maternal”, pela preocupação “assistencial” e por ai vai nossa inconsciente forma de nos fazermos representar, “projetando” nossos mais íntimos desejos irrealizados em figuras externas, que possam “vivenciar por nós” experiências e consagrações populares que jamais ousaríamos imaginar pudéssemos um dia pessoalmente representar, como indivíduos comuns.
Quando imaginamos um arquétipo , esperamos o melhor dele, ou seja, de um rei que seja justo, honesto, magnânimo, idealista e sobretudo humano.
O mesmo esperamos de nossos governos e representantes.
Se eles não conseguirem se “encaixar” nas “forminhas” para ovos, nossa estabilidade emocional e crenças entrarão em colapso, por ausência de uma verdadeira e natural “representação” exterior.
Assim ocorre em nossas vidas, quando não conseguimos realizar sonhos e ideais , tendo de nos adaptar a situações que muitas vezes nos violentam e agridem.
Quando uma adolescente, que sonha em encontrar seu “príncipe encantado” tem de aceitar uma imposição de seu meio social e amizades, onde o “ficar” sem responsabilidades, é mais importante do que a busca de um parceiro ideal, mais de acordo com seu modo de ser, procura “sufocar” seus desejos mais íntimos, para não ser hostilizada e discriminada, rotulada de “moralista”, “conservadora” , “santinha”, na realidade está se violentando e castrando para sempre.
Não há nada de errado em se preservar, guardar-se para um momento certo ou ocasião mais adequada para poder verdadeiramente externar sentimentos e emoções .
A vida sem um “sonho”, um “ideal”, é um deserto árido, estéril, sem maiores expectativas de realizações pessoais.
Alguns dirão e afirmarão, como se “donos da verdade” fossem; “a vida é assim mesmo, conforme-se com a realidade à sua volta!”.
Poderemos responder; “vocês só enxergam um deserto, eu posso enxergar florestas e bosques , lagos e montanhas, pois existem sim e os buscarei”.
Analisando o fenômeno de popularidade chamado “Big Brother”, especialmente o do Brasil, temos exatamente diversos símbolos de temperamentos, caráteres e personalidades, bem distintos.
Quando alguém se “projeta” em algum dos concorrentes, passa a agir de maneira completamente fora de controle, vivenciando cada momento de seu objeto de realização pessoal,.
Até ai nada de anormal ou mais expressivo em termos de comportamento coletivo, pois temos os torcedores de futebol, militantes de partidos políticos, religiões, etc.
Somente quando aparece um arquétipo significativo a coisa se complica e dá vazão a uma série de manifestações em sinergia, como num efeito “bola de neve”, em crescente estímulo.
Foi o que ocorreu quando um casal “incorporou” um arquétipo milenar, qual seja, o do casal, “rei e rainha”, sobretudo depois daquela “festa medieval”, pois em aparência e comportamento “resgataram” um romantismo (Romeu e Julieta), já considerado perdido frente aos novos costumes mais materialistas e liberais.
O que estava “gravado” em nossa memória atávica ou, se quiserem, genética, imediatamente foi exteriorizado coletivamente, num apoio total, irrestrito e indiferenciado, seja por razões de raça, credo ou religião.
Por um tempo inexistiram quaisquer diferenças entre nós e quase todos “torciam” por um “final feliz” de um “conto de fadas”, esquecendo que nossos “objetos de realização” eram simples seres humanos como nós, cheios de problemas, erros e fraquezas, imperfeitos e incapazes de “realizarem" plenamente todos os nossos sonhos e expectativas, que também não conseguimos ainda realizar, como pessoas comuns.
Portanto, devemos ter sempre em mente, a preocupação em jamais julgarmos ou tentarmos interferir ativamente na privacidade de outros, pois a culpa de quaisquer contratempos ou erros não é deles, mas sim nossa, porque abdicamos de nosso direito à felicidade e sonho, a partir do momento em que “delegamos” este direito a sujeitos e objetos exteriores a nós.
Se o “sonho” e o “conto de fadas” deles não se realizar, paciência, realizemos os nossos em vida!
Não sejamos eternamente "figurantes", sejamos os astros principais de nossa história de vida.