"Intermídia" e Democracia
Onze anos de Internet e um interesse por força da formação em Direito e Análise de Sistemas, em vasculhar os meandros e possibilidades deste poderoso instrumento de comunicação, bem como os limites e consequências da liberdade de expressão, me convenceram de uma nova forma interativa em gestação, unindo o jornalismo online ao universo internáutico, fora dos moldes somente participativos.
Um novo horizonte revolucionário, que eu denominaria "Intermídia" , delinea-se para um futuro muito próximo, apesar das resistências e retaliações judiciais pelos que se acham prejudicados pela liberdade de opinião proporcionada por blogs, sites, comunidades e redes de contatos.
O poder da informação se esfacela rapidamente diante do acelerado crescimento dos núcleos de opinião da rede.
Qualquer internauta pode ser um editor e externar suas idéias, cuja propagação dependerá exclusivamente do potencial de leitores .
Atingida uma certa “massa crítica” o processo passa a ser automático, partindo a divulgação dos próprios leitores que indicam aos amigos , repassando textos e matérias de seu interesse.
Nos portais oficiais da grande mídia , o controle de acessos e comentários passou a ser mais rígido, face às inúmeras medidas judiciais contra os jornalistas responsáveis pelos blogs, o que, de certa maneira, reduziu fantasticamente a quantidade de participantes diários.
Nos chamados blogs e sites independentes a liberdade é maior, até que sejam percebidos pelos incomodados, que apressadamente montaram redes de internautas espiões, para obstarem quaisquer críticas ou injúrias publicadas.
A crise entre Justiça brasileira e o ORKUT é um exemplo do alcance e importância deste conflito de interesses capaz de acionar enormes pressões coercitivas, em razão dos poderes envolvidos.
Até onde iriam as responsabilidades de jornalistas , donos de sites e internautas independentes, considerando-se o direito de livre expressão.
No entendimento da Justiça, os “crimes” cometidos por brasileiros na Internet não importando onde tenham sido divulgados, aqui devem ser julgados.
A Justiça norte-americana não aceita este controle sobre o conteúdo da Internet, pois lá a Constituição garante total liberdade de expressão, ao contrário da nossa que foi habilmente emendada por ação de grupos influentes no Congresso.
O recuo do ORKUT ao aceitar fornecer alguns dados sobre seus usuários, especificamente os acusados por racismo e pedofilia, se deve unicamente a irresistíveis pressões financeiras e políticas no exterior, pois as leis dos E.U.A. dão total respaldo à suas atividades, estando portanto, protegido contra qualquer intromissão estrangeira, uma vez que o provedor tem sede na Califórnia.
Embora os “backbones” (estrutura tecnológica da Internet) estejam nos E.U.A., dependendo de medidas legais junto ao nosso governo, haveria o risco da Embratel impedir de alguma forma o acesso de brasileiros ao IP do site ORKUT.
Teríamos então, um caso análogo ao da “censura chinesa”.
Aos poucos o cerco se fecha em torno dos jornalistas e internautas editores independentes, em vista da ameaça de perda de controle das instituições e grupos de interesses sobre o conteúdo das informações dirigidas ao grande público.
Informação é poder.
Um novo horizonte revolucionário, que eu denominaria "Intermídia" , delinea-se para um futuro muito próximo, apesar das resistências e retaliações judiciais pelos que se acham prejudicados pela liberdade de opinião proporcionada por blogs, sites, comunidades e redes de contatos.
O poder da informação se esfacela rapidamente diante do acelerado crescimento dos núcleos de opinião da rede.
Qualquer internauta pode ser um editor e externar suas idéias, cuja propagação dependerá exclusivamente do potencial de leitores .
Atingida uma certa “massa crítica” o processo passa a ser automático, partindo a divulgação dos próprios leitores que indicam aos amigos , repassando textos e matérias de seu interesse.
Nos portais oficiais da grande mídia , o controle de acessos e comentários passou a ser mais rígido, face às inúmeras medidas judiciais contra os jornalistas responsáveis pelos blogs, o que, de certa maneira, reduziu fantasticamente a quantidade de participantes diários.
Nos chamados blogs e sites independentes a liberdade é maior, até que sejam percebidos pelos incomodados, que apressadamente montaram redes de internautas espiões, para obstarem quaisquer críticas ou injúrias publicadas.
A crise entre Justiça brasileira e o ORKUT é um exemplo do alcance e importância deste conflito de interesses capaz de acionar enormes pressões coercitivas, em razão dos poderes envolvidos.
Até onde iriam as responsabilidades de jornalistas , donos de sites e internautas independentes, considerando-se o direito de livre expressão.
No entendimento da Justiça, os “crimes” cometidos por brasileiros na Internet não importando onde tenham sido divulgados, aqui devem ser julgados.
A Justiça norte-americana não aceita este controle sobre o conteúdo da Internet, pois lá a Constituição garante total liberdade de expressão, ao contrário da nossa que foi habilmente emendada por ação de grupos influentes no Congresso.
O recuo do ORKUT ao aceitar fornecer alguns dados sobre seus usuários, especificamente os acusados por racismo e pedofilia, se deve unicamente a irresistíveis pressões financeiras e políticas no exterior, pois as leis dos E.U.A. dão total respaldo à suas atividades, estando portanto, protegido contra qualquer intromissão estrangeira, uma vez que o provedor tem sede na Califórnia.
Embora os “backbones” (estrutura tecnológica da Internet) estejam nos E.U.A., dependendo de medidas legais junto ao nosso governo, haveria o risco da Embratel impedir de alguma forma o acesso de brasileiros ao IP do site ORKUT.
Teríamos então, um caso análogo ao da “censura chinesa”.
Aos poucos o cerco se fecha em torno dos jornalistas e internautas editores independentes, em vista da ameaça de perda de controle das instituições e grupos de interesses sobre o conteúdo das informações dirigidas ao grande público.
Informação é poder.
Estamos diante de uma luta entre a democratização da mídia e a preservação da hegemonia de poderosos grupos .
Um “novo jornalismo” liberto da rigidez das redações, estaria próximo de se tornar realidade, caso os profissionais da informação não se deixem levar por preocupações corporativistas e interajam mais livremente com os internautas, aumentando suas fontes e subsídios, pois contariam com grandes redes de dados independentes .
Nesta espécie de “Intermídia” , além de buscarem diretamente nos sites de relacionamentos e blogs as tendências e fatos do momento, poderiam receber outros tipos de informações que correm através de e-mails , listas e grupos de discussão.
Uma vez que a Lei garante aos jornalistas o direito de não revelarem suas fontes, não haveria obstáculos quanto a uma aliança tácita com os milhões de internautas, visando ampliar a diversidade de matérias e notícias.
Sabemos que o controle editorial é intenso, obedecendo a “políticas” internas de cada redação ou núcleo jornalístico, porém, a responsabilidade do profissional como cidadão, também exerce uma certa pressão sobre seus pares.
Os internautas brasileiros são campeões mundiais de participação na Internet.
Do mesmo modo, nossa imprensa e mídia sempre foram das mais militantes, opinativas e ideologicamente definidas, muitas vezes até comprometidas.
Não seria agora que se calariam ante o fenômeno de participação política que ocorre em sites como o ORKUT.
Seria de imensa importância a propagação via mídia de novas idéias e soluções que viabilizem uma transformação do nosso cenário político.
Movimentos em favor do Voto Facultativo, “Recall” , etc, não passam de “pedaços” , instrumentos e recursos do que denominamos Democracia Direta.
Por que não nos unirmos por sua instauração ?
Claro que isto requer um prévio “Desarmamento Ideológico” , como sempre defendi ser a única forma de promovermos um “Pacto Social” .
Cabe a nós organizarmos encontros, palestras e debates, com a participação de acadêmicos, intelectuais, jornalistas, ongueiros, associações,entidades, etc, para discutirmos a estrutura de um novo sistema de governo, que propicie a inclusão do que temos de melhor.
Um “novo jornalismo” liberto da rigidez das redações, estaria próximo de se tornar realidade, caso os profissionais da informação não se deixem levar por preocupações corporativistas e interajam mais livremente com os internautas, aumentando suas fontes e subsídios, pois contariam com grandes redes de dados independentes .
Nesta espécie de “Intermídia” , além de buscarem diretamente nos sites de relacionamentos e blogs as tendências e fatos do momento, poderiam receber outros tipos de informações que correm através de e-mails , listas e grupos de discussão.
Uma vez que a Lei garante aos jornalistas o direito de não revelarem suas fontes, não haveria obstáculos quanto a uma aliança tácita com os milhões de internautas, visando ampliar a diversidade de matérias e notícias.
Sabemos que o controle editorial é intenso, obedecendo a “políticas” internas de cada redação ou núcleo jornalístico, porém, a responsabilidade do profissional como cidadão, também exerce uma certa pressão sobre seus pares.
Os internautas brasileiros são campeões mundiais de participação na Internet.
Do mesmo modo, nossa imprensa e mídia sempre foram das mais militantes, opinativas e ideologicamente definidas, muitas vezes até comprometidas.
Não seria agora que se calariam ante o fenômeno de participação política que ocorre em sites como o ORKUT.
Seria de imensa importância a propagação via mídia de novas idéias e soluções que viabilizem uma transformação do nosso cenário político.
Movimentos em favor do Voto Facultativo, “Recall” , etc, não passam de “pedaços” , instrumentos e recursos do que denominamos Democracia Direta.
Por que não nos unirmos por sua instauração ?
Claro que isto requer um prévio “Desarmamento Ideológico” , como sempre defendi ser a única forma de promovermos um “Pacto Social” .
Cabe a nós organizarmos encontros, palestras e debates, com a participação de acadêmicos, intelectuais, jornalistas, ongueiros, associações,entidades, etc, para discutirmos a estrutura de um novo sistema de governo, que propicie a inclusão do que temos de melhor.
Os cidadãos de bem, cuja ética os afasta do sórdido meio político.
A sociedade brasileira já está amplamente organizada, desde as associações de bairro, sindicatos, ONGs, movimentos sociais, que empregam milhões de ativistas.
A sociedade brasileira já está amplamente organizada, desde as associações de bairro, sindicatos, ONGs, movimentos sociais, que empregam milhões de ativistas.
Não precisamos de intermediários parasitas carreiristas.
Substituiremos nomeações políticas por concursos públicos .
Ousemos inovar e nos tornarmos um exemplo para o mundo .
Viva a “Intermídia” e a Democracia Direta !
Ousemos inovar e nos tornarmos um exemplo para o mundo .
Viva a “Intermídia” e a Democracia Direta !