terça-feira, agosto 08, 2006

Quanta asneira...

O governador Cláudio Lembo, disse ser favorável ao indulto liberando mais de 12.000 presos no dia dos pais e a Justiça deverá autorizar esta sandice.


http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/brasil/2480001-2480500/2480354/2480354_1.xml

Este “senhor” deveria ser afastado na marra e cassado seu mandato.
Concorre com Lula e Eduardo Suplicy ao troféu de “autismo político”.
Desde que assumiu só disse e cometeu asneiras.
Os assassinos líderes destas manifestações de violência indiscriminada deveriam estar em celas solitárias a pão e água e sem contato com advogados .
Ceder mediante coação às suas exigências é assumir publicamente a falência completa das instituições e governo.
São mais de 300.000 policiais (mais do que o Exército) e não são capazes de darem conta da segurança pública no estado.
Novamente falam em acionar o Exército brasileiro para “asfixiar” o tráfico de drogas.
Ora, já temos o nosso imenso Haiti aqui mesmo e a sociedade civil se mostrou incompetente, corrupta e podre demais para continuar governando neste sistema democrático representativo mais do que falido e injusto.
Nossos políticos conseguiram a enorme façanha de fazerem o povo ter saudades do regime militar, apesar da intensa campanha desmoralizadora das Forças Armadas, perpetrada por duas décadas pela grande mídia .
“No tempo da ditadura esta violência urbana e corrupção generalizada não estariam acontecendo...”
É o que ouço falarem nas ruas, comércio, bares e botequins da vida...
Sei não...mas nossas previsões de uma intervenção militar parecem estar se delineando...

De olho na imprensa

Nosso amigo e ativista pelo Voto Nulo; Leonardo Monteiro não dá descanso à mídia.
Envia cartas, critica, corrige e exige imparcialidade do jornal Zero Hora (RS)
ARTIGO: Voto Nulo e Mobilização

Vivemos uma época ímpar na historia brasileira. Os poderes que nos governam, em sua atual situação, já provaram ser ineptos a desenvolver plenamente suas funções obrigatórias. Preocupam-se mais em defender os interesses dos seus do que com o interesse público. Exemplos claros disso são o "corpo mole" apresentado pela câmara dos deputados em condenar os integrantes envolvidos nos esquemas de corrupção já conhecidos, e a resistência do judiciário gaúcho em ceder seus privilégios no caso recente de discordâncias no Pacto pelo Rio Grande.

Como contraponto a esta situação cabe a nós cidadãos, nos organizarmos como sociedade civil, com o objetivo de purgar esse comportamento institucional arraigado. Estabelecer novas diretrizes que sejam efetivamente seguidas pelos poderes. Diretrizes que passam invariavelmente por um comportamento ético, moral, transparente e com espírito coletivista. E fazê-las valer através da pressão popular.

O primeiro passo no intuito de alcançar esse objetivo passa por mandar um recado aos poderes de que a população está ciente do que ocorre e está insatisfeita. Manifestar isso publicamente. E a eleição que se aproxima é o momento ideal para que isso ocorra. Escolher qualquer um dos candidatos apresentados não irá resolver o problema. Ao contrário, servirá de apoio a situação hoje existente. Afinal, se as pessoas continuam elegendo os governantes apresentados mesmo que seja atráves do critério do "menos pior", por qual o motivo eles mudariam a sua conduta?

Precisamos mais que isso. Precisamos mostrar aos governantes que queremos discutir como queremos ser governados e não meramente quem assumirá esse papel. E uma das formas democráticas existentes hoje para isso é o voto nulo. Só com a anulação do voto em massa eles se sentirão obrigados a descer do seu pedestal e discutir com a sociedade reformas de conduta do poder público, e não continuar fingindo que nada acontece. Para que isto ocorra não é necessário nem mesmo atingir os 50% de votos tão falados para pleitear uma nova eleição. Com bem menos que isso o recado já terá sido dado. Basta que tiremos votos de qualquer candidato eleito. Um candidato ganhar uma eleição com 35% de votos é uma coisa. Outra bem diferente é ele alardear aos quatro cantos que fora eleito pela maioria da população.

Essa intenção do eleitor já começou a ganhar as ruas. Em vista disso o TSE encomendou peças publicitárias com o objetivo de desestimular essa manifestação espontânea de muitos eleitores. Causa-me perplexidade ao ver membros do judiciário, como o ministro Marco Aurélio de Melo, tentando interferir numa decisão pessoal dos eleitores, caso estes pensem em anular seu voto. Considero essa interferência inaceitável! Ora, o voto vulo é opção democrática e consciente, e deve ser respeitado como tal! No caso do min. Marco Aurélio é, ainda, muito mais grave porque a campanha que ele encomendou é paga com recursos públicos, do cidadão.

Há quem diga que nossa democracia é jovem e que com o tempo ela iria melhorar, o que até concordo em certo grau. Mas o que ocorre que não dispomos desse tempo. Até que isso aconteça o PCC e as quadrilhas instaladas nos prédios dos poderes em Brasília já terão feito um estrago irremedíável. O momento de agirmos e dar um basta nesse desgoverno que se vê é agora. Através da anulação do voto e da mobilização da sociedade.


Leonardo Monteiro

Voto Nulo

Ótimo artigo de Guilherme Fiuza (do site "No Mínimo") .

Guilherme Fiuza

Voto nulo e amor de mãe
A patrulha do bem tem uma característica inconfundível: se move sempre com a certeza de carregar a verdade absoluta. Daí o feitio quase religioso de suas cruzadas. Os virtuosos estão em campo de novo, agora para mostrar aos distraídos que o voto nulo é ruim para a democracia. Não ouse discordar. Você será tachado de alienado, ignorante ou agente involuntário da corrupção.
Votar nulo está errado, avisam os éticos. E não fique chateado, eles só querem o seu bem. Você é um sujeito distraído que não sabe o que é bom para você, mas para sua sorte tem alguém que sabe. E que vai lhe dizer o que fazer.
Ideais puros são sempre comoventes. Adolf Hitler também acreditou, do fundo da alma, que era preciso purificar a raça humana. Aquilo era tão evidente que o líder alemão resolveu pular a etapa da polêmica: quem fosse contra ia para a prisão ou para debaixo da terra. De fato, quando se tem a certeza da verdade, é irritante perder tempo com discussões inúteis.
Quando o bizarro Enéas foi eleito deputado por São Paulo com uma votação histórica, a patrulha do bem avisou: aquilo era um absurdo. Intelectuais, cientistas políticos e outros guardiões da democracia alertavam que havia algo errado com o eleitorado. São realmente interessantes, esses democratas: amam e defendem a democracia, desde que ela seja praticada conforme o script que trazem dobrado no bolso.
Votar no Enéas está errado. Votar nulo também está errado. Os homens de bem têm o manual de instruções da democracia, portanto é bom não discordar deles. Se você usar sua consciência para votar nulo, você estará beneficiando os políticos fisiológicos, que se mantêm há tanto tempo no poder manobrando o voto dos não-conscientes. Como se vê, eles pensaram em tudo para você. Não é preciso fazer nada, apenas segui-los.
O que é pior: o voto nulo ou o voto entediado? Um eleitorado entediado é capaz, por exemplo, de eleger uma Rosinha Garotinho em primeiro turno. Note-se que o tédio pode ser mais anárquico que a própria anarquia.
O problema da patrulha do bem é que ela, no fundo, detesta a liberdade. Se deixar essa gente solta por aí – pensam eles –, fazendo o que lhe dá na telha, votando no Seu Creysson e no Macaco Tião, vão acabar melando a democracia. Foi mais ou menos o que os militares pensaram no golpe de 64: esse povo distraído fica votando errado, elegendo comunista, e isso aqui vai acabar virando uma ditadura; vamos suspender um pouco esse negócio de voto, para proteger a democracia.
Os mais jovens podem achar que é piada, mas no movimento que instalou a ditadura militar de 64 havia, de fato, gente sinceramente preocupada em proteger a democracia. Assim como essa turma que defende uma constituinte restrita acha, sinceramente, que mudando as pessoas e as regras, ficará para trás o velho fisiologismo e tráfico de influência. De fato ficará, abrindo caminho para fisiologismos e tráficos de influência novos em folha.
Sentinelas do bem, deixem as pessoas votarem como bem entenderem. Deixem as pessoas não votarem, se não quiserem. Deixem as pessoas serem indignadas ou ignorantes a seu modo. Deixem as pessoas deixarem o sistema cair de podre, se for o caso.
Deixem a MTV esculachar os políticos, se ela quiser. Vocês admitiram durante tanto tempo Dirceu, Silvinho e Delúbio como soldados do bem contra o mal. Por que não admitir agora que as pessoas queiram jogar Lula, Alckmin e Heloísa Helena, juntos e bem embrulhados, na mesma lata de lixo?
Votar nulo é um direito. Pode ser um erro. Mas esse diagnóstico não cabe aos patrulheiros. Cabe à história. E ela não costuma diagnosticar em tempo real.
Aos que querem “salvar” as consciências distraídas, é bom lembrar que democracia é como amor de mãe: respeitando a liberdade é uma maravilha, capando-a é uma tragédia.