quarta-feira, dezembro 27, 2006

Democracia Direta (Parte 1)

Quando me cobram por defender uma verdadeira Democracia Direta , alguns me perguntam; "como confiar na capacidade de decisão de massas ignorantes , passivas e dependentes de "bolsas-família ?"
Eu diria que não é bem assim a concepção de uma Democracia Direta que o nosso movimento prega .
Não a ponto de elegerem "presidentes", pois isto seria a primeira coisa a ser extinta e apagada do mapa, inclusive este Congresso e partidos políticos, que só servem para eternizarem o fisiologismo, o clientelismo e o caos de corrupção a que somos submetidos a cada renovação por eleições.
Nossa concepção de uma verdadeira Democracia, implica em outras formas de legitimidade e administração da coisa pública, nada desta "representatividade" falida e comprovadamente falsa.
Começaria por uma nova perspectiva de repartição de poderes.
Uma revolução federativa, mais autonomia para cada região e estado.
Retirar o poder central do Executivo, acabar com a centralização da concessão de verbas federais aos estados e municípios.
Dar-lhes plena autonomia e independência, claro que, aos que possam subsistir sem o apoio federal e se não puderem, que se extinguam, como municípios ou estados e passem a ser apenas "territórios" sujeitos à administração federal.
Entenderam ou precisam que eu "desenhe" ou use a linguagem de surdo-mudos (Libra)?
Quando falamos sobre uma ideal Democracia Direta , não nos referimos a abrir tudo , escancarar as mais altas e sofisticadas decisões para todos, pois não somos loucos nem irresponsáveis, a ponto de esperarmos que um alienado ou ignorante possa entender de questões nucleares, financeiras ou de política externa.
Não é por aí que a coisa toda se manifestaria como válida e de efeitos concretos em cada região.
Precisamos , primeiro de tudo , estimular a capacidade de decisão de cada um, desde o mais ignorante , carente , mas estimular sim esta possibilidade de ação e responsabilidade pelos atos assumidos .
Pensem em termos mais restritos de cada região e local, que não possa extrapolar nem ultrapassar estes limites locais , a ponto de se ingerirem em assuntos técnicos demais para a compreensão desta grande massa sem educação ou cultura.
Mas não seria uma forma "mascarada" de Democracia, preservando o papel maior de decisões para os das elites.
Pelo contrário, teríamos representações diretas de verdadeiros representantes de cada segmento da sociedade após uma triagem e filtragem de ONGs, sindicatos e corporações, claro que , antes, eliminando os com vínculos políticos e "associações de fachada", verdadeiros "fakes", que se utilizam destas organizações para manipularem a opinião pública e mobilizarem seus seguidores.
Depois de uns testes e filtragens sobrariam não mais que algumas dezenas , de real utilidade pública , não estes milhares que temos atualmente .
Outro ponto máximo, seria o fechamento do Congresso, extinção dos partidos políticos e total "faxina", eliminando os corruptos e falsários lá alojados .
Querem mais?
Pois bem.
Total liberdade e autonomia para cada região ou estado fazer a sua Constituição própria , como nos E.U.A e outros países.
Isto mesmo!
Liberdade total, para que seus cidadãos não se submetam a uma ordem centralizada ou leis que nada têm a ver com as suas realidades locais.
Só assim teremos paz , respeito pelas diferenças regionais e independência de hábitos, costumes e conceitos de cada grupo social e regional.
Mas... como fazer isto?
Lamentavelmente , apenas através de uma revolução.
Sem isto nunca sairemos deste caos imoral, corrupto e anormal em que vivemos.
Estaria falando de um golpe revolucionário , com a participação de militares democratas e representações de segmentos sociais indignados perante este estado de podridão moral?
Sim...isto mesmo!
Se não acontecer , sucumbiremos nós, os raros lúcidos, que ainda restam , indignados e revoltados por tanta sujeira e teremos de emigrar deste país, para não nos suicidarmos!

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Ah, Homero, que texto lindo. Não consigo entender como as pessoas não se rendem completamente às suas ideias. Acho perfeito isto. Só não sei como participar deste golpe, desta revolução. Fico aqui fazendo minha desobediencia civil e torcendo para as FAs acordarem e começarem logo antes que nós ,lúcidos, sucumbamos. Beijos,
Heloisa.

quinta-feira, dezembro 28, 2006 12:56:00 AM  
Blogger Homero Moutinho Filho said...

Calma amiga.
Há um tempo para tudo e momento certo para ações corretas , imprevistas e necessárias.
Primeiro teremos de enfrentar o tal "caos' que previ há meses e veja que,agora já atingiu o Rio também além de São Paulo.
Mais as ações radicais que previ para as vésperas da posse , inclusive nesta , teremos um cenário mais amplo de desordens e afronta aos nossos direitos como cidadãos.
Aguarde ... tudo virá a seu tempo...
Vocêé mineira, sabe como é ...rsss
Abração

sexta-feira, dezembro 29, 2006 1:06:00 AM  

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