quarta-feira, maio 09, 2007

Coisa minha...

Coisas do amor...
Putz!
É uma droga quando me lembro de nossas lutas , conflitos e esperanças, que nem num filme de “um barraco e um amor” mas existiu e foi muito forte , preservando esta força e união por um ideal nosso.
Companheirismo e parceria são assim quando podem ser e se manifestam na vida .
Tive a graça de poder um dia compartilhar desta esperança e ideal, como homem e companheiro.
Minha ex-mulher é uma guerreira, cujo único erro foi seu gênio.
Mas tive muitas ocasiões de felicidade , como quando batizei minha afilhada e “netinha honorária”.
Minha “mesticinha japinha” , que para mim era um doce de lindeza e qualquer um a veria assim , pois parecia uma boneca .
A vida nos reserva boas e más coisas, mas estas ficam no balaio das boas , por enquanto, até que me privem de tudo e de todas as emoções humanas capazes de me desviarem de meu destino e rumo que sei , há tempos qual é.
Esta sensação e saber verdadeiramente o que o destino nos reserva é extremamente cruel e dura, pois temos de abdicar de muitas coisas e seguir em frente , apesar dos restos de vida que ficarão ao rés da estrada.
Sinto-me meio esquartejado em sentimentos e emoções , por não mais poder usufruir de coisas antes ao alcance , mas também sinto-me livre e feliz por ter abdicado e permitido que outros também sejam felizes e busquem sua felicidade , sem mim.
Apenas muitas saudades de minha afilhada “japinha” , de meu ex-enteado e norinha , pelo tanto que representaram em minha vida e minha ex-companheira.
Jamais os esquecerei , mas sou eu o que importa em minha vida .
Como dizia aquela estranha ave da obra de Herman Hesse “Aqui e Agora”.
Sempre em frente pois o tempo e espaço não existem , portanto não iremos para nada !
Hehehehe, triste constatação, não?
Melhor crer no verdadeiro amor e dedicação e nunca se arrepender de um dia ter se doado apenas por amar, pois a vida é única e jamais repartida ou fragmentada, pois se constitui numa realização concreta e material de nossas emoções , experiências e sentimentos.
Ato falho meu, denunciei meus sentimentos .

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

**

Ahhhhhhhhhhh... Bonito o que escreveu Homero, quando se escreve com o coração de verdade, sempre se produz algum tipo de beleza, quando o outro sabe ler com a alma... Muito bacana o que fez!

Estou te trazendo um incrível texto que acabei de ler, enviado por minha prima de Sampa, Aurea, que é absolutamente atual e o espanto é a data!!!! Segue:

"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, agüentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até a medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem caráter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverossímeis no Limoeiro.

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.

A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.

Dois partidos [.] sem idéias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos atos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar".



Guerra Junqueiro, "Pátria", 1896.

(É parente? rs)

Abraçoooo de urso!

Susie

quarta-feira, maio 09, 2007 2:37:00 AM  
Blogger Homero Moutinho Filho said...

Obrigado amiga, postarei o texto que é atualíssimo.
"Pandão"

quarta-feira, maio 09, 2007 10:31:00 AM  

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