segunda-feira, dezembro 18, 2006

"Crianças no Parque" (Parte 2)

Antes de mais nada gostaria de esclarecer que sou ultra-pacífico, sensível e fraterno como pessoa.
Detesto violência, apesar de ter sido treinado, praticado e competido em artes marciais e de defesa, em minha juventude.
Melhor, pois estas me ensinaram o domínio e o equilíbrio emocional, ante situações de ameaça ou provocação.
Penso que todos os jovens necessitem ter este tipo de experiência, para aprenderem a dominar seus instintos e reações, embora também saiba que muitos usam destas técnicas para provocarem brigas e agressões gratuitas, pois tudo depende do caráter e temperamento da cada um, sem falarmos nos seus mestres, que poderão ou não perceber e "podar" devidamente estes "excessos" .
Hoje , temos poucos mestres qualificados e mais comercialização neste tipo de "defesa pessoal".
Na minha época, se eu provocasse alguém e usasse de minha prática, por pura exibição, sem ter sido atacado por alguém, seria punido fisicamente por meu professor e colegas, além de termos nossas "mãos" cadastradas na polícia como praticantes de Karatê, Judô, Jiu-Jitsu e Capoeira.
Assim era quando ainda havia uma certa "moral" e boa conduta entre os praticantes .
Como já sabem e estão cansados de saber, tenho meu lado sensível e hiper-sensitivo, artístico, etc, o que significa que, pelo menos, lido bem com minha parte feminina, sem problemas maiores e a canalizei para as artes .
Não posso negar que, desde cedo, ainda aos 10 anos aprendi a atirar e manusear armas de fogo com meu pai, um ex-militar, depois diretor-executivo de empresa internacional.
Andei atirando em clubes , competições, nada profissional, mas sou perito em tiro de precisão , ou , pelo menos, fui até certa época há tempos .
Depois que me furtaram uma pistola registrada que tinha, para minha defesa e a guardava em meu automóvel, pois tenho direito a um porte por minha profissão, nunca mais comprei nenhuma e assim vivi até hoje.
Confesso que agora estou pensando em refazer minhas considerações e reavaliar tudo.
Escapei desarmado de um assalto no Rio de Janeiro e salvei minha então companheira e o carro, entre 4 meliantes fortemente armados que nos cercaram, porque também fui treinado por um vizinho que era comandante de ações anti-guerrilhas na Amazônia para evitar riscos e saber como fazer nestes casos de cerco e roubo .
Tudo bem, levei um tiro nas costas , a bala ficou a 1 cm de minha coluna, quase me deixou tetraplégico, mas ainda assim , reagi, joguei o carro contra eles e escapamos.
Dirigi sangrando, quase desmaiando, até o hospital .
Me vali de uma técnica de Yôga , para "projetar" a dor fora de mim e resistir
Não puderam remover a bala pelo risco de me lesionarem fatalmente.
Esperei 8 anos para removê-la com inimaginável dor , após até o raio X ter pifado e a anestesia não funcionar ,mas foi retirada.
Portanto, nada mais me espanta ou mete medo.
Por formação espiritual não temo a morte e penso que esta seja a grande diferença daqueles que , mesmo não sendo os mais fortes, reajam e defendam os seus ante o acinte de serem violentados em sua integridade por meliantes .
Ocorre que, a imensa e esmagadora maioria de nossa classe média não é assim.
Foi condicionada e se tornou covarde, acuada, castrada e passiva.
O que esperar depois de décadas de publicidade, onde os homens sempre aparecem como idiotas bobões,infantis, "eunucos", as mulheres e filhos "espertinhos e sábios"?
Repararam que nossos homens nunca o são e só servem para dar razão à suas esposas ou fazerem continhas em propagandas de bancos?
Pois é... quando não são "gays" são submissos emasculados, carentes e frágeis.
Assim nos condicionou a grande mídia.
Por que será?
Algum plano oculto ou "conspiração"?
Eu diria que sim e conheço muito bem estas técnicas de controle psicológico comportamental.
O "sistema" assim o faz para nos controlar.
Afinal estudei isto por uma década, não por nada, mas sim, para poder agora perceber estas manipulações "subliminares" de nossas mentes.
Estão satisfeitos com o mundo que têm ?
Mulheres não são mais mulheres e homens idem.
Estão "quietinhos, mais preocupados com seus "umbigos" e necessidades imediatas, sem serem capazes de reagir nem contra este descalabro de nosso cenário político?
São "politicamente corretos", "bonzinhos", ao extremo?
Ficam de joelhos perante qualquer marginal, mesmo que este estupre sua família inteira, por puro medo da morte?
Têm "sangue de barata"?
Eu não, graças a Deus!
Prefiro agir como Cristo e "destruir violentamente as tendas dos vendilhões do templo".
Quando disse ao Roberto Carlos, em texto anterior que o meu "carma" foi mais emocional, errei, pois além desta experiência quase fatal, tive outras que me custaram muitos sofrimentos físicos, só que às vezes esqueço de tudo isto .
Os sentimentos e emoções para mim valem mais .