segunda-feira, outubro 17, 2005

REFERENDO (IV)

Outras opiniões de membros do MBNE.

Ijarrina Karajá (Amazonas)

Estive lendo alguns textos buscando um pouco de informação e usei o meu bom senso para tirar algumas conclusões...Começando pelo nome, "referendo acerca da comercialização de arma de fogo e munição em território nacional", este referendo é para a comercialização de armas de fogo, não é sobre o desarmamento, o que teve foi uma campanha para o desarmamento. Com isso eu não acho certo usarem o "slogan" de "referendo do desarmamento".Com a proibição da comercialização de armas de fogo o tráfico de armas tem a tendência de se tornar maior, fugindo ainda mais do controle oficial. Com a liberação da comercialização o mercado ilegal não vai sumir, pois quem tem planos de fazer algo errado não vai querer registrar o seu nome como um proprietário de arma, este vai buscar a ilegalidade para poder se sentir mais seguro, e não vai ser a proibição ou não que vai desestimular este cidadão de fazer algo de errado...E não gosto da idéia é do porte de armas de fogo, pois este possibilita que o cidadão possa trafegar com uma arma, este cidadão um pouco mais exaltado não vai hesitar em usá-la. Como tbm não gosto da idéia de tornar a utilização de armas de fogo como algo proibido, com isso eu vou perder a minha escolha de adquirir ou não determinado bem, e se eu tiver uma eventual necessidade de utilizar uma arma de fogo recorrerei o mercado ilegal, me tornando ilegal tbm. Pois eu tenho uma vida muita ativa no campo. No referendo tem um parágrafo que diz que as pessoas de difícil acesso terão o direito de comprar a arma, mas como será feito essa classificação de saber se é ou não residente em áreas distantes? Tenho algumas perguntas tanto para os que votam sim como para os que votam não...O que acontecerá com o "SINARM"? Por que o SINARM não deu certo? O que mudará na prática do atual estatuto e para o que será votado? O que muda é que no atual ainda se pode comprar armas...Eu ainda indicaria que além de todas as restrições que já tem hj, que incluisse um curso básico de tiro, sendo constituido por instruções teorias, curso pratico de tiro, exame psicotécnico... Contudo, não é cortando os galhos que vc resolve o problema, tem que ir nas raízes... Por que os nossos representantes não colocaram em referendo os seus salários, o orçamento público, as leis? Ai sim, estaremos decidindo o futuro de nosso país, e não decidindo se vamos ou não poder comprar armas...
O meu voto é NÃO, por saber que o quadro de armamento belico não vai mudar muito, e que ilegalidade vai aumentar e que os crimes passionais sempre ocorreram e sempre vão ocorrer, pois vivemos num mundo sem escrúpulos...



Dirce Koga (São Paulo)

Acredito que seja qual for o resultado do referendo não fará diferença. Quem realmente quiser uma arma conseguirá uma, legalmente ou não, o desarmamento seria respeitado apenas pelos homens de bem.
Temos consciência das conseqüências de nossos atos, pessoas honestas ou não, sendo assim temos o direito de escolher o nosso modo de viver ou agir, sou contra armas, talvez nunca tenha uma, mas não concordo com a proibição, isso só iria enriquecer o mercado ilegal.
Meu voto é NÃO ao desarmamento, sou a favor de campanhas de educação e treinamento para todas as pessoas, para que assim possam se defender de qualquer situação, armados ou não.