quarta-feira, março 22, 2006

O que é isto Hélio ?

Apesar de admirar o trabalho e trajetória deste brilhante jornalista Hélio Fernandes (Tribuna da Imprensa) tenho de discordar de sua insistência em dizer que Serra será candidato à presidência, FHC ao governo e Alckmin ao senado.
Uma coisa é analisar e prognosticar, outra é torcer por não conseguir admitir um fato consumado.
Se eu estiver errado ,me desculparei publicamente neste blog, mas Alckmin é “candidatíssimo” e com mais chances de crescimento do que Serra que se apóia somente no conhecimento prévio de seu nome por parte do eleitorado, mas não tem como ultrapassar seu limite já alcançado na campanha anterior. Serra não é um vencedor, não tem carisma , deve sua eleição para prefeitura ao governador, Alckmin (o obstinado) mesmo com a pecha de “picolé de chuchu” e candidato da “Opus Dei”, deu mostras de firmeza e perseverança nas últimas eleições, surpreendendo nos debates pela TV e força no interior de SP, reduto cativo de Covas, Franco Montoro e Quércia, desde o antigo MDB e depois PMDB antes da criação do PSDB.
Não arrisque sua reputação de ser um dos maiores mestres do jornalismo, meu caro Hélio Fernandes , a não ser que tenha fontes muitíssimo seguras e , neste caso tirarei meu chapéu para você.
Fico com minha previsão de crescimento de Alckmin até o início de abril e que Serra está ainda muito indeciso, receoso em arriscar sua posição conquistada. Alckmin está com grande “cacife” da FIESP e FEBRABAN que, antevendo um possível desgaste irreversível de Lula já trataram de apostar nas duas pontas, vença quem vencer, sempre estarão com as rédeas na mão .
Não se esqueçam do apoio da Igreja Católica (ala mais conservadora) que “não morre de amores” por Serra (ateu).
Os “intelectuais” terão que se contentar e conformar, ou anularem seus votos.
A “Esquerda” não terá candidato forte, pois Lula agora é considerado “hiper-neo-liberal” e execrado como “traidor” por todos organismos internacionais socialistas que o sustentavam apesar de seu “populismo assistencial”.
As esperanças nele depositadas recaem hoje em Chávez que "surrupiou" na moral o papel de "líder carismático salvador da pátria" da América Latina pleiteado por Lula em seu “sonho delirante” de boçal alçado à fama por acidente do destino.