quinta-feira, novembro 24, 2005

"ZEN" ou "Ayin Soph"???

“Quando um ser humano desperta, os demais continuam adormecidos, quando 1.000 despertam, começam a incomodar o sono de alguns, quando um milhão de indivíduos despertam, ninguém mais poderá continuar dormindo.”
(Homero Moutinho Filho)
(Trecho de uma resposta minha a um comentário sobre o texto-manifesto “AÕHE” BRASIL!

O “Arquiteto do Universo” não nos criou para o sofrimento sem razão.
Existe uma lógica oculta que rege a evolução humana.
Quando as coisas se complicam na vida da gente e um profundo desanimo nos testa a resistência, é que podemos entender que, mesmo em meio a um clima difícil e tenebroso, sempre há uma solução se não nos deixarmos levar pela desesperança.
Está ruim? Péssimo?
Tudo, bem, vamos pensar com calma, cada coisa a seu tempo, avaliar nossas chances de resolver o problema, até conseguirmos enxergar uma solução, pois para tudo há uma saída, menos para a morte e esta também não deixa de ser uma passagem.
Costumo citar Lao Tse e Confúcio, que em seus ensinamentos citam a diferença entre “homens superiores” e “inferiores” (subentendido esteja que, “homens” = seres humanos).
É justamente diante de extremas provas de equilíbrio emocional e resistência aos obstáculos, que pode-se aquilatar o valor e o caráter de um indivíduo, avaliando seu nível evolutivo e sabedoria.
Aprecio também Sun Tzu (“A Arte da Guerra”), sobre conservar posições, suportar perdas previamente estimadas e escolher o campo propício para o avanço vitorioso.
Há uma atraente sabedoria milenar nestes conceitos e Filosofia orientais.
Quando tudo vai bem nada acontece de ruim para atrapalhar, raramente ocorre, porém quando as coisas estão muito negativas e a situação difícil, mais complicações e prejuízos aparecem para minar nossas forças.
Um exército não pode se lançar ao ataque sem mensurar riscos ou guarnecer flancos eventualmente expostos a um contra-ataque.
Devemos igualmente compreender, que nossos adversários e inimigos, são apenas imagens fractais como nós, numa realidade inconcebível à luz da Ciência conhecida.
Não lutamos contra algo ou alguém, lutamos contra outros “nós”, focos de consciência não abrangidos por nossa mente racional.
Muitos já devem ter lido ou ouvido falar, que, até mesmo um enguiço no carro, uma acidente em casa, um encanamento vazando, trazem uma mensagem inconsciente, dirigida ao nosso entendimento mais “sensitivo” e “perceptivo”, aberto aos “símbolos” que traduzam situações pelas quais passamos.
Se a caixa de câmbio de seu automóvel quebra, talvez você não esteja tomando as decisões na hora certa ou “forçando a barra” em momentos inadequados. Por aí vão as “dicas” do inconsciente agindo através de uma linguagem simbólica , como na “sincronicidade” magistralmente abordada por Carl Jung.
O mundo, assim como o universo, é parte de uma estrutura maior, muitíssimo maior e superior, fora de nossa compreensão.
A vaidade do ser humano dos últimos dois séculos, ao se julgar dono do destino e possuidor de completo livre-arbítrio, ocasionou todas as tragédias e misérias pelas quais passamos.
Enfoquemos sob esta lógica nossa situação atual como país e também parte da humanidade.
O que vemos?
Acaso crêem que evoluímos a ponto de resolvermos os problemas humanos?
Pelo contrário.
Apesar de pretensas ou “aparentes conquistas”, repetimos os erros de um passado longínquo que desencadearão os mesmos resultados e destruições.
Fazemos o que queremos sem freios ou censuras?
Somos livres, libertos para exigir o respeito à nossas preferências e comportamentos?
Conquistamos o direito de impingir à maioria, queira ela ou não, nossos valores ?
Temos verdadeira liberdade?
Será?
Afinal na Roma antiga, Sodoma e Gomorra, Grécia , etc, também era assim e o final de cada uma foi um tanto trágico.
Não existe civilização ou convivência social harmoniosa, sem dignidade humana.
Há valores intrínsecos, subjetivos, abstratos, que trazemos, atávica e geneticamente, através de gerações, como necessários à evolução da espécie.
Como bons espíritos rebeldes e refratários ao controle divino, “anjos caídos” descendentes não de “Adam Kadmon” (O “Adão primordial”) porém, do satânico “Belial” , sempre tentamos nos desvencilhar destas regras que consideramos “amarras” desnecessárias e escravizadoras.
O que temos agora é o resultado da progressiva libertação de todos os freios humanos .
Somos mais felizes que nossos antepassados?
Solucionamos as injustiças e desigualdades sociais?
Somos mais fraternos e unidos?
Ou nos desintegramos em múltiplos segmentos, cada qual defendendo seus interesses e objetivos?
Talvez não, embora saiba que muitos enumerarão diversas razões e feitos, para se convencerem que sim.
Não somos uma nação, somos muitas tribos lutando entre si.
Perguntem aos seus cães, se a qualidade de vida em termos gerais, coletivos melhorou?
Sim... aos seus cães..ora...a deles pode até ter melhorado muito, pois sempre suportaram coleiras e grades em troca de alimento, porém não a nossa, cercados das mesmas grades, coagidos, acuados, acovardados, vivendo grande parte de nosso tempo útil em cubículos fechados , seja em casa ou em ambientes de diversão.
Acham isto normal? Natural?
Benéfico ?
Quais os valores que temos hoje em dia?Nenhum?
Somente o preço de cada um ou de cada coisa disponível no “grande mercado da vida”?
Todos têm seu preço?
Acreditam realmente nisto?
Eu não e muitos sei que também não aceitam esta generalização.
Ocorre que existem indivíduos nascidos com uma chama interna que nunca se apaga, mesmo diante das piores vicissitudes, que sempre conservam uma dignidade interior capaz de se transformar em exemplo para os que os cercam e convivem.
São estas as pessoas com as quais deveremos contar, que aderirão gradualmente ao nosso movimento, percebendo que a hora chegou, que será necessário um esforço final de participação pessoal para que fortaleçamos nosso contingente ainda anônimo e silencioso, sem pretensões políticas ou vínculos partidários, sem “rabos presos”, cidadãos comuns, porém de grande valia e potencial, capazes de promover profundas e inadiáveis mudanças neste país, principalmente de mentalidade, hábitos e comportamento, para que possamos sair deste abismo sem fim em que estamos.
Neste momento, tento superar um desagradável e inesperado problema, nada fatal nem sem solução, teclando e postando, como forma de não me deixar superar pelo infortúnio e maneira de dar vazão a uma energia de resistência e luta, que dispersará as nuvens e trevas que tentam me cercar.
Sou apenas um ser humano, descendente de (Lúcifer)“Belial” , um “anjo caído”... porém Divino!