domingo, outubro 02, 2005

A REVOLUÇÂO SILENCIOSA !

Sei que não somos muitos, estamos organizando nossa rede nacional, que já abrange praticamente todo o Brasil e alguns países do exterior em contatos.
Claro, que nem todos estarão dispostos a qualquer momento a se mobilizarem, pois cada um tem suas obrigações e compromissos.
Qualquer ajuda e colaboração sempre serão bem-vindas , como puderem e estiverem ao alcance.
Mas temos uma certeza interior, que o nosso ideal é de grande credibilidade pois, não há interesses políticos ou ganhos para nenhum de nossos membros.
Isto nos coloca numa posição muito tranqüila perante quem tentemos esclarecer sobre nossos objetivos.
Quem nada tem a ganhar, de cara, já passa esta confiabilidade .
Idealismo é isto!
Sem outras implicações de ordem pessoal ou interesses.

As pessoas não estão acostumadas a lidar com este tipo de atitude.
Ficam surpresas que outros estejam imbuídos desta vontade sem interesses próprios imediatos.
Afinal, se não são um partido o que ganharão com isto?

Deve ser assim que pensam os que conosco têm contato.
Eu diria que ganhamos ao sermos compreendidos e conseguimos mais uma adesão espontânea ao nosso movimento.

Sabemos que, sem a grande mídia ao nosso lado, a tarefa será árdua e exigirá muita força de vontade.
Não admitimos este tipo de submissão às principais redes, pois seríamos incoerentes .

Não mendigaremos espaços televisivos ou "midiáticos".
Se quiserem nos notar que notem.

Os que se dizem “libertadores”, “socialistas”, “idealistas”, contra o “imperialismo” e o “capitalismo”, mas usam esta mesma grande mídia capitalista, patrocinada por mega-empresas e bancos, para se promoverem e aos seus partidos, não merecem nosso respeito, por absoluta falta de coerência em suas atitudes.

Com certeza, estarei contrariando “simpatias” ou ideologias dizendo isto, mas é a mais absoluta verdade, buscar a coerência de comportamento de quem se ache no direito de criticar o sistema, mas use e abuse do próprio para se promover.

Estou sendo direto, sem meias palavras, em relação a certos partidos que se dizem “libertários” e “anti-capitalistas”, mas não sabem sobreviver sem as benesses e oportunidades que o Capitalismo lhes proporcionam.

Fico pasmo, ao ver alguns na rede “plim-plim”, a maior representante do sistema , fazendo suas pregações socialistas, porque o povo é incapaz de perceber a contradição entre o discurso e a atitude deles !
Chega a ser ridículo !
O problema é que, o”povão”se deixa convencer por condicionamentos psicológicos da mídia e pela acolhida simpática que os jornalistas e apresentadores de TV , comprometidos com a ideologia, dão a estes elementos que participam da grande farsa democrática.

Entendam de uma vez por todas!
Se um grupo, partido ou seja lá o que for, puder ameaçar o sistema ele será destruído na raiz.
Se o sistema os deixa crescer e conquistar algum poder, é porque são absolutamente inofensivos ou corruptíveis.
Esta é a lei da sobrevivência dos poderes que nos governam.
Assim foi com o PT, será com o PSOL ou qualquer outro partido.
Não existe “revolução” dentro de um sistema representativo !
É simplesmente impossível !
Portanto, acordem os que ainda se deixam levar por novas esperanças !
É a lei da selva !
Aprendam a encará-la se quiserem sobreviver e não se iludam novamente .

Revolução é coisa de militares, ou civis com apoio deles, se faz com tanques , aviões e canhões, não com “pessoinhas” sorridentes ou venda de camisetas e adesivos.
Nossa realidade é outra, bem diferente.

Temos um país continental onde nem nossas forças armadas seriam capazes de defendê-lo nem outras como as dos EUA poderiam conquistá-lo e ocupá-lo convenientemente.
Vejam o exemplo do Iraque, com apenas 5 milhões de habitantes e pequena área em relação ao nosso território.

Aqui não é Cuba nem uma ilhota qualquer.
Portanto, nada de sonhos sobre revoluções populares, pois nem o nosso povo deseja isto.
Para mudarmos alguma coisa neste país teremos de nos esvair em esforços pessoais, num mutirão sem precedentes na História, “fazendo acontecer”, ou seja , não dependermos de governos para executarmos as transformações necessárias.

Como realizaríamos isto?
Começando do zero, de cada um, de cada núcleo de simpatizantes, de cada obra realizada sem a interferência do Estado.
Mas como? Com que recursos ?
Este é o ponto principal, mas não é tão impossível assim , pois temos meios de obtê-lo através de campanhas e planejamento.

Uma reforma agrária sem conflitos e até com a participação da iniciativa privada é perfeitamente viável.
Temos o nosso Projeto Geosfera, que consiste numa fórmula pacífica e produtiva de promover o refluxo populacional gradual para o campo, sem a necessidade de ocupações forçadas.

Se é possível por que não começarmos?
Bastam os recursos e estes poderemos obter com eventos, promoções, contribuições ou o que seja sem qualquer participação do governo.

Esta é a maneira de iniciarmos uma “revolução social”, do micro para o macro, a partir de pequenas obras e realizações que possam contagiar a muitos pelo exemplo de como uma idéia pode dar certo se assumida por cidadãos comuns ao invés de políticos ou governantes.

Para que ocuparmos uma propriedade se pudermos comprá-la ?
Por que esperarmos por esmolas ou medidas populistas se podemos nos organizar numa Economia Solidária cooperativada visando criar oportunidades justas de trabalho e renda?

É tão difícil assim imaginarem um esforço conjunto para, por exemplo, comprarmos uma área, por meio de eventos e contribuições?
É tão impossível assim?
Não creio que seja, se quisermos verdadeiramente mudar alguma coisa neste país e darmos o exemplo aos demais que ainda não acreditam em ações sem a iniciativa governamental.

Falta apenas “visão” para tentarmos o ainda nunca tentado !
Sabemos que uma transformação geral de mentalidade é algo irreal e inatingível, a curto prazo, pois nosso povo já está num processo degenerativo extremo.
Temos de ser realistas a este respeito.

Nossas metas são de longo prazo, graduais, exigindo perseverança, como um trabalho de abelhas por um objetivo comum.
Nosso Projeto Colmeia , nos habilita a este processo de organização nuclear, a partir do trabalho conjunto e troca de idéias, interligando nossa rede de contatos e participações.

Parece muito difícil mudar a cara deste Brasil, mas não é gente.
Depende só de nós!
De nossa vontade e determinação!
Quando os demais perceberem que algo está começando a dar certo, se contagiarão deste sentimento de união e fraternidade capaz de suplantar qualquer condicionamento de mídias ou governos!
Será como uma “onda”, uma “bola de neve”, que começará tímida e imperceptível, ninguém nos notará a principio, mas, aos poucos, os exemplos se farão presentes e visíveis mais do que quaisquer propagandas ou programas, mais do que quaisquer ideologias ou falsas metas de partidos ou políticos.

Esta é a verdadeira REVOLUÇÃO !