A "ESTRATÉGIA DO ASSALTANTE"
* O momento é de extrema gravidade.
* Vivemos um Estado de Fato e não de Direito, em vista das novas denúncias comprovando crimes eleitorais envolvendo todos os partidos políticos, que, pela Lei já deveriam estar com seus registros e todos os mandatos de seus membros, cassados .
* Seria o caso de fechar o Congresso e anular as últimas eleições. Não há “banda-bôa” a ser preservada, pois todos foram eleitos por um esquema ilícito.
* Nesta hipótese, observados a ferro e fogo os preceitos legais, teríamos a vacância generalizada de poder em todos os níveis, de municipal a federal, o que, certamente, provocaria um caos de enormes proporções, pela ação simultânea de diversos segmentos mais radicais visando a tomada do poder. Talvez milícias muito bem armadas e preparadas para uma intervenção no instante oportuno compliquem mais ainda a situação.
* Grandes bancos e empresas que patrocinaram a eleição de Lula, não desejam ver seus nomes envolvidos e divulgados nas investigações sobre os cartões corporativos, licitações, fundos de pensão, etc, que, certamente “implodirão” o sistema, expondo as entranhas de uma sórdida estrutura de governo.
* Um Congresso enfraquecido e desmoralizado pelos sucessivos escândalos, não terá moral para conduzir um processo de “impeachment” ou afastamento do presidente da República. Este, por sua vez, também atingido pelos escândalos de negociatas envolvendo membros de sua família e com a sua culpa mais do que clara e inquestionável, tentará uma “venezuelização” populista, numa aventura sem volta de sobrevivência.
* As declarações de Delúbio e Marcos Valério, não são “colaborações” para o esclarecimento dos fatos. São um estratagema para “pulverizar” a culpa e desqualificar os integrantes das CPIs, favorecendo a situação dos mentores da cúpula petista desmascarada.
* Usam a “estratégia do assaltante de banco” (aliás, por experiência própria deles no passado) que, perseguido pela polícia, retira do malote alguns maços de cédulas atirando-os para o alto. Uma multidão se forma lutando pelo dinheiro, atrapalhando a polícia, que se vê obrigada a proteger o dinheiro de seus “patrões”, abandonando a perseguição. Todos passam a ter sua parcela de culpa e o assaltante foge com o resto do dinheiro.
* O “assaltante” é a quadrilha petista do governo, a “multidão” são os políticos, que se confundem com a polícia e os “patrões”, bem... estes todos sabem quem são.
* A classe média está fragmentada. Protesta sem eficácia, não tem um objetivo definido, não sabe o que propor no lugar do que aí está, a não ser medidas paliativas de tímidas reformas políticas.
* A serem realizadas por quem? Pelos mesmos políticos e partidos envolvidos até a alma nos escândalos? Querem mais eleições antecipadas, para que se elejam outros e façam o mesmo? Acreditam nos que se apresentam como “banda-bôa”? De que? Queijo estragado não tem “banda aproveitável”. Fede “pr’á dedéu”!
* A burguesia intelectual teme um novo golpe, embora no fundo até alimente sentimentos de culpa, por um “estranho desejo inconfessável” de um “BASTA” a ser dado por meio de medidas drásticas, que sabe perfeitamente só serem possíveis na marra e imposição das armas, pois os poderes envolvidos são inúmeros.
* Os “caras-pintadas” não aparecerão, porque quem os organizou foi a esquerda quando oposição. Quem faz isso é a UNE, os sindicatos e segmentos da esquerda radical.
* Estudantes não fizeram nem farão nada sem lideranças em seus grêmios ou incentivo da grande mídia.A esquerda sabe que novas eleições apenas reduzirão suas bancadas pela inevitável associação de suas bandeiras com as de um governo que se dizia socialista, mas provou ser somente vigarista.
* As forças armadas detêm o mais alto índice (64%) de credibilidade e confiabilidade por parte do povo como demonstram todas as pesquisas, o que leva a crer que este novamente colocará flores em canhões saudando os tanques nas ruas. Ninguém poderá culpar o povo se agir assim, pois já ultrapassamos todos os limites suportáveis de podridão, desfaçatez e desgoverno. Ninguém considerará um golpe militar como reacionário, mas sim patriótico e moralizador, pois o que temos é a imoralidade e a canalhice desavergonhada nos governando.
* Delúbio, Valério, Dirceu, Genoíno e todos da camarilha governista já deveriam estar algemados e presos! Se não o fizerem os militares farão e serão aplaudidos, não se iludam.
* Os que, ingenuamente acreditam que os militares não se envolverão mais em golpes, estão redondamente enganados. Podem até, pessoal e individualmente, não desejar intervir em assuntos que resultaram num “linchamento moral” das FA’s nas últimas décadas, porém os fatos, muito em breve, poderão exigir uma intervenção armada.
* Não há saída ou escapatória! Não há o que “remendar”! O tecido todo está podre!
* Ou mudamos o regime, instaurando uma verdadeira Democracia Direta sem presidencialismo, partidos e políticos, ou teremos uma guerra civil.
Homero Moutinho Filho
2 Comments:
Homero,
Não há o que comentar quanto ao regime atual que permitiu, ou até induziu, tanto desvio de conduta, seja dos Legislativos seja dos Executivos ou dos Judiciários.
Uma ruptura, como você mesmo judiciosamente diz, seria um caos impensável.
Por isso me assustou que o Presidente tenha entrado na farsa combinada com o Valério e o Delúbio demonstrada na desastrada e impensável entrevista em Paris.
Imagino que todos queiramos "blindar" o Presidente para evitar a catástrofe de mais um "Impeachment", mas assim fica cada vez mais difícil!
Não concordo com você que as Forças Armadas entrem, novamente, numa aventura cujos resultados todos seus líderes sabem qual seja o fim. Temos nós, civis, de resolver os problemas que criamos, inclusive com a "Redentora", no porre democrático do depois...
E estou seguro que nenhum de nós tem a posse da verdade, se Democracia Direta (tenho dúvidas), Parlamentarismo, Monarquia, ou se apenas devemos consertar o que aí está hoje e continuar com um regime Presidencialista reformado pela experiência de 20 anos e que, claro, terá de ser reformado de novo para acompanhar a realidade cambiante da "Aldeia Global".
Este seu maravilhoso trabalho permitirá, como outros, o debate de idéias e a possível reedição de um Plebiscito que nos diga o que o Brasil quer.
Para mim, há uma oportunidade, como você já bem sabe, de anularmos as próximas eleições legislativas - TODAS - para forçarmos a uma nova Constituinte.
Claro que não resolverá tudo mas será mais um passo para o regime e representatividade que almejamos.
Mais uma vez, parabéns!
Flavio
Obrigado amigo Flavio.
Parto de uma visão, confesso até idealista demais, para nossas condições atuais , qual seja, a de uma verdadeira Democracia Direta , por experiência profunda junto ao "povão", sentindo o pulso da massa e vendo que minha convicção encontra respaldo em reações populares antes inexistentes de total e irrevogável repúdio aos partidos e políticos em geral. Dificilmente isto será recomposto ou alterado no inconsciente coletivo.
Entramos mesmo num novo ciclo que requer mudanças drásticas e corajosas para "aprendermos a andar de bicicleta" mesmo caindo de vez em quando , porém sendo bem melhor do que "tutelados" como incapazes.
Não há dúvida, que um plebiscito sem a devida informação sobre todas as opções teria como resultado o que o povo já conhece , o presidencialismo, como ocorreu em passado recente, mas, se houver a possibilidade de uma ampla campanha de esclarecimento da população, posso afirmar que preferirão uma Democracia Direta .As elites entrarão em pânico, é lógico, mas logo verão que não há motivos para isso.
Quanto aos militares, conheço um pouco certas opiniões e reações ante momentos como os que estamos passando.
Não desejam reeditar um regime desgastante que só resultou num linchamento moral e desmoralização generalizada. "Pero", como dizem os argentinos, se eu fosse um , consideraria uma hipótese redentora e muito oportuna de redimir as FAs perante a opinião pública (se bem que contam com 64% de aprovação e confiabilidade apesar das sistemáticas acusações da mídia), por uma estratégica e rápida "passagem" pelo poder para moralizarem o sistema e entregarem ao povo uma nação redemocratizada em novos parâmetros após uma "depuração" geral.
O pessoal da ESG gosta muito da "Arte da Guerra" de SUN TZU...
Eu não duvidaria ...
Inspirou-me o novo texto para hoje que postarei .
Abração.
Homero
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