terça-feira, julho 03, 2007

Mais uma...

Não pude postar nenhum texto de maior interesse, porque passei a tarde e noite cuidando de uma “cachorrinha” abandonada, que há dias perambulava por aqui, às vezes sentando e me fitando no portão.
Por duas vezes os cães dos vizinhos a espantaram e nada pude fazer até há dois dias, mas ela reapareceu, quando eu e o “Booty” (meu cão) saíamos de carro para fazer compras .
Podem imaginar a cena.
Ele literalmente histérico dentro do automóvel latindo para ela que, estupefata, nem se mexia, pois eu a havia chamado e ela esperou quietinha eu buscar um pouco de ração e água que deixei no portão, para que os gatos não pensassem que era comida deles e se estranhassem.
Pensava voltar e encontrá-la mas, quando voltamos , encontrei as tigelas vazias e nada da bichinha.
No dia seguinte esperei que voltasse mais ou menos à mesma hora.
Não apareceu.
Hoje o telefone tocou, era minha ex-mulher, que dá aulas aqui pertinho, numa escola, perguntando o número do tel. de uma “petshop” que dá banhos e faz tosas em cães.
Logo estava na minha porta com a “cachorrinha”, chamando o “Booty” .
Já a havia alimentado na escola.
Não preciso dizer o que aconteceu, pois sou conhecido por abrigar animais abandonados.
O espaço é grande, tem pomar, horta, canil, portanto sempre “dá-se um jeito”.
Só pude dizer; “já sei, vai sobrar para mim mais uma bomba nas mãos, né?”, afinal ela foi a responsável por arranjar todos os cães e gatos que tivemos, inclusive o “Botty”.
Apesar dela falar ; “eu ficarei com ela”, já sabia que não, se bem que a intenção foi boa.
Depois de um banho de loja, remédios contra carrapatos e pulgas, a “cachorrinha” chegou “lindinha”, com duas fitas nas orelhas, apesar de ainda com muitos carrapatinhos pequenos, que não conseguiram tirar.
Passei a noite arranjando um cantinho aconchegante para ela, até que se livre de todos os carrapatos e possa dormir nos aposentos da casa.
Confesso que não consigo compreender a cabeça de quem abandona um animal.
Será que não conseguem imaginar o sofrimento e trauma de um animal, de repente jogado nas ruas?
Ela agora está num sono só, se recuperando, depois de estressada pelas péssimas condições de sobrevivência.
Deve estar anêmica, verei hoje, quando a levar à veterinária, para uma consulta e vacinas.
Só se anima e balança o rabinho quando me aproximo.
Até agora não emitiu um som sequer, mas trouxe um "astral" muito bom para a casa.
É muito parecida com o “Botty”.
Casalzinho perfeito.