Amar e "esperançar" é preciso !

Como sempre faço antes de postar, dou uma “garimpada” em diversos portais de notícias para encontrar material a ser aqui analisado, criticado ou apenas comentado.
Se não houver nada que me atraia mais a atenção, neste mar de “mesmice” cotidiana, fico livre para “inventar” postagens.
Mas, hoje ao verificar qual a manchete mais repetida, não deu outra, apesar das nacionalizações daqueles dois “projetos de ditadores”; Chávez e Morales, o que mais foi comentado e fotografado foi o evento em Natal com a presença do casal de “namoradinhos do Brasil” Diego e Íris (alemão e siri) na apresentação do “Jamil e uma noites” e “Biquíni Cavadão”, que levou ao delírio a platéia presente .
Recentemente, um desfile do Diego em Fortaleza, nem pode ser realizado a contento pela invasão da passarela por dezenas de fãs do ex-BBB que nem se importaram com as fezes de um cão que desfilou antes com uma modelo , pisando solenemente com seus sapatinhos no auge da empolgação de poderem tocar e abraçar seu ídolo.
Igualmente, quase ao mesmo tempo, Íris simplesmente arrasou em dois desfiles em São Paulo, levando ao delírio milhares que se acotovelavam dentro e fora do evento de moda.
Sem dúvida é fenômeno de empatia e popularidade, nunca antes verificado em outros BBB’s nem com artistas de novelas consagrados e famosos.
O casal caiu no gosto e paixão popular mesmo!
No caso da Íris, chega ao cúmulo de crianças de poucos anos a amarem como uma nova “Xuxa” (cuidado “Plim-Plim”, pois se a perder, por causa do poder da Xuxa, outra rede a contratará para uma programa de crianças e adolescentes, pois este é potencial natural maior da “Siri”), o mesmo se dando com meninas adolescentes, totalmente fanáticas pela “lourinha namoradinha do Brasil” que realmente encanta a todos, pelo seu jeitinho sempre alegre, comunicativo e autêntico.
A Xuxa tão cedo não largará o seu osso e a Globo terá este problema pois ela comprou o horário e tem produção imensa dependente de seu faturamento, mas bem que a “Siri” poderia desbancá-la em breve em qualquer emissora de TV.
Alguns poderão pensar que nenhuma delas seria capaz de competir em audiência com a “Plim-Plim” , mas não é bem assim e o programa da Xuxa , além da pouca audiência, em seus estertores, onde ela quase nada aparece ou faz, sempre “dura de quadril” sem voz e já “passadinha” em idade, talvez não seja mais de tanta importância para a rede líder de audiência.
Mesmo assim, qualquer outra rede, se contratasse a “Siri” cresceria em audiência imediatamente.
Nestes casos específicos, geralmente a empresa decide “engessar” ou esvaziar o potencial e carisma de pessoas que se destacam muito, colocando-as em papéis secundários ou aparições pobres em programas humorísticos, pois existe uma "máfia" de escritores, produtores, diretores, atores e atrizes,poderosa que domina as redes , principalmente a "Plim-Plim" de cunho político de esquerda e ultra- fechada, que não admite ser desbancada ou relegada a segundo plano, porque o domínio da informação e comunicação com o grande público é de extrema importância estratégica em termos ideológicos, como "formadores de opinião".
Da mesma maneira, campanhas publicitárias governamentais, institucionais ou de estatais, privilegiam artistas consagrados, claramente simpatizantes e militantes de uma determinada ideologia, pois parte bem substancial do "cachê" recebido, será destinada ao "partido".
"Siri" e "Alemão", não se inserem em nenhum esquema destes, portanto terão de se cuidar para não serem literalmente "comidos e jogados fora" por este sistema e núcleo de interesses materiais e ideológicos fortíssimo.
Mas exatamente o que explicaria este fanatismo e idolatria que o povo está demonstrando por este casal de louros, que nada tem a ver com a maioria da população, mas vemos até adolescentes moreninhas, mulatas, negras com flor no cabelo, gritando e berrando alucinadas; "Siri"?
Talvez a pressão de tantas e sucessivas decepções políticas, violência crescente, só tragédias e atos de crueldade em nosso cotidiano, total desesperança até pelos escândalos envolvendo o Judiciário, juízes, desembargadores, alterações climáticas,decepções amorosas, relacionamentos efêmeros, passageiros de uma noite, somente más notícias, nenhuma perspectiva favorável para o nosso futuro, estejam influenciando a população a "descarregar", projetar suas esperanças e sonhos num modelo ideal a ser sonhado e esperado de romance real, sem sacanagem ou "ficar", algo mais respeitoso e flagrantemente bom para a visão e sentimentos reprimidos de uma massa infeliz, sem a mesma compensação na vida real .
Este casal preenche o "arquétipo" e o "estereótipo" ideal, alimentado por milênios , presente em todas as culturas que fazem distinções e discriminam por aparências sua hierarquia e "status" social , seja na Índia, na Guiné, No Japão, na África ou na Holanda, mas, parece ser uma coisa tão forte, transcendente e atavicamente herdada, como superioridade de imagem, que até hoje não pode ser superada, apesar de todas as campanhas "politicamente corretas" e "ações afirmativas".
Está "encravada" , enraizada e arraigada em nossa herança cultural esta imagem ideal de "príncipes e princesas", jamais extinta em nosso subconsciente coletivo.
Restou-nos a esperança em mulheres um tanto mais dignas e recatadas,autênticas, sinceras e fortes, em homens um tanto menos de "ficar", mais românticos e sensíveis, protetores e fiéis, algo que, à primeira vista, pode parecer uma reação "histérica" por parte da população, que neles projetou tantas expectativas e esperanças, mas não seria bem assim, talvez explicada por uma reação normal de "sobrevivência da esperança" , em si, na vida e no futuro do mundo .
Parafraseando o inesquecível poeta Fernando Pessoa.
“Esperançar” é preciso, “viver não é preciso”.
“Esperancemos " e ainda acreditemos num melhor futuro para nossas vidas!

"Amar é preciso".