quinta-feira, fevereiro 15, 2007

"Soltando os cachorros"!

Ao me formar em Direito na PUC, fui indicado pela universidade e agraciado com uma bolsa em Yale para estudar Criminologia.
Depois da entrevista com o emissário norte-americano,embora lisonjeado pelo convite, pedi ao decano um tempo para pensar melhor.
Imaginei o que aconteceria quando eu voltasse para o Brasil.
O que faria?
Me tornaria professor universitário, ou quem sabe se, tivesse "padrinho" acabaria como diretor de presídio?
Sim, porque neste país quem tem qualificação especial nunca é nomeado para cargos compatíveis.
Os critérios são apenas políticos.
Outra hipótese mais lucrativa seria me tornar um criminalista, mas, como não aceito defender quem não tenha razão, morreria de fome.
Portanto, somente teria uma saída, ficar por lá mesmo,que já conhecia bem, desde criança.
Muitos fatores influíram para que eu decidisse não aceitar a bolsa, principalmente meu modo de ser e minhas idéias, normalmente incompatíveis com o pensamento acadêmico padrão, por ter conceitos próprios em maioria antagônicos aos predominantes no meio.
Seria acusado de tudo, logo que abrisse a boca para externar minhas opiniões, por não acreditar que as pessoas nasçam iguais , nem que, somente o meio , a sociedade as torne diferentes ou más.
Alguém que creia em Espírito, índole, transmissão genética de aptidões físicas, tendências, predisposições e temperamentos, não sobreviveria um dia num ambiente extremamente materialista, pragmático, de uma intelectualidade cética, onde somente possam existir explicações fundamentadas em razões sociais, majoritariamente eivadas de influências oriundas do Positivismo e Comunismo.
Ciência e ideologias, definitivamente não combinam.
O "politicamente correto, nos meus tempos de faculdade denominado "patrulhamento ideológico", predomina em meios intelectuais e acadêmicos, "castrando" qualquer possibilidade de desenvolvimento de idéias que contradigam a noção de igualdade entre os seres humanos e única prevalência do meio.
Diversos pesquisadores, principalmente nos E.U.A, foram perseguidos, acusados e até agredidos por suas teorias e descobertas.
Quando estudos científicos em presídios norte-americanos detectaram que homens portadores de duplo cromossomo "Y" (Y,Y) tinham uma aparência e constituição física características, além de grande agressividade, a descoberta foi logo "abafada", quase ninguém tomou conhecimento do fato pois seria capaz de provar uma "determinação genética", algo muito perigoso, por contrariar ideologias e religiões.
Entretanto, recentemente um certo "pesquisador" também nos E.U.A., teve ampla divulgação na mídia por ter afirmado que o homossexualismo tem componentes genéticos.
Não preciso dizer qual a "preferência" do tal "cientista".
Por outro lado, se aparecer algum provando cientificamente o contrário será literalmente crucificado, taxado de "homofóbico" (palavra que nem existe no idoma), racista, discriminador, reacionário e outros "rótulos" tão ao gosto de movimentos sociais, ligas de defesa de minorias, esquerdistas militantes, etc.
O que antes era considerado e tratado como doença, desvio psicológico, anormalidade, pelos médicos e criadores da Psicanálise, hoje é normal, "orientação sexual", protegido como direito por leis específicas.
Em nome de uma "ética" predominante, nenhuma descoberta científica capaz de abalar "verdades absolutas" e crenças acadêmicas pode ser defendida ou divulgada.
Vejam o que poderia mudar em termos de conceitos e métodos o caso dos criminosos portadores de duplo cromossomo "Y".
Simplesmente haveria uma enxurrada de pedidos judiciais de absolvição com base em laudos genéticos!
No mínimo serviria como atenuante para obtenção de abrandamento de pena.
Um indivíduo criminoso é um sociopata, mas nem todos sociopatas se tornam criminosos
O portador de "Y,Y", geralmente tem forte constituição física,pouco ou nenhum controle de agressividade, mas não é do tipo "serial killer".
É explosivo, violento, mas nunca tão racional ou patologicamente metódico.
Muitos desviam esta predisposição para atividades profissionais compatíveis, como os lutadores.
Quando estão fora delas, acabam se envolvendo em agressões, estupros e conflitos.
O boxeador Myke Tysson tem estas características peculiares.
Fora do "ringue" se envolve em crimes e violências contra mulheres como o estupro.
Há características físicas perceptíveis,não só dos "Y,Y", mas de alguns outros tipos de criminosos, porém, se enveredar por este terreno, serei chamado de "Lamarckiano", "Lombrosiano", cujas pesquisas e teorias foram totalmente massacradas e condenadas,posteriormente, pelos meios acadêmicos, intelectuais, movimentos sociais,etc.
É lógico que a maioria dos criminosos não possue traços físicos perceptíveis, mas os olhos, por serem o espelho d’alma, para um bom observador, podem denunciá-los.
Há uma enorme diferença de motivações, causas e índoles entre os marginais, se bem que o termo “marginal”, para quem comete crimes hediondos, não seja o mais apropriado.
Não podemos confundir criminosos eventuais, como aqueles jovens de torcidas organizadas que num momento de fúria coletiva agridem os de time adversário com meliantes que fazem do crime seu meio de vida.
Muito menos com assassinos psicopatas de vida dupla.
Observem que muitos crimes estão sendo evitados (não se espantem) pela pornografia e prostituição, pois taras e tendências anômalas são satisfeitas somente no campo da fantasia e fetiches,por profissionais que aceitam se submeter a todo tipo de torturas, dominações e espancamentos.
Imaginem, se não existissem profissionais do ramo, onde e com quem estas pessoas iriam realizar suas taras?
Buscariam suas vítimas nas ruas e aí sim, até cometeriam crimes hediondos.
No entanto, o mercado pornográfico estimula estas taras ao divulgá-las como “preferência” ou “orientação sexual”.
Longe de mim ser um santo, afinal, quem não tem ou teve pensamentos estranhos e perversos, pelo menos uma vez na vida e se surpreendeu ao tê-los?
Porém, resistir a qualquer estranha tentação faz parte do processo de auto-controle e disciplina, no intuito de convivermos socialmente dentro de limites e regras, estabelecidas, necessárias ao que denominamos vida civilizada.
Respeitar a liberdade e integridade, moral e física do seu semelhante é condição fundamental para vivermos em sociedade, caso contrário a “barbárie” se instalará, cada um fazendo o que quis
er sem lei nem freios.
A humanidade, em sua quase totalidade, caminha célere para este estado, pela progressiva liberalidade de costumes, degeneração moral, egoísmo, insensibilidade, ausência de ética e de valores humanos.
O que alguns pensam ter sido “conquistas sociais” foram, na realidade, passos largos em direção à deterioração travestida de bem alcançado.
Caso contrário, o mundo estaria uma maravilha de paz, felicidade, fraternidade, justiça e satisfação individual.
O Anarquismo é uma utopia, pois as pessoas não são iguais em nível de evolução mental, espiritual, nem em tendências, índole ou caráter.
Aplicado em pequenas comunidades fechadas, entre pessoas com absoluta afinidade e igualdade de ideais, pode produzir resultados interessantes, mas nunca em termos coletivos de maior abrangência.
Imaginem dar total liberdade para elementos hediondos e insensíveis, como estes que torturaram até a morte uma criança de 6 anos, o que seria dos seus próximos?
Não dá !
Com um violento portador de duplo “Y” teremos duas soluções.
Soltá-lo por julgá-lo inimputável, portanto sem responsabilidade penal em virtude de um fenômeno genético, ou condená-
lo à prisão perpétua, porque fatalmente cometerá mais crimes se em liberdade.
Será uma escolha entre direitos individuais e coletivos.
Mas, afinal, quem são estes nossos meliantes assassinos que nenhum sentimento humano demonstram ter, a não ser total e fria crueldade em seus corações?
Espíritos conturbados, sem evolução, recalcados, sociopatas, psicopatas .
Simplesmente isto.
Não adianta procurarem causas sociais,pois estarão agindo por preconceito velado, levantando suspeitas sobre parcela majoritária de nosso povo, pelo fato de serem pessoas pobres.
Não queiram julgar por alguns o caráter da maioria que luta, se esfola e supera as piores condições por esforços e méritos próprios.
Esta conversa de desigualdade ser causa de violência não cola!
Só opta pelo crime uma pequena parcela com tendências criminosas, não afeita ao trabalho e sacrifícios.
Já explicamos aqui que desigualdade ou exclusão não existem entre os mais abastados que cometem, do mesmo modo, crimes bárbaros, inclusive os do “colarinho branco”.
Adolescentes de classe média já deram exemplos de serem capazes de atos de “barbárie”, portanto, pobreza não é argumento para justificar má índole e crueldade.
Estas teorias tão amplamente defendidas, especialmente por aqueles que se dizem “progressistas” e de intenções sociais, me parecem mais discriminação às avessas, velada, por se julgarem, na verdade, “superiores”, “guias” necessários, “salvadores” dos menos favorecidos por assim se acharem no fundo, que aqueles são seres “inferiores”, incapazes, incapacitados pela origem social.
Tal pretensão agride moralmente determinados segmentos específicos e comunidades, precipitadamente julgados criminosos potenciais, igualando a todos por atos de alguns.
Quando era presidente do diretório de estudantes de Direito da PUC-RJ, convivi intimamente com favelados e reconduzi ex-presidiários ao meio social saudável, conseguindo empregos na própria universidade e ajudando-os em instrução.
Formei até instrutores de alfabetização do MOBRAL.
Era respeitado e protegido na favela da Rocinha onde até varei noites, tomei sopa de cebola no bar “Soregue” , joguei sinuca, conheci bicheiros e pequenos traficantes (na época as drogas eram leves, como a maconha e a cocaína estava no começo de consumo) e dormi uma vez num barraco,com vala negra à porta e ratos, sempre levado por meus funcionários recuperados do crime,para aprender tudo sobre a verdadeira realidade da vida deles, não a “pintada” pelos teóricos acadêmicos e intelectuais.
Acabei convidado para ser padrinho em batizados, homenageado pela escola de samba de lá , passistas, etc.
Subi morros e vielas, doei tijolos, ajudei em mudanças, protegi e defendi gratuitamente os que não tinham carteira assinada e quase fui morto numa “blitz policial” quando fiquei no meio de um tiroteio.
Confesso que me decepcionei muito pela incapacidade da maioria em absorver devidamente o sentimento que me movia .
São de difícil mudança em termos de comportamento refratário aos valores que julgam estranhos ao que se acostumaram pelo meio e cultura peculiar, de ambiente altamente nocivo, onde as regras de convivência são totalmente opostas às do que, denominam burgueses; “Mauricinhos” e “Patricinhas”, apesar de todo o esforço, abertura, participação, ajuda e fraternidade daqueles estudantes, como eu, que buscavam apenas mostrar exatamente o oposto, ou seja, que não havia diferença social nem discriminação de qualquer espécie.
Nunca houve tamanha demonstração, senão exatamente através de minha geração que demoliu barreiras e sentimentos de separatismo.
Até procuro compreender este tipo de “resistência cultural” como resultado de séculos de erros.
Me vem à mente algo patético e lamentável, que aqui já postei e comentei diversas vezes.
Foi uma frase do traficante e assassino Fernandinho Beira-mar,numa entrevista enquanto foragido, na Argentina , para um repórter do O Globo e rede.
“O que temos, não é uma desigualdade em virtude de pobreza.
Isto é uma revolução, uma guerra étnica contra a burguesia branca, viciando-os, tornando-os fracos e dependentes para então nos vingarmos”.
Se vingarem do que?
Logo no Rio de janeiro onde não existe qualquer discriminação, as praias são democráticas, onde todos são iguais, o cotidiano é de extrema convivência fraterna entre classes sociais e raças, sem distinção?
O que estão querendo “inventar” para justificarem seus crimes?
É extremamente lamentável esta afirmação racista deste facínora, que tentou dar uma justificativa sócio-racial e ideológica, para o crime, jogando a culpa de sua mente criminosa na cor da pele.
Nem preto ele é, se fosse talvez não tivesse dito bobagens perigosas como esta que estigmatizam uma etnia!
Garanto que a maioria dos que ele se intitula defensor repudiaria tal atitude estapafúrdia e sem sentido.
Não podemos permitir que justificativas separatistas e discriminatórias desta espécie progridam entre nós.
Sempre haverá um radical que queira lucrar pela difusão do ódio e da revolta dos incautos que o ouçam e sigam.
Se existem distorções, desigualdades sócio-econômicas, estas não fundamentam nem alicerçam “teorias” estapafúrdias de que este ou aquele segmento estaria fadado à cometer crimes, simplesmente por sua origem .
Querem mais do que nossos políticos ladrões, corruptos, alguns até envolvidos em assassinatos?
São favelados?
Excluídos?
Discriminados socialmente ou pela cor da pele?
Caráter, índole, méritos e força de vontade não têm origem, cor de pele , ou meio especial!
Nascem conosco e podemos ou não desenvolvê-los mais ainda, apesar de todos os obstáculos e dificuldades.
Logo, se determinados elementos sem qualquer sensibilidade nem coração, sem sentimentos humanos são capazes de massacrar, torturar até despedaçar, deixar um corpo em pedaços e ainda friamente confessarem não terem arrependimento, só pode ser caso de Psicopatologia, demência, total incapacidade para o convívio em sociedade destes criminosos.
Por que não a pena de morte para estes casos hediondos?
Qual é o problema?
Não podemos matar?
Só Deus?
Mas eles podem e são “deuses”?
Notem que, em países onde o castigo é até cruel e uma espécie de “Pena de Talião”; “olho por olho, dente por dente” (ou o inverso,rs),os crimes são raros, pois ladrões perdem a mão e etc.
Talvez estas penas assustem mais do que a nossa impunidade, liberalidade travestida de “direitos humanos” e boa vida para criminosos.
O fato alegado como premissa de recuperação social de adolescentes e criminosos é totalmente descabido de lógica.
Conheço de perto estes elementos, sua gíria, seu modo de pensar e recalques .
Mesmo que, por um milagre, uma “inspiração divina” um dia se arrependessem de seus atos, suas vítimas jamais voltarão à vida, são “irrecuperáveis” para suas famílias, não retornarão intactas e íntegras.
Portanto, arrependimento sim, porém absolvição e soltura não!
Fica para a outra reencarnação, combinado?
Uma coisa é recuperar elementos que praticaram crimes leves, comuns , como furtos, consumo de drogas, outra é recuperar monstros frios e cruéis !
A função da sociedade não é a de ser “santificada pelo perdão”.
Há um limite lógico e racional para tudo!
Soltar elementos como o “Champinha” e mais os outros 10 comparsas que estupraram em 2003 seguidamente, por 4 dias a menina Lia , depois mataram com requintes de crueldade, decepando primeiramente seus seios e antes eliminaram seu namorado, jogado numa ribanceira , seria assinar atestado de impotência geral de uma sociedade esquizofrênica, recalcitrante, indecisa em seus devaneios ideológicos e sentimentos de uma “culpa social imaginária” condicionada por ideologias anacrônicas , nocivas e espúrias.
Sabem qual a maioridade penal nos E.U.A.?
7 anos!
Na Inglaterra 13 !
No Japão 14!
Na maioria dos países europeus como a França 12!
Adivinhem em quais países é de 18?
Brasil , Peru e Colômbia!
Grandes exemplos de países desenvolvidos...
Merecemos o que temos...