sexta-feira, novembro 03, 2006

"Soltando os bichos"

A recente agressão por parte de militantes fanáticos do PT contra jornalistas e as estapafúrdias acusações de Marco Aurélio Garcia, atual presidente do partido, terão mais repercussão do que muitos pensam.
Houve um "racha" na imprensa.
Os mais comprometidos com a Esquerda , os "lulistas envergonhados", que nos últimos dias mostraram as garras celebrando a vitória são parcela expressiva, mas não esmagadora maioria na classe jornalística.
Houve reuniões e telefonemas trocados nestes dois dias tentando pautar o procedimento de uma reação corporativista em defesa da liberdade de imprensa e garantias individuais de seus profissionais.
Há um profundo mal estar entre os jornalistas, devido aos escabrosos fatos de intimidação e coação no exercício da profissão.
Não estamos num regime de exceção, portanto, estas atitudes absurdas são injustificáveis.
Tenho comentado que tais comportamentos lembram mais uma GESTAPO ou uma polícia Stalinista.
O PT sempre seguiu esta linha arrogante de intolerância quanto ao contraditório.
Agora as máscaras cairam , demonstrando o alcance deste potencial autoritário antes travestido de "vestais moralistas defensoras da ética".
A imprensa tem sofrido pressões de seus patrocinadores, preocupados em não permitir abalos no mercado financeiro nesta nova fase de governo.
Os "atritos" entre "bombeiros" e "investigadores" está se acirrando nas redações.
Há um limite para este tipo de "travamento".
Caso aumente a pressão, algum "vazamento" paralelo de segunda linha ocorrerá, fornecido por profissionais das maiores mídias.
Tem gente que simplesmente não "engoliu" o tratamento da PF.
Conheço o gado a fundo e intimamente, pois neste meio convivi no passado.
Primeiro telefonemas, reuniões em apartamentos, combinações sobre o tom das notícias, colunas e artigos, alvo determinado e "pluft".
"Pipocam" daqui e ali em uníssono, como "voz unânime", capaz de "fazer a cabeça" de muitos leitores.
De nada adianta o PT bater e Lula soprar.
Estes dois meses que faltam, não serão de "namoros" nem de trégua.
Muitas "bombas" estão sendo engavetadas por conveniência e pressões.
Uma hora destas explodirão nas gavetas das redações.