Educar ? (parte II)

Nossa política educacional é catastrófica em termos de qualidade .
Professores são em maioria despreparados, falam e escrevem errado. Cegos guiando cegos, porém escolas há e nos mais longínquos recantos do Brasil.

Muitos que conseguiram altos postos e sucesso material na vida estudaram em escolas públicas, enquanto a esmagadora maioria dos que estudaram e se formaram em estabelecimentos particulares é praticamente analfabeta.
Quantos lêem bons livros desde a infância?

Quantos escrevem e falam corretamente?
As “pérolas dos vestibulares e “provões”, são os melhores exemplos de um povo analfabeto funcional, não por falta de ensino, mas por preguiça mental e péssimos hábitos familiares.
Mesmo assim, vários, miraculosamente, superam as origens por mérito próprio e buscam maiores conhecimentos .

Quantos vieram de classes mais baixas e através de concursos conquistaram cargos de importância na sociedade?

Muitos não?
O que isto prova?
Que as escolas são as mesmas, mas as pessoas não.

Cada um tem o seu valor .
Qualquer professor entenderá o que tento explicar.
É extremamente difícil suportar meia hora numa sala de aula da rede pública, tendo de aturar pequenos meliantes hiper-ativos, violentos e mal educados por péssimos exemplos familiares de pais grosseiros, desequilibrados e sem princípios, que por qualquer contrariedade defendem seus “delinquentezinhos”, chegando a ameaçar e agredir professores, da mesma maneira que seus filhos fazem até com armas.
Este é o nosso problema crônico.

Temos um povo sem educação, de péssimos hábitos e costumes.

Não é uma questão econômica, é cultural e passa de pai para filho este subdesenvolvimento mental.
Não é também por falta de oportunidades, é por influência do meio familiar e social em que vivem, de pessoas sem qualquer tradição cultural e nocivo comportamento.

Pais sem estrutura emocional ou psíquica que criam “monstrinhos” como eles, incapazes de perseverar nos estudos, de difícil concentração, irrequietos, selvagens, agressivos e maliciosos. Isto eles herdam do meio cultural de seus familiares e vizinhos.
Os crimes cometidos por jovens de classes mais abastadas, provam que o fator econômico não determina o caráter de um indivíduo, mas não há dúvidas que os índices de violência são mínimos em comparação a outros ambientes sociais.

Portanto, o meio pode não ser tudo, mas influi no controle de tendências inatas ou genéticas, como queiram, moldando o comportamento pelos hábitos e valores familiares herdados.
Como a ciência explica os instintos?

O que determina um complexo ritual de acasalamento? Por que pingüins agem diferentemente de focas ou leões-marinhos?
Acaso há uma “programação cerebral” para assim se comportarem?

Se há onde está? Como funciona este mecanismo que dispara os “feromônios” e define os rituais como de cada espécie fazendo com que repitam automaticamente os mesmos atos como se fossem robôs idênticos? Dizer que uma determinada glândula ou parte do cérebro faz isto ou aquilo não esclarece concretamente nada.
O que faz um coração pulsar?

Um "estímulo" no ventrículo esquerdo?

De onde vem este estímulo que desaparece na morte e o organismo apodrece? Do ar? A vida vem do ar? A mente e a capacidade sensorial também?
Ou da alma? Espírito?
Tocar nesses pontos provoca logo polêmicas discussões entre os que crêem ou não na existência de uma outra realidade dimensional .

A Física Quântica atualmente se aproxima da descoberta de Deus, ou, pelo menos, de um universo matematicamente criado, bem diferente daquele concebido por uma eventual explosão (big bang) aleatória .
Se Darwin estava certo, cada espécie transmite às gerações futuras características próprias, peculiares, adquiridas em milhares de anos de existência. As teses de * Lamarck estão sendo agora consideradas certas, apesar dos intensos protestos dos “politicamente comprometidos ativistas” que não admitem qualquer diferença herdada entre seres da mesma espécie.
O mesmo se dá com a Sócio-Biologia, violentamente criticada por movimentos e entidades.
Ciência, Ética, Religião e Ideologia, definitivamente não combinam.
Uma restringe a outra, impedindo a divulgação de verdades que abalariam mitos e tabus.
Na realidade, ninguém ousa admitir o óbvio.

Há profundas diferenças sim, não só entre espécies, mas também dentro de cada uma, pelo tipo de “aprendizado” transmitido aos descendentes.
Uns evoluem, outros permanecem estagnados.

Basta observarmos o mundo e os povos.
Quantos passaram por invasões, massacres, genocídios,escravidão,epidemias, pestes e evoluíram a ponto de colonizarem o planeta?
Sorte? Ou méritos?
Não importa se aplicados para o bem ou mal, mas sim se conseguiram perseverar, reagir, superar obstáculos, opressões, dificuldades, estudar, pesquisar, mudar de hábitos, concentrar energias, enfim, de algum modo evoluir.
Aprendamos a reagir, ao invés de ficarmos choramingando pelos cantos nossa inferioridade, jogando uma culpa, que é exclusivamente nossa, em preconceitos dos que sempre nos dominaram e dominam!
Dominam porque podem e nós não reagimos, por pura preguiça, má-formação e vícios culturais!

* Jean-Baptiste-Pierre-Antoine de Monet, chevalier de Lamarck
reconheceu a existência da variação dentro das espécies, que explicou como decorrente da ação do meio ambiente sobre os organismos.
Lamarck admitiu uma ação mais direta sobre as plantas e animais inferiores.

Sobre os demais, onde o sistema nervoso se apresenta complexo, considerou a vontade (sentiment intérieur) e a inteligência como os principais fatores adaptativos, sobre os quais o meio agiria através das
necessidades que determinaria e das reações suscitadas por tais necessidades.