domingo, junho 18, 2006

"Guapo Chê"

Não somos um país como muitos outros, homogêneos racialmente e culturalmente.
Temos diversas etnias em eterno conflito para afirmarem sua supremacia.
No Brasil a etnia africana está conseguindo maiores progressos e conquistando espaços, mas temos também de ver também a situação das outras, do resto do país.
Movimentos “separatistas” como o do Rio Grande do Sul, exemplificam esta sensação de “separatividade” de uma grande parte do Brasil perante um “modelo” ou “estereótipo de brasileiro” que exportamos e consumimos como o oficial.
Alguém já viu algum grupo sulista na TV ?
Coisas como “Califórnia” (Festival musical) ou aparições de nossos artistas sulistas ?
Algum ídolo da música ou espaço maior em novelas e programas de auditório?
O que vêem?
Apenas uma mistura de Bahia e Rio de Janeiro, monopolizando tudo como se o nosso país fosse somente bundas, mulatas, funk, axé, carnaval, orgias e prostituição infantil.
É isto que os “gringos” consomem e o que fornecemos como rótulo de “Brasil” exportação.
Sou carioca de nascença, embora agora morando no interior de SP, mas discordo desta hegemonia e estereótipos sobre nós.
Analisemos e pensemos bem a razão desta tentativa de “massificar” uma determinada “imagem” brasileira para o exterior.
Quem são os donos de gravadoras e grandes redes da mídia internacional?
Qual o interesse deles ( os estrangeiros) em nos manter num estágio meio “nativo”, “sub-cultural” e eternos “macaquitos” a lhes recepcionarem em nossos aeroportos e portos , com sambas e batuques?
Captaram a razão oculta em estimularem baixos níveis de produção artística?
Pois é... quanto mais nos rebaixemos melhor para eles conservarem sua cultura histórica superior .
O que somos afinal até agora?
Eternos “tan-tan-tans” pintados e batuqueiros?
Parece que sim .
E eles se deliciam ao nos verem submissos , mostrando escolas de samba aos seus turistas , raça superior que é recepcionada pelos seus submissos “macaquitos” oficiais , alimentados pelo Estado e falsa cultura nacional.
E se colocássemos gaúchos para os receberem com aqueles trajes e caras de; “ nem venha pisar que eu desmonto no tranco”?
Pareceria mais digno ou mais imponente de nossa parte?
Eu diria que sim , e poderiamos nos impor como povo sem esta de subserviência nativa inferior de sempre !
Deixariamos de ser “macaquitos” como dizem os argentinos, para sermos mais íntegros e dignos.
Mas aí entra o interesse econômico estrangeiro e o político também que nos condiciona e escraviza mediante a mídia e os valores que impõem como nossos.
Se não reagirmos, continuaremos eternos “tan-tan-tans”.
Reconheço os argumentos e necessidades alegadas pelo movimento separatista do sul, por achar que são válidos e bem fundamentados.
Não temos um Brasil só ainda, temos vários e diversos, de difícil convivência no futuro.
Deus nos salve de uma divisão inexorável.





2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Tem até uma banda que faz certo sucesso, Cachorro Grande, que é do sul...gosto dos caras. Mas sobre o texto, quem vai pro sul parece qua vai para outro país...tudo mais civilizado e politizado. Quem dera o Brasil todo fosse assim.

quarta-feira, junho 21, 2006 5:56:00 PM  
Blogger Homero Moutinho Filho said...

É amigo Lourenço.
Mas os "gringos" preferem que nossa imagem seja a de bundas, futebol e carnaval somente , para que se sintam superiores .
Eles mandam na mídia , mostram e estimulam o que querem .
Abração
Homero

quarta-feira, junho 21, 2006 8:49:00 PM  

Postar um comentário

<< Home