quarta-feira, dezembro 28, 2005

Entre "nós"...

Pai, por que insisto em errar, se sei que a “ressurreição dos mortos” é o reconhecimento dos erros pelo vivos?
Por que não me conservo firme diante das atribulações da vida e de vez em quando me surpreendo em desarmonia e desequilíbrio?
Por que ainda sou tão fraco perante as tentações mundanas?
Por que me debilito em luz ao me permitir enganos?
Por que tantos erros meu Pai celestial?
Acaso não me devotei em fé e reconhecimento de minha pequenez ?
Não me afastei das ambições e preocupações materiais da vida?
Não me sacrifiquei até chegar a um estágio de iluminação capaz de transformar-me por completo ?
Não rejeitei todas as oportunidades oferecidas que me desviassem do caminho?
Não me submeti a um intenso e duro aprendizado de vida, para desenvolver minha perseverança, tenacidade e humildade?
Não eliminei meu “Ego” para me integrar na universalidade impessoal?
Não estou na mais absoluta contradição social deletéria, insistindo na missão, sem me deter por problemas materiais?
Não abdiquei de tudo, abandonei todas as oportunidades de sucesso e conforto, para não me deixar atrair por objetivos fúteis?
Por que meu Pai?
Para que ?
Para me conscientizar em toda plenitude de meu ser, que seu reino realmente não é deste mundo e que terei de morrer para conhecê-lo?
Que nunca conheceremos outro paraíso na Terra, senão após a morte?
Que jamais poderemos vencer a força das trevas neste planeta ?
Que este é o reino de Belial?

De Lúcifer?
E para seus súditos, seguidores?
Para que meu Pai?
Para que tanto sofrimento?
Para que tantos sonhos e ideais, se por vezes quase os abandonamos ao desacreditarmos no próximo?


Acaso me abandonaste ?
Creio que não... ainda sinto a necessidade de uma luz em meu caminho.
Esta luz só poderá vir da fonte de toda sabedoria e amor.
Olho ao redor e percebo que o “final dos tempos” está próximo, pelos fenômenos naturais e sociais, que ocorrem em todo o mundo.
Durante estes sofrimentos e catástrofes, os que se prepararam sem saberem bem para que, agirão na hora certa .
Nestes momentos cruciais, os que parecem “fracos” poderão surpreender em iniciativas, ações decisivas e conhecimentos.


Não... não me abandonaste... é apenas um teste, mais uma prova...


Homero Moutinho Filho