sábado, setembro 17, 2005

ESQUELETO NO ARMÁRIO (Parte IV)



Adolf Hitler em seu “Mein Kempf” afirmava que, num debate político, não podemos, de modo algum reconhecer qualquer verdade ou mérito na argumentação dos nossos adversários.
Deve-se insistir em apontar somente as falhas, para que o povo não se confunda e pare para pensar.
Acreditava ele, que o homem comum só consegue assimilar uma coisa de cada vez, mais não.

Desta forma, "focou" como primeiro objetivo, uma campanha de saúde pública que abrangia doenças contagiosas como as venéreas e o baixo nível de combate à doenças endêmicas. Depois no predomínio dos judeus na imprensa e finanças, após o que, nos sentimentos patrióticos de indignação pela situação humilhante da Alemanha do pós-guerra.
Parece que esta tática fez escola e vem sendo até hoje utilizada, pelos políticos e pela mídia.
É proibido dizer qualquer coisa de favorável sobre o “inimigo” escolhido para fazer o papel de “João-bobo”, aquele que só apanha.
Caso algum jornalista caia na tentação de ser apenas um profissional imparcial, logo choverão fortes críticas e o “patrulhamento ideológico” infernizará a sua vida.
Começará a sofrer boicotes, sabotagens e poderá acabar mais cedo sua carreira se for incluído na “lista negra”, que todos negam haver, mas existe e destruiu a vida de muitos.
Muito raro haver na imprensa e mídia elementos que se pautem pela neutralidade e profissionalismo.
A maioria esmagadora é ideologicamente militante, bem como nos meios acadêmicos e escolares os professores igualmente são.
Esta é a razão de tamanha decepção e prostração do povo, principalmente da juventude, aos primeiros sinais da fraude petista, vista até então, como a última esperança, pois nunca houve quaisquer críticas ou falhas reconhecidas, até que este partido “beatificado” pela unanimidade dos intelectuais, acadêmicos, artistas, os “fazedores de opinião” chegou ao poder.
Nenhum questionamento, nenhum mérito dos adversários, somente os “éticos” e “santificados” de um lado, do outro, os “bodes-expiatórios” a serem crucificados e linchados.
Assim se comportou e ainda insiste em se comportar a maioria dos intelectuais brasileiros.
Isto é fascismo!
O pior deles, porque o povo confia na mídia, aceitando as opiniões desta como referencial para o seu julgamento pessoal.
Agora repetem a fórmula de "sobrevivência do sonho", com o que sobrou da pretensa “esquerda”, mais especificamente com o PSOL.
Necessitam de um novo mito, seguindo a velha fórmula do herói ou heroína, de origem humilde, representantes de segmentos discriminados, etc...
Este partido como alguns outros, receberão de braços abertos todos os “fugitivos” do PT , não importando seus envolvimentos pois também são “crias” dele e se locupletaram dos mesmos recursos em suas campanhas.
Conseguiram bons cirurgiões plásticos e restauraram os hímens, voltando ao estado virginal, saudados e protegidos pela intelectualidade e classe artística da mesma maneira que, no passado recente ocorreu com o PT.
Novamente os jovens serão iludidos pelas “opiniões” de seus ídolos, mestres e líderes estudantis.
Continuarão a crer em partidos políticos.
Talvez outra enorme decepção os espere.
Com o aparecimento da Internet e o advento dos sites e blogs, que possibilitaram maior diversidade de opiniões totalmente fora do controle, a liberdade de expressão, nunca antes facilitada ao cidadão anônimo, hoje ameaça poderes e segredos bem guardados.
Os tais “esqueletos nos armários”, capazes de abalar governos ultra-poderosos como os do E.U.A e provocar o questionamento do que, até então, eram “verdades históricas”.
Tabus começaram a cair, verdades foram expostas, tramas reveladas, conspirações e fraudes descobertas.
Os “proibidos” de se expressar, passaram a encontrar o seu espaço, mesmo sofrendo ameaças de censura e processos.
O mundo está mudando rapidamente. Mais rápido do que a velocidade de reação destes poderes e interesses.

A não ser que censurem totalmente a Internet, ela implodirá o “sistema”.
Foi só abrirem as portas dos armários e os esqueletos começaram a cair se destroçando em inúmeros pedaços, para o desespero daqueles que os guardavam trancafiados.
Agora tentam catar os pedaços, usando artifícios judiciais para intimidar os que resolveram “virar a mesa” mostrando o outro lado da questão e a outra face da verdade.
Os jornalistas tentam acompanhar através de seus blogs e portais, tendo, é claro, a seu favor maior freqüência de leitores, porém, nem todos, alguns perdem feio para cidadãos anônimos e livres de políticas editoriais internas.
A web é um exemplo de algo criado pelo poder e para o poder, que se sublimou.
Transmutou-se num instrumento libertário de contracultura.
Tem idioma e ritmo próprios, é permissiva e rebelde, não importam as regras do mundo real.
Entretanto, esta realidade “virtual” libertadora e criativa, pode estar com os dias contados, em vista das intensas reações de censura por parte do “sistema”.
As alegações de necessidade de controle e punições para atividades consideradas “ilegais”, na verdade encobrem o desejo de um monitoramento absoluto por meio de coação.
A mídia tradicional é “controlável”, dominada e corruptível, cidadãos anônimos não.
Tarde demais para catarem os pedacinhos de ossos para remontá-los.


Os “esqueletos estão saindo dos armários”.

Nada mais resta senão encará-los !

Homero Moutinho Filho
hmf_sp@yahoo.com.br