segunda-feira, março 28, 2005

BRASIL S/A

Imaginemos que somos uma enorme S.A.
Imaginemos ainda que esta S.A. é regida por uma política de economia solidária , como numa imensa cooperativa onde cada um contribui conforme seus esforços e méritos para produzir um resultado que mantenha esta S.A. funcionando e lucrando para o bem comum .
Quem vocês colocariam nos cargos de gerência e administração?
Quem seriam os funcionários desta mega-empresa?
Qualquer especialista em O & M (Organização e métodos) diria que o objetivo é a otimização do sistema , ou seja , menores custos, maior rendimento e lucros de produção.
Pois bem, se é assim por que não administramos este país como uma mega-empresa visando não só a otimização, como também a satisfação básica dos seus funcionários?
A resposta é simples, não queremos, por questões ideológicas condicionadas desde nosso primeiro banco escolar, acreditando que ideologias fazem a diferença e que somente a nossa é certa , a dos outros é errada e devemos combatê-la até a morte mesmo que isto signifique a falência do nosso país ou “Mega-empresa S.A.”
Deste modo, cada partido torce para que os outros adversários, no poder, se esborrachem ,fracassem, para poder alicerçar sua futura campanha, não um objetivo de benefício geral, porém algo mais perverso e fisiológico de sobrevivência política em detrimento da nação como um todo!
Isto não me parece ser uma mesma sociedade coletiva . Parece-me mais uma antropofagia oportunista e cruel!. Quem come quem e quem ganha com o fracasso de quem?
Numa empresa que se preza , há uma direção e esperamos que honesta, com bons propósitos de crescimento e evolução dentro de um esquema que considere aspectos gerais de bem estar e estímulos à produção.
Qual o objetivo de uma empresa?
Lucrar, crescer e se sustentar em ritmo ascendente. Quais os parâmetros de uma eficaz otimização interna dentro de um contexto de produção onde as variáveis (pessoas, funcionários, trabalhadores em geral, relações entre diretores e esquema decisório) mais freqüentes estejam presentes?
Os mesmos de qualquer organização, seja ela de produção ou simples entidade com hierarquias e funções precípuas não?
Pois bem, acho que devem estar entendendo à esta altura do campeonato onde quero chegar.
Quem você escolheria para planejar e administrar a economia e desenvolvimento da nação?
Um sindicalista? Um Economista? Um intelectual esclarecido? Um pastor evangélico? Um desportista?
Bem... para satisfação de razoáveis exigências mínimas básicas, penso que qualquer um escolheria entre “um economista ou um intelectual esclarecido “ para não ingressarmos no túnel virtual sem volta da psicopatologia crônica.
Coloquem um macaco numa loja de louças e terão um estrago total, por outro lado escolham uma equipe capaz e terão lucros !
O resto é baboseira de apregoar que todos têm direito “ideologicamente” de se alçarem ao poder por conta de uns milhões de crédulos iludidos,que acreditam neste provável “salvador da pátria eventual vindo do nada, capaz de mudar o destino dos injustiçados e “descamisados”!
Está provado que uma vez no poder esquecem as origens se empanturram de luxo e mordomias, como uma criança insatisfeita e gulosa!Querem distância das origens, detestam lembrar de onde vieram e apenas conservam a atitude demagoga de se igualarem aos demais em grosserias e gafes por “falsa ignorância marketeira”.
Portanto, se queremos mesmo um Brasil eficaz e forte, capaz de dar satisfação aos seus “acionistas solidários” , NÓS, teremos de ser um tanto “pragmáticos” e realistas ao lidarmos com direitos e funções dentro de um esquema Macro e mais importante , se não quisermos estagnar nesta eterna decepção democrática e lamaçal de esperanças!Paremos de bobagens ideológicas passemos ao que importa, nossa felicidade e bem estar comum !
Homero Moutinho Filho